A Caderneta da Gestante é um instrumento fundamental para o registro das informações de acompanhamento da gestação e deve ser parte essencial do processo de trabalho dos profissionais de saúde, sendo utilizada em todas as consultas do pré-natal.
As informações inseridas na caderneta podem apoiar o profissional no diálogo com a gestante e nas ações de educação em saúde, e ajudam a gestante a esclarecer dúvidas, se preparar para o parto e a amamentação, conhecer seus direitos, os sinais de alerta, entre outros.
Com o objetivo de avaliar e qualificar as informações presentes na Caderneta da Gestante, bem como auxiliar no processo de trabalho dos profissionais de saúde, o Ministério da Saúde solicita aos profissionais, usuários e gestores do SUS que registrem suas dúvidas, sugestões e impressões relacionadas à nova Caderneta da Gestante em um formulário próprio.
Sua participação é essencial para qualificar a atenção e o cuidado pré-natal e garantir que as gestantes tenham acesso a informações adequadas para vivenciarem uma gravidez e um parto saudáveis.
O documento discute o diagnóstico da gravidez, o acompanhamento pré-natal e as etapas do desenvolvimento gestacional. Ele fornece informações sobre os exames necessários para confirmar a gravidez, as consultas de pré-natal, os trimestres da gestação e as modificações maternas e fetais que ocorrem em cada etapa.
Aula assistência de enfermagem no puerperio imeditatoViviane da Silva
O documento descreve os cuidados de enfermagem no puerpério imediato, incluindo avaliação dos sinais vitais maternos, involução uterina, perdas sanguíneas, mamas, genitália e orientações para alta hospitalar.
O documento descreve as diretrizes do Pacto pela Vida no Brasil, com foco na saúde do idoso. São definidas seis prioridades, incluindo a promoção do envelhecimento ativo e saudável. A avaliação do idoso deve ser multidimensional e abranger as dimensões física, mental e funcional. O acolhimento na atenção primária deve priorizar os casos de maior risco e fragilidade.
1. O documento discute a importância do pré-natal e seus objetivos de prestar assistência à gestante desde o início da gravidez, monitorando mudanças físicas e emocionais.
2. A enfermagem pode conduzir o pré-natal de baixo risco integralmente.
3. O pré-natal deve identificar fatores de risco materno e fetal, realizar exames físicos e laboratoriais regulares e fornecer orientações à gestante.
Modelo de evolução técnico de enfermagemRaíssa Soeiro
Este documento fornece um modelo de evolução técnica de enfermagem para registrar o estado clínico e cuidados de um paciente. Ele inclui seções para anotar identificação do paciente, diagnóstico, estado mental e físico, sinais vitais, acessos venosos, alimentação, eliminações, curativos, drenos e intercorrências. O modelo exemplifica como preencher a evolução com detalhes relevantes sobre o paciente.
O documento apresenta as credenciais de Dr. José Alexandre Pires de Almeida, especialista em Terapia Intensiva e Fisioterapia Intensiva que coordena a unidade de terapia intensiva de um hospital e leciona em programa de pós-graduação.
O documento discute a sistematização da assistência de enfermagem (SAE). A SAE é regulamentada pela resolução COFEN 272/2004 e é privativa do enfermeiro. A SAE utiliza métodos científicos para identificar situações de saúde/doença e subsidiar ações de enfermagem. A resolução institucionaliza a SAE como prática de trabalho e modelo assistencial aplicado por enfermeiros em todas as áreas de saúde.
O documento fornece instruções sobre os cuidados com recém-nascidos, incluindo estabilização, prevenção de perda de calor, estabelecimento da permeabilidade das vias aéreas, iniciação da respiração, avaliação com a Escala de Apgar, cuidados com o cordão umbilical e exame físico.
O documento descreve a importância do pré-natal para garantir uma gravidez saudável e parto sem riscos, monitorando o desenvolvimento do feto e identificando possíveis problemas por meio de consultas, exames, vacinas, orientações sobre alimentação e atividades físicas. O pré-natal deve começar antes dos 3 meses de gravidez, com pelo menos 6 consultas ao longo dos trimestres.
