Cinnara Leal brilha em 'Fuzuê' e lembra reprovação em teste de outra novela do autor

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"Não conhecia o Gustavo Reiz. A primeira vez que tive contato com o texto dele foi para ser protagonista em novela escrita por ele (Escrava Mãe, na Record), em outra emissora, e não passei. Hoje, estou aqui e muito feliz fazendo a Cecília com muita vontade. A vontade é um combustível e faz toda a diferença", diz.

Em férias das novelas desde o fim de Nos Tempos do Imperador, Cinnara conta como foi a preparação para o papel. "Procuro estar sempre estar conectada com o nosso tempo, seja cinema, novela, palco, novela de época. Cecília é uma grande mulher e tem uma força muito grande de sobrevivência. Ela vem de uma grande tragédia e chega com uma carga de fazer vingança."

A atriz enaltece ainda o fato de ter uma personagem que ajuda a movimentar a história. "Ela é uma jornalista investigativa que traz um mistério para a novela. Fuzuê tem uma grande diversidade. E é gancho atrás de gancho. Vamos descobrindo junto com o público os nossos próximos passos. Minha personagem é uma justiceira e eu, como mulher preta, trago a potência da identificação do povo brasileiro através de uma imagem, uma existência. Estou em um núcleo negro lindo de viver. Estou muito feliz porque Fuzuê tem grande pluralismo."

Cinnara também se diz feliz com o fato de, pela primeira vez, ter sido chamada especialmente para um papel, sem ter que passar por testes. "Ao contrário das outras vezes, esta foi a primeira vez em que fui convidada para fazer um trabalho. Não tenho problema em ser testada para um trabalho, mas ser convidada também permite que a gente sinta um valor, um reconhecimento do tanto que você investiu para ser artista neste país. É muito lindo."

De acordo com a atriz, a representatividade vista na novela anterior, protagonizada por Sheron Menezzes e Samuel de Assis, deve ser vista como um exemplo de sucesso. "Vai na Fé teve um núcleo grande e lindo de atores negros, e Fuzuê também tem um núcleo negro muito potente, com história para contar."