Entrevistas

Por Beatriz Bourroul (@biabourroul)

Com a carreira artística iniciada há 30 anos, Giselle Policarpo atualmente está afastada da televisão e mostra entusiasmo com a reprise de Mulheres Apaixonadas, gravada em 2003, no Vale a pena ver de novo da TV Globo. Pastora da Igreja Bola de Neve há três anos, ela descobriu sua vocação como missionária, mas diz ter grande orgulho de seus trabalhos como atriz.

"Minha vida tomou um outro rumo de forma orgânica. Não foi planejado deixar de atuar para me tornar pastora. Foi realmente orgânico e fui gostando. Deus foi trabalhando no meu coração. Sempre gostei de muito de atuar e era o que eu fazia desde menina", afirma Giselle, hoje com 41 anos de idade. A primeira participação dela da TV foi em um especial da Escolinha do Professor Raimundo, em 1993, e a primeira novela foi Zazá (Globo, 1997).

Casada com o pastor e arquiteto Rocini Tavares, com quem tem um filho, João, de 2 anos, Giselle afirma estar feliz com a trajetória que trilhou. "Sou realmente muito grata a tudo que eu vivi tanto no teatro, quanto na televisão. É uma carreira difícil, mas muito legal. Fui muito feliz na minha carreira. Guardo recordações muito boas e acho que minha vida está melhor ainda hoje."

Giselle Policarpo no Museu de Arte Contemporânea de Niterói — Foto: Reprodução/Instagram
Giselle Policarpo no Museu de Arte Contemporânea de Niterói — Foto: Reprodução/Instagram

Quem: Mulheres Apaixonadas, uma das novelas da sua carreira, voltou a ser reprisada. Existe a cobrança do público pelo seu retorno à TV?
Giselle Policarpo:
Sempre há fãs perguntando e pedindo pela minha volta. Não enxergo como cobrança e também não estou fechada à possibilidade. Não fechei as portas, mas acredito que minha vida tomou um outro rumo de forma orgânica. Não foi planejado deixar de atuar para me tornar pastora. Não foi um planejamento, foi realmente orgânico e fui gostando. Deus foi trabalhando no meu coração. Sempre gostei de muito de atuar e era o que eu fazia desde menina.

Você trabalhava desde novinha como atriz. Como foi deixar de frequentar os estúdios?
Nos primeiros anos, lembro que sentia muita falta e muita saudade, porém estava experimentando oportunidades que me traziam muita alegria também. Meu último trabalho na TV foi em Milagres de Jesus, em 2014.

A igreja já fazia parte da sua vida quando realizou seus trabalhos mais recentes como atriz?
Sim, eu já frequentava a igreja nessa época. Aos poucos, fui me envolvendo mais, entendendo o chamado e descobrindo uma nova vida. Também formei minha família, fui mãe. O João está com 2 anos. Deus foi preenchendo meu coração com outras atividades além da atuação. Essas atividades também são maravilhosas e, pouco a pouco, eu fui deixando de sentir aquela falta. Claro que tenho saudade de muitos momentos que vivi em cada novela, em cada espetáculo de teatro. Conheci pessoas maravilhosas no trabalho, mas avalio que foi um ciclo. Hoje, estou vivendo outro ciclo e estou muito feliz. É um ciclo maravilhoso e melhor ainda. Sou grata a Deus por ter me permitido viver isso.

Giselle Policarpo com o marido,  Rocini Tavares, e o filho, João, de 2 anos — Foto: Reprodução/Instagram
Giselle Policarpo com o marido, Rocini Tavares, e o filho, João, de 2 anos — Foto: Reprodução/Instagram

Como foi sua aproximação da igreja?
Todos temos uma missão nessa vida. Ao longo da minha caminhada, percebi que cada um tem um dom diferente. Quando nos aproximamos de Deus, passamos a identificar nossa identidade e nossos propósitos. Aos poucos, fui estudando a palavra. Não planejei, mas foi acontecendo. Quando algumas pessoas falavam que me viam como pastora, eu achava que era algo que não tinha nada a ver comigo, que isso nunca aconteceria. Mas Deus foi preparando meu coração e me sinto privilegiada em ter encontrado esse caminho.

Você é pastora desde quando?
Há três anos e meio. Estava grávida quando senti o chamado de Deus para cuidar de uma igreja. Eu e meu marido (Rocini Tavares) éramos missionários da Bola Neve de Nova Friburgo, onde ficamos por dois anos. Agora, estamos pastoreando a Bola de Neve de Niterói.