Este documento fornece informações sobre como verificar os sinais vitais de um paciente, incluindo temperatura, pulso, respiração e pressão arterial. Detalha os procedimentos corretos, locais de verificação, valores normais e equipamentos necessários como termômetro, esfigmomanômetro e estetoscópio.
Cuidados com o recém-nascido no pós-partoAmanda Thomé
O documento discute os cuidados com recém-nascidos no pós-parto, incluindo a transição da vida intrauterina para a vida extrauterina, avaliação do bebê, alojamento conjunto de mãe e bebê, amamentação, imunização e orientações pré-alta.
A PNAISC é orientadora das práticas de atenção à saúde da criança. Conhecer os seus princípios e eixos estratégicos amplia as ações dos profissionais em prol de garantir uma atenção integral à criança e sua família.
Material de 14 de julho de 2019
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção à Criança
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: http://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
Este documento fornece orientações sobre a saúde, crescimento e desenvolvimento de crianças desde o nascimento até os 9 anos de idade. Ele contém informações para cuidadores sobre direitos da criança, amamentação, alimentação, vacinação e mais, além de espaços para registros médicos sobre a saúde da criança.
Este documento discute a saúde da criança no âmbito da Estratégia Saúde da Família, abordando programas e políticas de saúde infantil no Brasil e no mundo, o papel da equipe de saúde da família no planejamento de ações voltadas para a saúde da criança, e a relação da criança com a família e o meio ambiente. Além disso, apresenta conceitos sobre crescimento e desenvolvimento infantil e ações específicas da enfermagem no cuidado à saúde da cri
O documento discute a campanha Outubro Rosa, que conscientiza sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Apresenta estatísticas sobre casos novos e mortes por câncer de mama no Brasil e explica que a detecção precoce aumenta as chances de cura através de exames como a mamografia e autopalpação.
Ficha - Coleta de dados de enfermagem TIME DA ENFERMAGEMMatheus Almeida
Este documento contém informações clínicas detalhadas sobre um paciente, incluindo dados pessoais, histórico médico, exame físico, medições vitais, diagnósticos e tratamento. Fornece detalhes sobre a pressão arterial, glicemia, peso e outros parâmetros do paciente, além de prescrições médicas e de enfermagem.
O documento descreve os cuidados de enfermagem no pré-natal, incluindo o acolhimento da gestante, consultas, exames, avaliação nutricional, crescimento fetal e fatores de risco. Detalha os procedimentos realizados em cada consulta como história clínica, exame físico, exames laboratoriais e orientações educativas.
O documento fornece informações sobre câncer de mama, incluindo sintomas, fatores de risco, exames de diagnóstico, estágios da doença, tratamentos e cuidados após o diagnóstico. É destacado que se diagnosticado precocemente, o câncer de mama tem 95% de chances de cura e que a mamografia é o principal exame para detecção precoce.
O documento discute a adolescência, definindo-a como um período de múltiplas transformações entre 10-20 anos. Apresenta a adolescência como uma oportunidade de autoconhecimento e independência, mas também como um desafio com riscos à saúde. Aborda especificamente a gravidez na adolescência, os fatores associados e as dificuldades enfrentadas.
O documento descreve os direitos das gestantes no Brasil, incluindo direitos trabalhistas, sociais e de saúde. Ele também fornece informações sobre o desenvolvimento do feto durante a gravidez e orientações para um pré-natal saudável.
O documento é uma caderneta de pré-natal destinada a gestantes, contendo informações sobre os direitos das mulheres, o desenvolvimento da gravidez, cuidados com a saúde e orientações para um parto seguro. A caderneta inclui um calendário de consultas pré-natais com espaço para anotações, informações sobre vacinas e exames, dicas de alimentação saudável, sinais de alerta na gravidez e detalhes sobre o crescimento do bebê semanalmente.
