Gabriela Versiani, de 25 anos de idade, se orgulha de ter comprado tão jovem seu primeiro apartamento, localizado em Alphaville, região nobre de Barueri, em São Paulo. A influenciadora, nascida em Patos de Minas, no interior de Minas Gerais, abriu as portas do seu lar de 115 m² para a Quem e falou sobre a conquista.
"Esse apartamento foi a minha primeira grande conquista material. Quatro anos atrás, quando cheguei aqui, pensei: 'Não acredito que, com essa idade e com o suor do meu trabalho, consegui comprar o meu primeiro apartamento'. Sou muito grata a Deus e ao meu público", celebra ela, que elegeu uma decoração clean, com toques de sua personalidade, como uma parede em grafite do seu rosto, feita pelo artista Luan Ribeiróvisk, e itens que remetem à espiritualidade e à paixão pela moda. "Comprei o apartamento semi-pronto e reformei para deixar com a minha cara", explica.
Recentemente, Gabriela passou um mês fora de casa, cumprindo uma agenda de compromissos profissionais, entre elas as que tem como empresária de sua grife de biquínis e moda praia. Em seu terceiro ano de Versiani Swim, ela pretende faturar cerca de R$ 15 milhões com a nova coleção cheia de cor e de modelos clássicos.
Além dos planos profissionais, que incluem exportar sua marca para o exterior e investir na carreira de atriz, Gabriela sonha em ser mãe. Ela namora há dez meses o cantor Murilo Huff, de 28 anos, que vive em Goiânia, perto do filho, Leo, de 4 anos, fruto do relacionamento que o sertanejo teve com Marília Mendonça (1995 - 2021).
"O meu maior sonho é construir uma família e ser mãe. Vai ser a minha maior conquista da vida. Não faço ideia de quantos, mas tenho cara de ser mãe de muitos. Gosto muito de casa cheia. Então, acho que vou querer vários", almeja ela.
Quando você está em casa, o que mais gosta de fazer?
Nada! Gosto de ficar deitada, dormir muito e tomar sol. E piscina e dormir (risos).
Como uma mineira acostumada a comer bem, você sabe cozinhar?
Não me pergunta isso, não (risos). Gosto de conversar com quem está cozinhando. Sou zero da cozinha. Minha avó e minha mãe cozinham muito bem, mas não tenho habilidade. Sei o básico, fritar um ovo, fazer um miojo... O Murilo cozinha muito bem! O churrasco dele é maravilhoso e o carreteiro dele é o melhor do mundo. Aliás, desde que comecei a namorar, meu prato favorito é esse.
Como foi a sua infância?
Foi a mais raiz e a mais bem vivida possível. Às vezes, no meu grupinho, me perguntam: "Gabi, você assistia a tal desenho?". E eu respondo que "não", daí eles se surpreendem, "Como assim? Você não teve infância?". Tive, sim, mas foi totalmente ao contrário das que as outras crianças tinham. A minha foi na fazenda, cuidando de porquinho, tirando leite da vaca, comendo direto do pé da fruta, andando sempre de chinelo... Aliás, acho que o meu pé é encardido até hoje por causa disso (risos). Foi uma infância de muito contato com a natureza e muito feliz.
O engraçado é que você teve sua ascensão profissional graças ao universo digital...
Ninguém acredita que tive essa infância offline. As pessoas não acreditavam que eu andava de moto, não entendiam quando eu via um bicho e não expressava medo... As pessoas achavam que eu era uma patricinha. Sou zero fresca. As pessoas ficam surpresas quando veem este outro lado.
Imagino que deva ter sido difícil, em um primeiro momento, se mudar para São Paulo, né?
A minha sorte foi que, antes de vir para cá, morei em Belo Horizonte e fiz um intercâmbio. Mas, mesmo assim, foi um choque muito grande, porque vim morar muito longe de casa e sozinha. As pessoas aqui são muito diferentes, mais frias e fechadas. Senti muito no começo, porque os mineiros são muito receptivos. Às vezes, chego abraçando as pessoas e percebo que elas se assustam porque não estão acostumadas.
E você que é bem ligada à família ainda...
E Patos de Minas não tem um fácil acesso. São oito horas de carro! Quando vim, tinha uma realidade diferente também, não tinha condições de ficar indo e voltando toda hora que queria. Às vezes, passava uns dois meses sem ver a minha família e sentia muito. Estava acostumada com a casa cheia. Senti muita falta da minha família até que a Lê, que é minha prima e meu braço direito e esquerdo, veio morar comigo.