Giselle Policarpo é pastora na Igreja Bola de Neve, em Niterói (RJ) — Foto: Reprodução/Instagram
Giselle Policarpo é pastora na Igreja Bola de Neve, em Niterói (RJ) — Foto: Reprodução/Instagram

Quando você pensa no futuro, quais seus planos?
Quero continuar servindo a Deus e crescer nessa caminhada. Quero dar maior atenção e dedicação para a minha família. Amo a minha família. Por enquanto, não penso em ter mais filhos, mas se Deus enviar, tudo bem. Gosto muito de estudar e de servir a Deus. Acredito que dois mandamentos -- amar a Deus sobre todas as coisas e cuidar da minha família -- são os mandamentos mais fortes em meu coração. Meu marido não é apenas pastor, ele trabalha em outra área. Atualmente, minha dedicação é para a minha família e para o ministério.

E a possibilidade de atuar?
Se algum dia surgir um projeto na arte, não estou fechada. Se for um projeto que eu sinta que caiba na minha vida hoje em dia, eu farei. Amo teatro, TV e cinema.

Percebeu algum preconceito do meio artístico quando passou a desenvolver seu trabalho como missionária?
Sabemos que o preconceito existe. Infelizmente, tem. Porém, nunca fui atingida neste sentido. A transição (profissional) levou anos. Acho que foi saudável. Não foi um baque nem para mim, nem para os outros.

É verdade que foi o ator Guilherme Berenguer, com quem fez Malhação, que te aproximou da religião?
O Guilherme que me levou para a Bola de Neve pela primeira vez. Eu estava querendo encontrar uma igreja e ele já frequentava a Bola de Neve. Um dia, conversando, falei: 'Gui, quero conhecer a Bola de Neve'. Depois que conheci, fiquei e estou até hoje. Estou lá desde 2008.

Mulheres Apaixonadas acaba de ganhar uma nova reprise e, vira e mexe, algum trabalho seu volta ao ar. Gosta de rever ou tem algum incômodo?
Gosto de assistir, sim. Lembro com muita gratidão do que vivi. Rever, às vezes, é divertido. Tem cenas que o lado crítico fala mais alto. Na época que eu trabalhava, acho que a autocrítica era maior. Além de Mulheres Apaixonadas, outros trabalhos meus já foram reprisados -- Malhação, Mutantes, recentemente passou Cristal, no SBT -- e não tenho problemas com isso.

Ainda te reconhecem nas ruas?
Reconhecem, sim. Claro que nem tanto quando estava no ar. Lembram muito da época de Malhação. Acho que é a fase que mais recordam.

Samara Felippo, Fernanda Souza, Giselle Policarpo, Ludmila Dayer, Fábio Azevedo e Priscila Fantin nos bastidores de 'Malhação' — Foto: Reprodução/Instagram
Samara Felippo, Fernanda Souza, Giselle Policarpo, Ludmila Dayer, Fábio Azevedo e Priscila Fantin nos bastidores de 'Malhação' — Foto: Reprodução/Instagram

E seu trabalho começou ainda como atriz mirim, não?
Comecei profissionalmente aos 11 anos, no teatro. Depois, na Escolinha do Professor Raimundo, eu tinha 13 anos. Minha primeira novela foi Zazá, em 1997, eu tinha 15 anos. 'Cadê Zazá, Zazá, Zazá...' (cantarola).

Teve frustrações com o meio artístico?
Não tive. Sou realmente muito grata a tudo que eu vivi tanto no teatro, quanto na televisão. É uma carreira difícil, mas muito legal. Fui muito feliz na minha carreira. Guardo recordações muito boas e acho que minha vida está melhor ainda hoje. Acredito que eu vá realizar novos trabalhos como atriz, mas no segmento cristão.

Muitas vezes, imaginam que frustrações em artistas que deixam de trabalhar mais na TV. Este não parece ser o seu caso.
Estou na melhor fase da minha vida. Não enfrentei nenhuma crise de idade. Eu me dou bem com cada idade que eu tenho. Sou muito grata por tudo o que eu vivi na minha fase na televisão, mas vivo um momento ainda melhor.

Giselle Policarpo com o marido,  Rocini Tavares, e o filho, João, de 2 anos — Foto: Reprodução/Instagram
Giselle Policarpo com o marido, Rocini Tavares, e o filho, João, de 2 anos — Foto: Reprodução/Instagram
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