Este documento fornece informações sobre o pré-natal, incluindo um cronograma de 12 consultas pré-natais e exames, informações sobre os direitos da gestante, cuidados com a saúde bucal durante a gravidez, e como o bebê se desenvolve nas primeiras semanas.
Este documento discute os direitos das mulheres durante a gravidez e o parto no Brasil. Ele explica que todas as mulheres têm o direito a uma gravidez saudável e um parto seguro. O documento também detalha os direitos das mulheres grávidas no trabalho, nos serviços de saúde, durante o pré-natal e o parto.
Este documento fornece informações sobre a Caderneta de Saúde da Criança, incluindo (1) dados de identificação da criança e da família, (2) registros médicos sobre a gravidez, parto e saúde do recém-nascido, e (3) orientações sobre a importância e benefícios da amamentação.
A Caderneta Criança é um documento importante para acompanhar a saúde, crescimento e desenvolvimento da criança do nascimento até os 9 anos de idade.
Como funciona a Caderneta da Criança?
A primeira parte da caderneta é mais direcionada a família/quem cuida da criança. Contém informações e orientações sobre saúde, direitos da criança e dos pais, registro de nascimento, amamentação e alimentação saudável, vacinação, crescimento e desenvolvimento, sinais de perigo de doenças graves, prevenção de violências e acidentes, entre outros.
A segunda parte da Caderneta da Criança é destinada aos profissionais de saúde, com espaço para registro de informações importantes relacionadas à saúde da criança. Contém, também, os gráficos de crescimento, instrumentos de vigilância do desenvolvimento e tabelas para registro de vacinas aplicadas.
Quem pode ter acesso à Caderneta da Criança?
Toda criança nascida em maternidades públicas ou privadas no Brasil tem direito a receber gratuitamente a Caderneta de Saúde da Criança, que deve ser devidamente preenchida e orientada pelo profissional por ocasião da alta hospitalar.
Parabéns Ministério da Saúde
Importante ferramenta de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da infância.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
O documento descreve a Caderneta de Saúde da Criança, um documento importante para acompanhar a saúde, crescimento e desenvolvimento da criança do nascimento aos 9 anos. Ele contém informações sobre os direitos da criança e dos pais, cuidados com a saúde da criança, amamentação, vacinação e registro de nascimento.
Este documento é uma Caderneta de Saúde da Criança que contém informações sobre o nascimento da criança, o desenvolvimento da criança, as vacinas do calendário básico de vacinação e os direitos da criança e da mãe. A Caderneta destaca a importância da amamentação e do registro civil do recém-nascido.
Este documento é uma Caderneta de Saúde da Criança que contém informações sobre o nascimento da criança, o desenvolvimento da criança, as vacinas do calendário básico de vacinação e os direitos da criança e da mãe. A Caderneta destaca a importância da amamentação e do registro civil do recém-nascido, e fornece espaço para o registro dos dados de saúde da criança ao longo do tempo.
O documento discute gravidez na adolescência, incluindo gravidez desejada versus indesejada, testes de gravidez, e opções disponíveis para adolescentes grávidas, como prosseguir com a gravidez, colocar a criança para adoção, ou interromper a gravidez. Apoio da família e profissionais de saúde é essencial para tomar a melhor decisão.
Parentalidade responsável - Gravidez na adolescênciapsicologiaestoi
Em Portugal, uma média de seis adolescentes dão à luz todos os dias. Segundo dados de 2015, os últimos disponíveis, nasceram 2295 bebés de mães entre os 11 e os 19 anos. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), este número foi o mais baixo de sempre, desde o final da década dos anos de 1970.
Este documento fornece informações sobre os direitos e deveres dos pais antes e depois do nascimento de um bebé, cobrindo tópicos como saúde materna, licença parental, documentos de identificação da criança e apoios financeiros. Resume os principais pontos sobre consultas de acompanhamento da gravidez, licença parental, e registo de nascimento.
