Figurante sem-teto admite obsessão por diretora e assassinado executivo de Hollywood

Jameelah Elena Michl stalkeava cineasta A.V. Rockwell e admitiu ter matado Michael Latt por sua proximidade com ela

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Michael Latt e A.V. Rockwell, as vítimas da obsessão de Jameelah Elena Michl — Foto: reprodução/instagram

Uma mulher sem-teto, que fazia bicos em figurações de produções audiovisuais, confessou ter matado o famoso executivo de Hollywood Michael Latt por causa de sua amizade com a diretora A.V. Rockwell, que ela perseguia e ameaçava.

Jameelah Elena Michl, de 36 anos, assumiu a culpa pelas acusações de assassinato em primeiro grau e roubo em primeiro grau em um tribunal de Los Angeles, revelaram documentos judiciais divulgados pela corte. A criminosa também admitiu ter usado arma de fogo durante o ataque, o que é crime.

O rapper Common e Michael Latt — Foto: reprodução/instagram

Os promotores alegaram que Jameelah, uma mulher sem-teto que morava em seu carro, bateu na porta da casa de Latt em Los Angeles, forçou a entrada e atirou nele fatalmente com uma arma semiautomática. Ele chegou a ser resgatado, mas acabou morrendo no hospital.

A criminosa stalkeava, perseguia e ameaçava a diretora A.V. Rockwell, e a sua obsessão pela cineasta a motivou a fazer o ataque a Latt. A.V. tinha conseguido na justiça várias ordens de restrição contra Jameelah, informou a AP.

A diretora A.V. Rockwell e o executivo de Hollywood Michael Latt — Foto: reprodução/instagram

Em uma triste coincidência de fatos, Jameelah fez uma ponta no longa 'Mil e Um', mais recente filme de A.V. Rockwell, e matou Latt na mesma noite em que a cineasta venceu o prêmio Gotham de Diretora Inovadora.

A.V. relatou que Jameelah começou a persegui-la depois de trabalhar em seu filme. Após o término das filmagens, a criminosa enviou à diretora uma grande caixa de presente e mais tarde entrou em contato com ela na tentativa de iniciar um relacionamento pessoal, indicaram registros judiciais e autoridades ao Los Angeles Times.

O executivo Michael Latt — Foto: reprodução/instagram

Após não ter suas investidas respondidas, Jameelah passou a enviar a A.V. cartas ameaçadoras, nas quais inclusive dizia que cometeria suicídio. “Minha Glock está carregada enquanto escrevo isto”, dizia uma das notas. “Um puxão no gatilho e estarei livre”, ameaçava.

A acusada enviou pelo menos cinco “e-mails e mensagens de texto extremamente longas e ameaçadoras” para Rockwell, além de ter ligado repetidamente para seu telefone e a assediado em eventos públicos.

A diretora A.V. Rockwell entre Michael Latt e a mãe dele, Michelle Satter — Foto: Getty

Antes de sua morte, Latt postou uma foto com Rockwell e sua mãe no Festival de Cinema de Sundance, onde o filme da diretora ganhou o Grande Prêmio do Júri. “Parabéns a @AVRockwell por sua incrível estreia na direção de um longa-metragem, 'Mil e Um'”, dizia a legenda.

A mãe de Latt, Michelle Satter, é uma das diretoras fundadoras dos programas de artistas do Sundance Institute, onde ajudou Quentin Tarantino no início de sua carreira. Seu pai, David Latt, é um produtor de cinema e seu irmão é um agente na indústria do entretenimento.

Jameelah pode receber a pena de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional por 25 anos. A decisão da justiça ser emitida em 10 de julho.

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