Você tem uma ligação muito forte com o seu avô, né?
Muito forte! Ele é igual a um pai para mim, minha base, meu tudo. Digo que a gente tem uma relação de outras vidas. É surreal o nosso amor. Sou a neta preferida dele e ele não esconde isso de ninguém (risos). Todo esse amor vem por muito afeto e proteção, meu pai é o caçula, o único filho homem... A preferência pelo meu pai já era grande como filho. Como o meu pai teve problema com dependência química, isso intensificou um pouco mais o cuidado que ele tinha. Quando vim, ele transferiu para mim todo o cuidado. Ele me protegeu desta situação do meu pai, para eu não ver tantas coisas. Ele também sempre se preocupou com a minha educação. Quando comecei a namorar, ele sentou comigo e falou sobre preservativos. Ele tem 86 anos, mas tem uma mente muito jovem e sábia.
Você começou a trabalhar muito jovem, aos 14 anos, mas a modelar ainda criança né?
Minha mãe foi modelo e sempre me colocou na frente das câmeras e para fazer os cursos de modelos. Aos 6 anos, eu já fazia várias coisinhas na minha cidade, como desfiles e campanhas de lojas, mas era algo pontual, encarado como um hobby. Sempre gostei.
Ao mesmo tempo que é gostoso, esse universo ensina a criança a lidar cedo com "nãos"...
Bastante. A passarela, por exemplo, foi um não muito grande. Minha mãe queria que eu desfilasse, mas eu não levava muito o perfil, altura e jeito. Também fiz teatro ainda pequena. Esses universos ensinam a gente a ter resiliência ao levar "não" e ter as portas fechadas.
Você aprendeu a lidar bem com as pressões estéticas desde cedo?
Já cheguei a ficar na bad (mal) por causa dessas cobranças que existem, mas a minha família me deu uma base muito boa. Às vezes, me sinto pressionada por essa cobrança toda, mas volto para casa, coloco meus pés no chão, respiro fundo e me acalmo. Minha família me deu essa base para ter uma autoconfiança, que não precisa ver da beleza ou do seu corpo, ela vem mais de Deus e das suas raízes.
Falando em Deus, no seu apartamento tem várias referências à espiritualidade, como o crucifixo, a Bíblia... Isso veio da sua criação?
Vim de uma família muito religiosa. A minha avó já me fez, aos 5 anos, pagar promessa dela (risos) em Aparecida (no interior de Sã Paulo), subindo as escadas de joelho. Lá em casa, era tradição ir à missa todo domingo. Fui construindo a minha fé. Por escolha própria, comecei a ir à missa de segunda, terça, quarta, quinta e sexta, antes de começarem as minhas aulas. Até hoje, tenho o costume de ir às missas aos domingos e agradeço sempre a Deus.
E a sua carreira trabalha muito com energia, né?
Essas coisas negativas não chegam até mim por isso. O Deus que me protege é muito maior que isso. Minha fé sempre foi inabalável.
Vi em algumas entrevistas que você estudou um pouco de Odontologia e Publicidade e Propaganda antes de decidir mesmo investir na carreira de influenciadora. Foi na pandemia que tomou essa decisão?
Foi quando realmente me profissionalizei e fiz disto o meu sustento. Tranquei minha faculdade e foquei nisso. As coisas foram acontecendo.
E você abriu mão do sonho de ser atriz?
A minha correria como influenciadora e agora com a minha marca fizeram com que esse sonho ficasse um pouco adormecido no meu coração, mas ele ainda existe. Direto falo: "Vou voltar para o teatro" e "vou tentar fazer alguns testes". Quando dá, tento mostrar um pouco deste lado. Também estou apresentando o Ao Vivão do Murilo sempre que possível e gostado muito de fazer isso.
Tem o sonho de fazer uma novela?
Sonho muito! Tenho muita vontade de me aventurar. Se surgisse uma oportunidade, daria um jeito na hora.
Além da carreira de influenciadora, você tem feito um grande sucesso como empresária. Já no primeiro ano da sua marca, vocês faturaram R$ 2 milhões! Quais os próximos passos?
No segundo ano, a gente triplicou o faturamento e, neste ano, a gente pretende mais que dobrar esses R$ 6 milhões, com uns R$ 15 milhões. Agora estou conversando muito com a minha sócia sobre exportar os nossos biquínis. Não é fácil. É um processo trabalhosa, mas sinto que lá fora eles têm uma carência do biquíni brasileiro. A Anitta e uma dançarina usaram no clipe biquínis da nossa marca e eu quase morri. Não conheço a Anitta ainda e ela usou um biquíni meu! É um impacto muito grande e espero que isso abra portas lá fora para o nosso produto. Além disso, também tenho a vontade de trazer lojas físicas para o Brasil.