Este documento fornece informações sobre os direitos e deveres dos pais antes e depois do nascimento de um bebé, cobrindo tópicos como saúde materna, licença parental, documentos de identificação da criança e apoios financeiros. Resume os principais pontos sobre consultas de acompanhamento da gravidez, licença parental, e registo de nascimento.
O documento discute a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem no Brasil, que incentiva a paternidade ativa. Ele explica que os homens podem fazer pré-natal e receber informações sobre seus direitos, incluindo a licença-paternidade de 5 dias garantida pela Constituição e a possibilidade de ampliá-la para 20 dias participando de programas de orientação sobre paternidade oferecidos pelas unidades de saúde.
O documento discute a problemática da gravidez na adolescência. Ele apresenta a situação problema de altas taxas de gravidez entre adolescentes na rede pública de ensino e objetiva sensibilizar os alunos sobre os riscos da gravidez precoce e a importância do planejamento familiar através de debates, vídeos e outras atividades em grupo.
Este guia fornece informações sobre amamentação bem-sucedida em 6 seções. Ele explica porque amamentar é importante, desmistifica mitos sobre preparação para amamentar, e discute questões como quando iniciar a amamentação, dor nos seios, posições para amamentar e mais. O objetivo é orientar mulheres durante o processo de lactação.
1) Apoiar a amamentação é importante para garantir o sucesso e continuidade da amamentação, não sendo necessário ser mãe para apoiar; 2) Pais, família, profissionais de saúde e empregadores devem apoiar a mãe que amamenta através de várias ações; 3) Cinco regras de ouro orientam como dar apoio à amamentação de forma sensível às necessidades individuais da mãe.
Cartilhas da Unicef sobre gestação e primeira infânciaSamuel Lima
Kit de cartilhas da Unicef sobre gestação e primeira infância. Ótima para imprimir e distribuir para mulheres e também para os homens... Orientações sobre alimentação, saúde da mulher, amamentação, cuidados com a gestante e também com o recém-nascido, etc...
O documento fornece orientações sobre como oferecer apoio permanente a nutrizes, incluindo: (1) preparar as mães para a amamentação em casa, enfatizando a importância da amamentação exclusiva; (2) oferecer serviços de apoio após a alta e acompanhamento; (3) discutir direitos trabalhistas como licença-maternidade e creche.
Semelhante a Nova CADERNETA da GESTANTE - Ministério da Saúde (20)
Este artigo busca compreender como os processos de colonização europeia e de acumulação primitiva do capital estão relacionados à destinação de atividades de cuidado para as mulheres, e a simultânea invisibilidade e desvalorização dessas experiências femininas. À luz de autoras feministas são discutidos como a expansão do capitalismo e a colonização desencadeou o fortalecimento do patriarcado e a potencialização da divisão sexual do trabalho.
...
A autora aponta que a visão tradicional entende que, ao se trabalhar com discriminação de categorias, como gênero, raça/etnia e classe, estivesse abordando três grupos diferentes de pessoas. No entanto, “a intersecionalidade sugere que, na verdade, nem sempre lidamos com grupos distintos de pessoas e sim com grupos sobrepostos”.
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A subordinação das mulheres traz como contrapartida privilégios aos homens, tornando bastante utilitário se beneficiarem do trabalho doméstico gratuito realizado pelas mulheres e não se solidarizarem com a situação de jornadas exaustivas, múltiplas e intermináveis delas.
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Parabenizamos a querida Cecília Maria Valter por esse artigo, sua atuação e trajetória nessa área.
Essas questões nos relembram que a gestação, parto, amamentação e cuidado com a prole são trabalhos reprodutivos femininos para a sociedade e essa não os protegem, não os apoiam e nem os reconhecem como fundamental para a Economia do Cuidado.
E que ao defendermos a participação dos homens-pais, o cuidado paterno, a ampliação da licença paternidade, temos que levar em consideração essa sobrecarga sobre a vida das mulheres e pessoas que gestam.
