Restos humanos encontrados em uma igreja na cidade de Folkestone, em Kent, na Inglaterra, foram confirmados como pertencentes à princesa anglo-saxônica Eansvida, que viveu entre os anos de 614 e 640. Analisando os ossos e os dentes encontrados no local, especialistas concluíram que o corpo era da mulher, que também é conhecida como sendo a primeira santa inglesa.
Segundo os especialistas, os restos mortais foram encontrados em 1885 na Igreja de Santa Maria e Santa Eansvida, mas análises de radiocarbono só puderam ser feitas recentemente — o que confirmou a identidade do cadáver. “Folkestone é um lugar extremamente antigo, mas grande parte de sua herança foi apagada durante o desenvolvimento nos séculos 19 e 20", pontuou Lesley Hardy, uma das pesquisadoras, ao The Guardian. "Eansvida estava no centro da comunidade, pois as pessoas a viam como uma heroína local. Trazê-la de volta à luz é algo bastante especial."
Eansvida era filha de Eadbald, que governou como rei de Kent de 616 a 640, e neta de Ethelbert, o primeiro rei inglês a se converter ao cristianismo. Além disso, ela fundou uma das primeiras comunidades monásticas cristãs para mulheres na região: acredita-se que ela era a abadessa do local e também uma "milagreira".
A santa morreu muito jovem e ninguém sabe ao certo por quê, mas sua vida foi intensa o suficiente para ela ser canonizada e reconhecida como uma santidade nas principais denominações cristãs. "Análises científicas adicionais estão em andamento, e espera-se que em breve possamos saber mais sobre essa jovem, que é uma parte tão importante da história da Folkestone", afirmou Ellie Williams, que participou da pesquisa, ao Kent Online.