Thalita Carauta celebra papel fora do humor: 'Na vida, a gente não é só dramático, nem só engraçado'

Na novela das 6, a atriz não encabeçava o núcleo de humor, nem estava nas cenas de "alívio cômico". "A vida é assim, a gente não é só dramático e não é só engraçado.Estou feliz com o resultado que construímos. Trabalhamos com amor no set", afirma Thalita, que dividiu o protagonismo da novela com Deborah Secco, Isabel Teixeira, Karine Telles, Késia, Maria Clara Spinelli e Mariana Santos.

Ambientada nos dias atuais, Thalita optou por não assistir a versão original, assinada por Cassiano Gabus Mendes. "Não vi a novela toda de 1982. Vi os primeiros cinco capítulos. Na atual, ela é veterinária, trabalha. A vida profissional mudou em relação à original. Já o status emocional da Adriana, acho mudou pouco. Ela começou com um amor mal curado, mas isso foi acentuado."

Para o desfecho da novela, o final feliz de Adriana e Jonas (Mateus Solano) está confirmado. O principal segredo da personagem -- a identidade do pai da filha dela, Isis (Rayssa Bratillieri) -- virá à tona. A jovem vai descobrir que a mãe engravidou após sofrer um abuso sexual cometido por Sérgio (Marcos Caruso).

"Adriana é uma personagem que fala de cura emocional. Novela é uma obra longa. Iniciei sem saber quais seriam os desdobramentos da personagem. Ao longo da trama, ela foi assaltada por resgates do passado, assuntos em que ela não gostaria de mexer", diz a atriz, que fez o papel interpretado por Esther Góes, 78 anos, na versão original. Na semana final da novela, a veterana aparecerá em participação especial.

Em uma novela com multiplot feminino, Thalita afirma que o convívio entre as atrizes foi positivo. "Fui muito feliz ao trabalhar com essa mulherada maravilhosa. Muito da personagem encontrei ao ver minhas companheiras. As primeiras leituras de texto ao lado delas deram uma orientada na maneira como seria a minha personagem. O trabalho em conjunto me deu eixo e orientação."

A atriz também comenta a mudança da mulher na sociedade e no mercado de trabalho. "Tem um ponto que eu acho interessante observar: na primeira versão, só uma dessas mulheres trabalhava. Agora, todas trabalham. É curioso pensar que 40 anos atrás o cenário era outro e as mulheres não trabalhavam”, diz.