Não nos esqueçamos que a Agenda 2030 da ONU propõe o ODS nº 5, que consiste em alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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A redução da morte materna e o enfrentamento a qualquer ato de violência contra as mulheres durante o ciclo gravídico-puerperal são deveres do Estado brasileiro inerentes ao resguardo integral da vida e da saúde das mulheres, sendo também partes dos compromissos assumidos pelo país perante a ONU / Agenda 2030.
Como meta pertencente aos ODS, o país deve reduzir a mortalidade materna para menos de 30 mortes a cada 100.000 nascidos vivos até o ano de 2030. O propósito definido, entretanto, ainda parece distante, a despeito do Ministério da Saúde reconhecer, desde 2009, que pelo menos 92% das mortes maternas ocorridas no Brasil são mortes evitáveis, ou seja, não deveriam acontecer.
Durante a pandemia de COVID-19, segundo estudos realizados, a cada dez gestantes ou puérperas que morreram no mundo, no primeiro ano da pandemia, oito eram brasileiras. O verificado, não proporcional ao número de mortes gerais no mundo e no país, evidencia fragilidades da assistência à saúde das mulheres e levou o Brasil a uma razão de morte materna que há 20 anos não era vista.
Se diversas foram as iniciativas levadas a cabo nas últimas décadas para a redução da mortalidade materna no país, verifica-se que a maior parte das políticas públicas desenvolvidas não lograram implementação integral. Ainda são comuns dificuldades de acesso ao sistema de saúde para planejamento familiar e cuidados obstétricos, infraestruturas inadequadas para o atendimento durante a gestação, parto e puerpério, bem como falhas na organização e no acompanhamento das mulheres, inclusive com a imposição de procedimentos prescritos ou sem respaldo em evidências científicas.
...
Atento à relevância do tema e com a compreensão de que a atuação ministerial pode contribuir para a redução da violência obstétrica e da mortalidade materna, com reflexos também na redução da mortalidade infantil, o Conselho Nacional do Ministério Público propõe um manual de atuação para os membros do Ministério Público Brasileiro a partir de experiências realizadas nos estados do AM, BA e MG.
O roteiro apresentado nesta publicação pode ser adaptado de acordo com a realidade de cada localidade, sendo certo que os caminhos apresentados poderão auxiliar todos aqueles que queiram compreender os meandros da assistência à saúde da mulher no estado gravídico e puerperal, contribuindo em uma só força com a redução da violência obstétrica e da mortalidade materna.
Parabéns ao Ministério Público.
Recomendamos essa publicação de extrema relevância e utilidade.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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O Ministério da Saúde divulgou nota técnica conjunta sobre a alimentação de crianças menores de 2 anos, orientando estados e municípios sobre a importância do apoio à amamentação e à alimentação complementar saudável em estado de emergência, calamidade pública e desastres naturais, que agravam a insegurança alimentar.
Evidências robustas demonstram que o leite humano é rico em imunoglobulinas e fatores que protegem a criança de infecções, pneumonia, diarreias, doenças crônicas no futuro, além de contribuir para o desenvolvimento integral da criança e formação de vínculos afetivos. “A amamentação impacta positivamente na prevenção de doenças e é a única ação que, isoladamente, pode reduzir em até 13% a mortalidade de crianças menores de 5 anos por causas evitáveis”, reforça a nota técnica, divulgada na terça-feira, 18/6.
A nota recomenda que sejam acionados as equipes do SUS qualificadas para proteger, promover e apoiar a amamentação. “É papel desses profissionais zelarem para que os direitos humanos das crianças não sejam violados”, afirma o documento.
Em boa hora!
Essa é uma questão que faltava na Política Nacional de Aleitamento, é um dos temas da SMAM 2024 e abordamos esse desafio no V Seminário anual online preparatório para a Semana Mundial de Aleitamento em www.agostodourado.com
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Tem dúvidas de como cuidar da alimentação de crianças pequenas em situações de calamidade e adversidades?
A Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul, por meio da Política de Saúde da Criança e da Divisão de Primeira Infância / Primeira Infância Melhor (PIM) produziram uma série de cards para tirar dúvidas da população e das equipes que estão atuando na linha de frente.
O material aborda a importância do leite materno, da amamentação exclusiva e da oferta segura de alimentos para crianças pequenas. Alerta sobre os perigos da amamentação cruzada e da insegurança e falta de higiene no preparo de mamadeiras sem uma fonte de água não contaminada.
Parabenizamos a Nutricionista Annelise Barreto Krause da Prefeitura de Porto Alegre por sua atuação oportuna e competente no desastre ambiental do estado e a equipe do PIM/RS.
Todo o nosso apoio.
Divulgaremos essa publicação no V Seminário anual online preparatório para a Semana Mundial de Aleitamento de 2024 em www.agostodourado.com
Concepção, gravidez, parto e pós-parto: perspectivas feministas e interseccionais
Livro integra a coleção Temas em Saúde Coletiva
A mais recente publicação do Instituto de SP traça a evolução da política de saúde voltada para as mulheres e pessoas que engravidam no Brasil ao longo dos últimos cinquenta anos.
A publicação se inicia com uma análise aprofundada de dois conceitos fundamentais: gênero e interseccionalidade. Ao abordar questões de saúde da mulher, considera-se o contexto social no qual a mulher está inserida, levando em conta sua classe, raça e gênero. Um dos pontos centrais deste livro é a transformação na assistência ao parto, influenciada significativamente pelos movimentos sociais, que desde a década de 1980 denunciam o uso irracional de tecnologia na assistência.
Essas iniciativas se integraram ao movimento emergente de avaliação tecnológica em saúde e medicina baseada em evidências, resultando em estudos substanciais que impulsionaram mudanças significativas, muitas das quais são discutidas nesta edição. Esta edição tem como objetivo fomentar o debate na área da saúde, contribuindo para a formação de profissionais para o SUS e auxiliando na formulação de políticas públicas por meio de uma discussão abrangente de conceitos e tendências do campo da Saúde Coletiva.
Esta edição amplia a compreensão das diversas facetas envolvidas na garantia de assistência durante o período reprodutivo, promovendo uma abordagem livre de preconceitos, discriminação e opressão, pautada principalmente nos direitos humanos.
Dois capítulos se destacam: ‘“A pulseirinha do papai”: heteronormatividade na assistência à saúde materna prestada a casais de mulheres em São Paulo’, e ‘Políticas Públicas de Gestação, Práticas e Experiências Discursivas de Gravidez Trans masculina’.
Parabéns às autoras e organizadoras!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Recomendações da OMS sobre cuidados maternos e neonatais para uma experiência pós-natal positiva.
Em consonância com os ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e a Estratégia Global para a Saúde das Mulheres, Crianças e Adolescentes, e aplicando uma abordagem baseada nos direitos humanos, os esforços de cuidados pós-natais devem expandir-se para além da cobertura e da simples sobrevivência, de modo a incluir cuidados de qualidade.
Estas diretrizes visam melhorar a qualidade dos cuidados pós-natais essenciais e de rotina prestados às mulheres e aos recém-nascidos, com o objetivo final de melhorar a saúde e o bem-estar materno e neonatal.
Uma “experiência pós-natal positiva” é um resultado importante para todas as mulheres que dão à luz e para os seus recém-nascidos, estabelecendo as bases para a melhoria da saúde e do bem-estar a curto e longo prazo. Uma experiência pós-natal positiva é definida como aquela em que as mulheres, pessoas que gestam, os recém-nascidos, os casais, os pais, os cuidadores e as famílias recebem informação consistente, garantia e apoio de profissionais de saúde motivados; e onde um sistema de saúde flexível e com recursos reconheça as necessidades das mulheres e dos bebês e respeite o seu contexto cultural.
Estas diretrizes consolidadas apresentam algumas recomendações novas e já bem fundamentadas sobre cuidados pós-natais de rotina para mulheres e neonatos que recebem cuidados no pós-parto em unidades de saúde ou na comunidade, independentemente dos recursos disponíveis.
