Ilha no Canadá esconde tesouros que há séculos estão na mira de exploradores

Segundo lendas locais, a Oak Island reserva relíquias que podem ter pertencido a piratas famosos, Maria Antonieta e até aos cavaleiros templários

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Ilha na região da Nova Escócia, no Canadá, tem mistério não resolvido envolvendo tesouros centenários enterrados novascotia.com / Reprodução

Durante mais de dois séculos, caçadores de tesouros exploraram a pequena Ilha Oak na costa da Nova Escócia, no Canadá, em busca de relíquias que foram supostamente escondidas no local.

Uma lenda regional conta que, enterrados a 30 m de profundidade, há tesouros que podem ter ligação com diversas figuras históricas, como o notório pirata escocês Capitão Kidd, à rainha francesa Maria Antonieta e até aos cavaleiros medievais da Ordem dos Templários.

A caça ao tesouro na ilha de 567 m², que fica na Baía de Mahone, cerca de 80 km a oeste de Halifax, começou em 1795, quando o adolescente Daniel McInnes teria notado uma depressão no solo perto de um local onde algumas árvores haviam sido derrubadas.

Como a área era um refúgio para piratas, ele imaginou que poderia ter encontrado ouro. Ele e dois amigos, então, escavaram o local e encontraram um poço de 30 m de profundidade, que tinha plataformas de madeira a cada 3 m.

Um dos amigos, Jack Smith, comprou o lote e, junto a Simeon Lynds, fundou a Onslow Company para continuar a perseguição em 1803. No ano seguinte, eles relataram que a 27 m de profundidade, encontraram uma laje com uma mensagem criptografada que, quando decodificada, dizia: “Quarenta metros abaixo, dois milhões de libras estão enterrados”. O paradeiro atual da rocha é desconhecido.

Vista aérea de escavações realizadas em 1931 — Foto: Richard McCully / Wikimedia Commons

Em 1849, Jack montou outra empresa para assumir o comando da busca e tentou vários métodos para coletar amostras o mais profundamente possível. Mas, por estar conectado à Baía de Mahone, o poço acabou inundado com a maré crescente. Outras revezes aconteceram a partir de 1860, incluindo a morte de um operário e o poço original que desabou.

A Oak Island Treasure Company perfurou o fundo desmoronado do poço original e viu sua broca, tendo atingido uma profundidade de cerca de 50 m, retornar com manchas de ouro e um fragmento de pergaminho de pele de carneiro com escrita fragmentada.

Até meados do século 20, muitas companhias haviam tentado realizar escavações e diversos operários sofreram acidentes fatais na exploração do local. Isso não impediu que radiestesistas, tarólogos, clarividentes, intérpretes de sonhos, arqueólogos psíquicos e outros "especialistas sensitivos" fizessem suas próprias tentativas.

Escrevendo para o Skeptical Inquirer em 2000, o autor Joe Nickell, conhecido por suas investigações sobre fenômenos paranormais, descreveu algumas possíveis explicações para vários aspectos da lenda e apresentou uma teoria intrigante: tudo pode ser uma lenda com origem na Maçonaria, já que alguns dos elementos que foram encontrados na ilha – uma cruz de metal com um laço, um esquadro e aquela pedra com inscrições – aparecem repetidamente na tradição maçônica.

Há pelo menos uma indicação de que a resposta ao mistério pode estar próxima: diz a lenda que o tesouro será encontrado depois que sete homens morrerem à procura dele e, até agora, seis escavadores faleceram durante as buscas.

Conhecido como The Oak Island Money Pit (o poço de dinheiro da ilha Oak, em tradução literal), o local tem sido tema de dezenas de livros de ficção e não-ficção, bem como de uma série do History Channel sobre as pessoas que agora são donas do terreno, entre eles os irmãos Rick e Marty Lagina, dos Estados Unidos. A empresa deles chama Cerca Trova, expressão em latim que significa “procure e você encontrará”.

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