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Leandra Leal revela que filme sobre travestis pioneiras é também a história de sua família

Em sua estreia como diretora em Divinas Divas, Leandra conta à Marie Claire como mergulhou em histórias de uma geração que revolucionou uma época e também participou de sua vida; veja trailer

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Por Adriana Ferreira Silva
Leandra Leal estreia como diretora do documentário Divinas Divas (Foto: Daryan Dornelles )
Brigitte de Búzios, Camille K, Divina Valéria, Rogéria, Jane Di Castro, Fujika de Halliday, Eloína dos Leopardos, Marquesa (Foto: Divulgação)

Com estreia nacional no dia 22/06, Divinas Divas já tem sessões no Festival Internacional de Documentário Musical In-Edit Brasil, que acontece até dia 25/06 em São Paulo. Em uma cena do documentário dirigido por Leandra Leal, ela descreve um episódio de sua infância nos bastidores do Teatro Rival, no Rio, que pertence à sua família desde a década de 70. “Eu devia ter uns 7 anos. Lembro de estar correndo nos bastidores e uma mão forte me puxou. Virei e uma mulher disse: ‘Você é loura e branca como eu. Quando quiser ficar com as bochechas rosa, não precisa passar blush, belisque como a Scarlett O’Hara em E o Vento Levou...”.

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Jonas Miqueias, Brigitte de Búzios, Rogéria, Divina Valéria, Eloína dos Leopardos e Fujika de Halliday (Foto: Divulgação)
Rogéria em Divinas Divas (Foto: Divulgação)

A loira era a emblemática travesti Rogéria, uma das personagens do documentário que marca a estreia de Leandra como diretora. Divinas Divas celebra os 50 anos de carreira de Rogéria, Jane Di Castro, Divina Valéria, Camille K, Fujika de Halliday, Eloína dos Leopardos, Brigitte de Búzios e Marquesa – morta em 2015 –, pioneiras em
shows de transformistas no país e habituées do palco do Rival.

Marquesa em cena de Divinas Divas (Foto: Reprodução)

Veja trailer de Divinas Divas

Rogéria dá um show em cena de Divinas Divas (Foto: Divulgação)
Brigitte de Búzios em Divinas Divas (Foto: Divulgação)
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As trajetórias dessas personagens se confundem com a biografia de Leandra. “Não lembro de meu avô Américo Leal [dono do Rival] na ativa, era muito criança. Mas elas me contaram que ele era um gaiato. Uma figura da noite, com a mente aberta”, revela. Divinas Divas traça um perfil comovente e corajoso de artistas que tiveram de enfrentar o preconceito para assumir a personalidade numa época em que um homem se vestir de mulher era viver “na fronteira do precipício”, como define Rogéria.

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