É fornecido um conjunto abrangente de recomendações para cuidados durante o período puerperal, com ênfase nos cuidados essenciais que todas as mulheres e recém-nascidos devem receber, e com a devida atenção à qualidade dos cuidados; isto é, a entrega e a experiência do cuidado recebido. Estas diretrizes atualizam e ampliam as recomendações da OMS de 2014 sobre cuidados pós-natais da mãe e do recém-nascido e complementam as atuais diretrizes da OMS sobre a gestão de complicações pós-natais.
O estabelecimento da amamentação e o manejo das principais intercorrências é contemplada.
Recomendamos muito.
Vamos discutir essas recomendações no nosso curso de pós-graduação em Aleitamento no Instituto Ciclos.
Esta publicação só está disponível em inglês até o momento.
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Existem cada vez mais evidências de que os setores de bebidas e alimentos ultra processados, fórmulas infantis, micronutrientes, pesticidas e manipulação genética de alimentos, além de atores associados, frequentemente tentam atrasar, enfraquecer, distorcer e/ou impedir o desenvolvimento de políticas e programas de alimentação e nutrição que possam contribuir efetivamente para sistemas alimentares mais saudáveis e sustentáveis.
Este documento estabelece um roteiro para introduzir e implementar, na Região das Américas, o Projeto de abordagem da OMS para a prevenção e gestão de conflitos de interesse na formulação de políticas e implementação de programas de nutrição no âmbito nacional, publicado pela OMS em dezembro de 2017.
Conflito de interesse segundo a OMS é uma situação em que o interesse primário de uma instituição pode ser indevidamente influenciado pelo interesse de um ator não estatal, de tal forma que afete (ou possa parecer afetar) a independência e objetividade do trabalho do governo no campo da saúde pública.
O projeto de abordagem da OMS é um processo decisório cujo objetivo é ajudar os Estados a identificar, prevenir e gerenciar potenciais conflitos de interesse quando da sua interação com atores não estatais (principalmente comerciais) nas políticas e programas de nutrição.
Considerando a complexidade do projeto de abordagem da OMS, este documento também fornece uma 'ferramenta de triagem' simplificada para apoiar e permitir sua aplicação.
Essa ferramenta de triagem foi desenvolvida pela OPAS, com o apoio de funcionários de ministérios da saúde e de organizações da sociedade civil.
Este roteiro tem como objetivos:
- apresentar os princípios fundamentais da abordagem da OMS aos tomadores de decisão das agências governamentais relevantes;
- adaptar e desenvolver formatos complementares da abordagem da OMS que se encaixem nos processos decisórios existentes em nível nacional;
- e complementar a ferramenta completa da OMS com uma ferramenta de triagem mais curta para aumentar a acessibilidade e possibilitar um envolvimento e uso mais efetivos na tomada de decisões relativas a potenciais interações com atores não estatais.
A publicação explica como esses objetivos podem ser abordados usando um método em 3 estágios. Ela também inclui anexos que cobrem estudos de caso, programas para oficinas e uma ferramenta de triagem para avaliar potenciais interações com atores não estatais: indústrias, comerciantes, empresas... Inclusive, no patrocínio de Congressos, Encontros, Reuniões científicas e apoio as Associações e Sociedades de profissionais de saúde.
Recomendamos!
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Promoção comercial dos ditos substitutos do leite materno:
Implementação do Código Internacional -
relatório de situação mundial em 2024
Esta publicação fornece informações atualizadas sobre o estado de implementação do Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (de 1981) e subsequentes resoluções da Assembleia Mundial da Saúde (relacionadas com o “Código”) por países. Apresenta o estatuto jurídico do Código, incluindo até que ponto as disposições de recomendação foram incorporadas nas legislações nacionais.
O relatório centra-se na forma como as medidas legais delineiam processos de monitorização e aplicação para garantir a eficácia das disposições incluídas.
