Empreendedores criam empório da pizza para cliente se aventurar na cozinha de casa

“A ideia era instalar uma operação delivery de hambúrgueres. Durante nossas conversas, surgiu a ideia de montar a Mercato, seguindo moldes da The Burger Store, loja bem ao lado”, conta Lee, que é um dos proprietários do empório especializado no sanduíche, junto de outros sócios.

A loja da Di Bari vende massas de pizzas de fermentação natural, assadas e pré-assadas, molhos, insumos e utensílios. Hoje, a capacidade de produção é de 8 mil massas mensais, das quais 3 mil atendem ao consumidor final e 5 mil, estabelecimentos como bares, restaurantes e hotéis.

A Di Bari Mercato ocupa o espaço de 10 m² no Itaim e, ao fundo do empório, numa instalação de mais 90 m², funciona a produção do delivery da sucursal da Di Bari Pizza. Para suprir a maior demanda, os sócios estão construindo uma fábrica com área de 300 m² e capacidade inicial de produzir 30 mil massas por mês. O espaço, previsto para abrir em três meses, fica em frente à primeira Di Bari, único endereço da empresa com salão para receber clientes presencialmente.

O faturamento mensal do empório gira em torno de R$ 90 mil, com crescimento na faixa de 25% ao ano. Com a construção da fábrica, espera-se que alcance um patamar cinco ou seis vezes maior. “Esperamos um crescimento da Di Bari Mercado de, pelo menos, 200% até o final do ano”, diz o sócio-proprietário.

A equipe atual de cinco pessoas (duas na produção, uma na gerência e nas vendas, uma no financeiro e outra na embalagem) deve dobrar no segundo semestre. Em 2025, a intenção é expandir o time para 20 pessoas, seguindo planos de abertura de mais empórios em outros pontos da capital.

O empório comercializa seus produtos na loja instalada no Itaim e, também, pelo WhatsApp e no site, com delivery próprio. Metade das vendas acontece no ponto físico e a outra metade, pelos meios virtuais. Os preços praticados são sempre iguais. O carro-chefe são as massas.

Entre os produtos mais vendidos, aparecem, por ordem: as massas cruas, as massas pré-assadas, o molho de tomate, o mel frutado com alho, o queijo tulha e, também, a pasta de alho com tulha. O consumidor final pode escolher entre os dois tipos de massa disponíveis – hoje, mais da metade opta por massas cruas, para ter a experiência quase completa em casa –, que podem ainda ser resfriadas ou congeladas. Na frente B2B, são vendidas apenas massas congeladas.

Cada massa crua pesa cerca de 300 g e rende um disco de aproximadamente 30 cm. Seguem o estilo napolitano, com fermentação de 48 horas e preparo com farinha italiana. A grande diferença é que a massa crua precisa ser assada em forno que chegue a, no mínimo, 350 ºC. Já a pré-assada pode ser levada ao forno convencional.

Toda a produção das redondas ocorre atualmente no endereço no Itaim, mas será transferida para a fábrica que está sendo construída. A empresa faz a curadoria dos outros insumos para complementar o prato, porcionando-os adequadamente para o uso final. “Utilizamos ingredientes de microprodutores brasileiros, produtos que nem sempre são acessíveis ao consumidor final”, comenta Lee.

O empório oferece várias opções de queijo e embutidos, além de conservas e enlatados para cobertura, que podem ser combinados de acordo com o gosto do cliente. Ainda oferece combos para montar em casa receitas similares às do cardápio da Di Bari Pizzaria, além de produtos variados, como manteigas de pistache e trufada (para acompanhar a borda), licores, azeites, pimentas e doce de leite.

Por terem produção em menor escala, os insumos nem sempre estão disponíveis nas lojas física e virtual da Di Bari Mercato, mas são repostos sempre que há uma nova entrega. “Estamos sempre buscando novos ingredientes, sejam queijos novos, embutidos ou opções doces. Faz parte do trabalho da Mercato trazer tudo o que for novidade e que o cliente não encontra nos mercados”, finaliza o empreendedor.