Quando surgiu essa paixão por biquínis?
Sou muito solar e queria sempre estar de biquíni. Não gostava nem de por roupa, me incomodava. Biquíni é liberdade e se sentir bem com você mesma. Quero que as pessoas que compram os meus biquínis sintam isso. Agora a gente veio com peças bem confortáveis e despojadas para mulheres que não querem esconder nada, mas que querem se sentir livres. É biquíni para todos os tipos de mulheres.
Falando sobre a sua carreira, você enfrentou o machismo?
Eu deixava essas coisinhas passarem e pensava em mostrar o contrário do que falavam com o meu trabalho. Minha resposta nunca ia ser contestar hate, mas com trabalho. A gente trabalha muito para conseguir construir algo. E tem gente que ainda acha que foi fácil.
Você teve namoros muito explorados pela mídia, como o relacionamento com o Kevinho e com a Bárbara Labres, mas agora, apesar de namorar o Murilo Huff, tem conseguido mostrar o seu lado profissional e individual também...
Sofri muito no passado ao ponto de pensar que eu podia fazer de tudo, mas que as pessoas nunca iam ver o que eu fazia, sempre vão falar com quem eu estou. Mas, a partir do momento em que tornei isso leve no meu coração, começaram a me enxergar mesmo. Hoje estou com o Murilo e tudo bem! Isso me agrega, eu mereço estar neste lugar e conquisto ele todos os dias, mas não é só sobre isso. Eu também sou a Gabriela, tenho o meu trabalho, minha família, origem e raízes... Acho que hoje as pessoas notam isso e veem meu relacionamento como uma coisa que veio para somar. Um relacionamento tem que ser para somar em todos os sentidos da nossa vida. O meu relacionamento atual tem sido assim e por isso as pessoas conseguem ver a gente separadamente.
Como é conciliar a agenda com o namoro?
A gente dá um jeito. E eu tenho sorte de Goiânia ser um pouqinho mais perto de Minas Gerais. Então, ainda dou um jeito de combinar de passar dois dias em Goiânia antes de ir para Minas ou o contrário. Além disso, o Murilo está sempre na estrada e a gente se encontra em outros lugares. Como meus finais de semana são tranquilos, consigo acompanhar o Murilo em alguns shows. Ele vem para São Paulo também e fica mais alguns dias.
Aparenta ser um relacionamento muito leve. Apesar de toda essa visibilidade do namoro, você acha que encontrou essa leveza?
A minha relação com o Murilo me dá uma sensação de volta para a casa. A gente tem criação e valores muito parecidos. Fora isso, a gente se conheceu em um momento muito mais maduro. A gente se preparou para viver um relacionamento assim. E ele ama o meu trabalho, me ver brilhar e me dá espaço para isso. Assim como eu amo ver o Murilo brilhar. É um somando na vida do outro.
O que aproximou vocês?
A gente é muito parecido! Temos os mesmos sonhos e manias. Nós dois temos a mania de mexer na orelha desde pequeno. Tem coisas que até as nossas famílias se surpreendem. E somos muito família.
E como é a sua relação com o Leo?
É uma delícia estar com o Leo. É uma criança que alegra o ambiente. Às vezes, eu brinco, "amor, não estou nem com saudades de você, estou louca para ver o Leo". A gente está muito grudadinho. Ele está em uma fase muito gostosinha.
Esses dias você passou um tempo na fazenda e postou um estilo "made in roça". O que você gosta de fazer lá?
Eu amo ficar lá no silêncio, tomando meu sol, tranquila na fazenda... É uma paz interior. Eu treino, faço meu ioga, como comida da terra mesmo, pego frutas no pé... Isso é estar mais perto de Deus.
Você tem vontade de no futuro morar na fazenda?
É um sonho ter um sítio. Não sei se eu queria morar lá porque tem sinal de internet precária. Mas meu maior sonho de conquista material é ter uma casa que remeta ao campo, com muita natureza ao fundo, sem um monte de prédios ao fundo, que seja mais afastado da cidade e perto. Converso muito sobre isso com o Murilo. A gente é praticamente a mesma pessoa. A gente tem os mesmos desejos. O sonho dele é ter um sitio também.