Assim que o caso de um idoso supostamente morto que teria sido levado para uma agência bancária no Rio de Janeiro para a retirada de um empréstimo ganhou os noticiários e as redes sociais, uma comparação com o filme 'Um Morto Muito Louco' (1989) surgiu quase que instantaneamente.
No entanto, muita gente não se atentou ao fato de que a continuação do longa, 'Um Morto Muito Louco 2' (1993), traz exatamente uma cena em que um cadáver é usado para dar um golpe bancário. Confira o trecho ao final do texto.
Vamos lembrar a história da 'franquia' cômica de Sessão da Tarde. No primeiro filme, Larry (Andrew McCarthy) e Richard (Jonathan Silverman) são dois funcionários de uma empresa de seguros que descobrem que um golpe milionário está em curso na corretora. Eles decidem contar para seu chefe Bernie (Terry Kiser) tudo o que descobriram e o patrão os convida para que eles se encontrem em sua casa de praia.
A dupla só não faz ideia de duas coisas: que Bernie está envolvido no esquema e que seu corpo jaz na casa onde os três se encontrariam.
Desesperados, os amigos simulam que o empresário continua vivo, com o intuito de não virarem alvos de seus assassinos. O resto, você já sabe, são altas confusões.
No segundo filme - esse mais importante com a conexão direta com o caso brasileiro - Larry e Richard tentam limpar a barra e encontrar a dinheirama desviada pelo falecido chefe. Eles conseguem novamente ficar em posse do corpo do homem e, em uma cena específica, em dupla, conseguem acessar o banco de Bernie simulando que ele está vivo com os dois manipulando seu corpo como se fosse uma marionete.
Na cena em questão, Bernie "assina" um documento e até pega uma chave em seu bolso para entregar ao gerente da instituição, sem levantar as suspeitas do funcionário.
Internautas resgataram esse momento específico da comédia e o compararam às cenas reais que chocaram o Brasil e o mundo; muitos escreveram que se a mulher presa por vilipêndio a cadáver e furto mediante fraude tivesse visto o filme de 1993, ela sairia da agência com o contrato assinado pelo Tio Paulo, nome pelo qual o idoso morto terminou conhecido.