A britânica Eleanor Williams ganhou notoriedade pela primeira vez em 2020, quando afirmou em um post no Facebook que tinha sido espancada e violentada por um grupo de homens asiáticos. Mais tarde, a polícia descobriu que esse e outros relatos dela eram inventados; hoje, ela cumpre 8 anos e meio de prisão.
'Liar: The Fake Grooming Scandal', um documentário lançado recentemente pela BBC, esclarece de uma vez por todas as mentiras da mulher de 23 anos.
O primeiro relato dela foi ainda aos 16 anos. Na ocasião, disse ter sido estuprada por um homem; aos 18, inventou outra história de abuso sexual e, semanas depois, afirmou ter sido traficada e abusada por um grupo de homens asiáticos; esta, foi a história que repercutiu nas redes sociais.
“É difícil entender por que alguém iria tão longe e qual seria a motivação, além do desespero para acreditarem nela”, disse o detetive John Robinson no documentário.
Em uma foto da polícia (em destaque na abertura da matéria), Eleanor aparece com um dos olhos muito inchado. Em mais imagens reveladas pela BBC, a mulher surge tonta e com sangue escorrendo pela boca enquanto a polícia tenta entender o que aconteceu -- em certo momento, ela estende a mão para o policial e diz sussurrando: “Socorro”.
Tudo isso era encenação, já concluíram as investigações; o olho inchado, por exemplo, foi um golpe dado por ela mesma com um martelo. Em março do ano passado, ela foi condenada a 8 anos e meio pelas mentiras em série. “Eu sei que cometi alguns erros, sinto muito. Eu sei que não é desculpa, mas eu era jovem e confusa. Não estou dizendo que sou culpada, mas sei que errei em algumas coisas e sinto muito", ela disse após o veredicto.
As mentiras de Eleanor Williams tiveram sérias consequências. Um dos homens que ela acusou falsamente, o empresário Mohammed Ramzan, tentou tirar a própria vida após sua prisão. Outro acusado injustamente passou 73 dias preso.