No dia 7 de janeiro passado, Luciana Gimenez descia uma pista de esqui em Aspen, no Colorado, quando caiu e quebrou a perna. Uma cirurgia, vários pinos e parafusos, muita fisioterapia e quase quatro meses depois, a apresentadora de 53 anos ainda sente muita dor, fica com o membro inchado se passar muitas horas sentada e treina chorando.
“A única coisa que faço é repetir para mim mesma o dia inteiro ‘vai passar, vai passar’. Não é uma coisa que eu consigo aceitar, essa paciência eu talvez não tenha ficado na fila para aprender. Não sei se vou aprender e espero nunca mais precisar dela. Mas eu estou vivendo”, diz Luciana, que recentemente anunciou o término do namoro com Renato Breia.
A apresentadora deixa claro que sabe que teve muita sorte, pois está viva, tem recursos para se tratar e não teve nenhuma sequela definitiva, apesar de ainda estar lidando com um problema em um nervo da perna. “Vai melhorar, eu sei, não tem o que falar, mas eu não consigo aceitar que a minha perna ficou metade da grossura da outra, não consigo aceitar que eu não estou andando direito”, assume. “Mas acho que não aceitar e fazer tudo que está ao meu alcance para melhorar faz parte da minha recuperação”, pondera.
![Luciana Gimenez mostra cicatrizes na perna um mês após acidente de ski — Foto: Reprodução/Instagram](https://cdn.statically.io/img/s2-quem.glbimg.com/_P5ck5ILGtjAjAWAZdXGXjPlUXs=/0x0:1024x768/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_b0f0e84207c948ab8b8777be5a6a4395/internal_photos/bs/2023/D/B/Kw0pX2RaCHN0CxbIWgaw/whatsapp-image-2023-02-06-at-22.43.27.jpeg)
Ela garante que não liga para as cicatrizes da cirurgia - mas a dor é companheira constante de Luciana. “É uma dor absurda, e eu não estou acostumada a parar. Fiquei dois meses [sem fazer nada] porque a perna estava absurdamente dolorida, mas eu sou uma pessoa que preciso estar em atividade, tenho trabalho, tarefas para cumprir, filho para criar. O trabalho é ótimo para mim, porque me distrai e é a única hora que não penso em mais nada”, explica a mãe de Lucas Jagger, de 23 anos, com Mick Jagger, vocalista dos Rolling Stones, e Lorenzo, de 12, com o empresário Marcelo de Carvalho.
Recentemente Luciana descobriu novos limites que o acidente ainda impõe à sua vida. Ela, que lançou o podcast Bagaceira Chique, precisou gravou dois episódios juntos e, depois de quatro horas sentada, estava com perna muito inchada. “Ela [a parte inferior] estava maior que a minha coxa, doendo, roxa”, lembra. “Tem sido um desafio enorme para mim, é muito difícil, uma recuperação muito dolorida e é um aprendizado diário”, diz.
Luciana afirma que sabe que sua recuperação tem um tempo natural (“meu osso só vai colar na hora que ele colar”), mesmo com tudo que faz para melhorar. “Eu sou só mais uma pessoa a passar por uma por um momento de aprendizado na marra. Mas eu não gosto de mudanças, é difícil aceitar quando elas são empurradas goela abaixo”, assume.
![Luciana Gimenez passeia de muletas pelo Rio de Janeiro — Foto: Reprodução/Instagram](https://cdn.statically.io/img/s2-quem.glbimg.com/Ci3n8iNz8iwEfpBhPntTNaAccnY=/0x0:1170x2080/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_b0f0e84207c948ab8b8777be5a6a4395/internal_photos/bs/2023/X/7/3dPeuMQ864CXheLjx6fQ/332238059-934221287575583-8588146502668577673-n.jpg)
A dor tem além do custo físico um desgaste mental. Luciana faz há anos terapia e, como ela mesma diz, se autoquestiona o tempo inteiro, e, apesar das queixas, diz não gosta de falar que está em um momento difícil. “Tem coisa muito pior e não sou a primeira pessoa que quebrou a perna. Mas só quem está vivendo [a dor que ela sente] entende. Eu não vou sossegar enquanto não estiver bem. Por isso eu malho chorando de dor, mas eu vou. Eu não aceito menos do que como estava antes do acidente”, avisa.
“Eu sempre prefiro tirar o melhor de todas as experiências, que o único jeito que a gente tem na vida é ver as coisas pelo lado bom. Mas ainda estou em recuperação, com a perna doendo muito, e apesar de todo mundo falar vai ficar ótimo e tal é difícil você ver a luz no final do túnel”, explica. “Sei que vou ter que passar por esse momento de cabeça erguida, fazendo o melhor de mim sem pena, porque a gente não pode ter pena de nada”, diz.
“Talvez lá no fim, quando tudo isso acabar, exista uma nova Luciana, espero que sim”, avalia a apresentadora. “Eu tenho planos, penso ‘quando eu não vou estar mancando, quando vou poder andar normalmente, brincar e jogar basquete com meu filho, quando vou poder dançar, usar alto salto?’. Eu só quero poder andar de bicicleta que é a coisa que eu mais amo fazer vamos fazer. Então, enquanto essas respostas não forem resolvidas, eu não posso dizer mais sobre o que acontecerá lá na frente”, avisa.