Real Gabinete Português de Leitura, no RJ, é uma das bibliotecas mais bonitas do mundo

O local, que parece cenário de filme, guarda relíquias, como o primeiro exemplar de "Os Lusíadas", de 1572

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O Real Gabinete Português de Leitura parece um cenário do filme 'Harry Potter' Wikimedia / Donatas Dabravolskas

O Real Gabinete Português de Leitura, no centro do Rio de Janeiro (RJ), é uma das bibliotecas mais bonitas do mundo. Com diversos andares repletos de estantes de livros antigos, o local parece um cenário de algum filme da série Harry Potter e é altamente instagramável. A entrada é gratuita para visitação.

A visitação no Real Gabinete Português de Leitura tem entrada gratuita — Foto: Wikimedia / Donatas Dabravolskas
O Real Gabinete Português de Leitura tem uma arquitetura que impressiona os visitantes — Foto: Wikimedia / Donatas Dabravolskas

A biblioteca possui a maior e mais valiosa coleção de obras de autores portugueses fora de Portugal, com um acervo inteiramente informatizado de mais de 350 mil volumes.

O Real Gabinete recebe de Portugal, pelo estatuto do "depósito legal", um exemplar de todas as obras publicadas no país. É a única instituição, fora do território português, que mantém este privilégio.

A fachada do Real Gabinete Português de Leitura foi inspirada no Mosteiro dos Jerônimos de Lisboa — Foto: Flickr / Rodrigo Soldon / Creative Commons

Entre as obras de destaque em exibição, estão a primeira edição de Os Lusíadas, de Camões, de 1572, que pertenceu à Companhia de Jesus e as Ordenações de Dom Manuel, por Jacob Cromberger, editadas em 1521; os Sermões do Padre Antônio Vieira, de 1689; manuscritos de Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco; e o Dicionário da Língua Tupy, de Gonçalves Dias.

O primeiro volume de "Os Lusíadas", de Camões, em exibição no Real Gabinete Português de Leitura — Foto: Real Gabinete Português de Leitura / Divulgação

O Real Gabinete foi fundado em 1837 por um grupo de imigrantes para promover a cultura entre a comunidade portuguesa na então capital do Império. O edifício da atual sede foi projetado pelo arquiteto português Rafael da Silva e Castro e erguido entre 1880 e 1887 com um estilo arquitetônico que evoca o gótico-renascentista.

A fachada, inspirada no Mosteiro dos Jerônimos de Lisboa, foi tralhada em Lisboa pelo escultor Germano José Salles e trazida de navio para o Rio de Janeiro. Quatro estátuas na entrada retratam Pedro Álvares Cabral, Luís de Camões, Infante D. Henrique e Vasco da Gama.

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