Woodstock, o festival realizado em uma fazenda na cidade de Bethel, no estado americano de Nova York, marcou época como um expoente da contracultura do fim da década de 1960 e 1970 e por reunir uma quantidade impressionante de artistas de renome como Joe Cocker, Carlos Santana, Janis Joplin, The Who, Jimi Hendrix, entre outros.
Lançado um ano depois, o filme 'Woodstock - 3 Dias de Paz, Amor e Música' documentou toda a loucura e genialidade que transbordaram naqueles dias e ajudou a solidificar as notáveis apresentações de artistas e a catapultar as carreiras de outros músicos e bandas que não tinham tanto alcance naqueles tempos.
A banda Mountain é um exemplo de grupo que se beneficiaria com o festival e com o documentário, mas em uma decisão considerada uma das mais erradas da história, o empresário da banda decidiu impedir da documentação de seu show, que era apenas o terceiro da história do grupo.
Sim, a banda Mountain, cujo maior sucesso é "Mississippi Queen", recebeu US$ 2 mil para estar junto dos maiores ícones da música da época (e alguns de todos os tempos) mas abriu mão de fazer parte do filme que seria visto por gente de todo o mundo nas décadas seguintes - para muito além das 500.000 pessoas que testemunharam o evento in loco. A apresentação do grupo - que ficou entre as bandas Canned Heat e Grateful Dead -, no entanto, ficou na memória apenas dos presentes naquele 16 de agosto de 1969.
“Não sei o que aconteceu com meu empresário na época, ele provavelmente não recebeu dinheiro suficiente”, disse o guitarrista e vocalista do Mountain, Leslie West, em 2015. “Quem sabe?”, brincou. A banda foi na contramão de astros e estrelas que transcenderam a apresentação e viraram verdadeiras lendas justamente porque apareceram no palco de Woodstock e o Mountain - formado por West, Felix Pappalardi e Corky Laing - nunca saberá á importância que teria no cenário do rock e da música caso tivessem cedido seus "direitos de imagem".