Também destaca exemplos importantes de interferência de fabricantes e distribuidores de substitutos do leite materno nos esforços para enfraquecer e atrasar a implementação de proteções contra o marketing antiético.
O Brasil aparece classificado como “substancialmente alinhado com o Código” devido à NBCAL – Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras, que está em constante atualização desde sua primeira versão de 1988.
Esse status no traz esperança de continuar avançando, principalmente contra o marketing digital perpetrado pelas redes sociais e pelas ditas “influenciadoras”.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Maternidade pública de Salvador lança caderneta específica para acompanhamento da gestação de Homens Trans. A Unidade de saúde da Universidade Federal da Bahia mantém ações de acolhimento à população transexual. Medida visa preencher lacuna do sistema de saúde.
A iniciativa foi idealizada e produzida pela Maternidade Climério de Oliveira da UFBA em Salvador.
“A caderneta tem como objetivo promover inclusão social, visibilidade e pertencimento, além de produzir dados qualitativos e quantitativos sobre gestações transmasculinas. O uso do instrumento pode contribuir na elaboração de políticas públicas que propiciem o acesso, o cuidado seguro e a garantia de direitos, conforme estabelecido nos princípios do SUS (universalidade, equidade e integralidade)”, disse Sinaide Coelho, superintendente da MCO-UFBA.
TRANSGESTA
Trata-se de uma iniciativa voltada às pessoas que se reconhecem e se declaram transexuais, travestis, transgêneras, intersexo e outras denominações que representam formas diversas de vivência e de expressão de identidade de gênero. Desde o início, o programa realizou o acompanhamento de 7 homens trans gestantes, que resultou no nascimento de nove bebês na maternidade.
Parabéns!
Todo o nosso apoio: essa Caderneta será citada no V Seminário online anual preparatório para a SMAM 2024 em www.agostodourado.com
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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ALIMENTAÇÃO DE LACTENTES E CRIANÇAS PEQUENAS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA:
manual de orientações para a comunidade, profissionais de saúde e gestores de programas de assistência humanitária.
*Tema da SMAM 2009 e que abordaremos novamente no www.agostodourado.com desse ano.
As calamidades e emergências complexas têm um impacto devastador sobre a vida das pessoas. Repentinamente, elas perdem suas casas e são obrigadas a viver fora de seu local de origem, muitas vezes com a cisão abrupta da unidade familiar. O acesso aos serviços de saúde primários costuma ficar prejudicado ou completamente inviabilizado e os sistemas de saúde podem entrar em colapso. A água potável e os alimentos geralmente se tornam escassos, as condições de segurança precárias. Durante os desastres é preciso enfrentar o desafio de lidar com um grande número de pessoas em choque, muitas delas doentes, feridas ou traumatizadas por suas experiências. As mulheres e crianças são as vítimas que mais necessitam de cuidados. Muitas mulheres perdem seus maridos/companheiras, filhos, pais ou parentes e, mesmo assim, precisam iniciar imediatamente o trabalho de reconstruir seus lares, de organizar o espaço para continuar vivendo e de cuidar dos membros mais frágeis da família. O impacto sobre as mulheres pode ser imenso, tanto físico quanto emocional e social. Atenção extra e cuidados especiais precisam ser oferecidos às mulheres com crianças pequenas, órfãos e gestantes.
A Amamentação cruzada não é recomendada e as lactantes devem receber um acolhimento carinhoso para que possam continuar amamentando ou serem apoiadas para a relactação.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Divulgação: aleitamento.com
Curadoria de conteúdo: Prof. Marcus Renato de Carvalho @marcus.decarvalho
Amamentação e desenvolvimento sensório psico-motor dos lactentes: “Trilhos anatômicos”, bases neurais da motricidade do sistema estomatognático e suas repercussões sistêmicas.
O lactente é preparado para a amamentação desde a décima segunda semana de gestação, quando inicia o ato reflexo de deglutir o líquido amniótico. A região do encéfalo responsável pela elaboração desses primitivos atos motores é o tronco encefálico. O RN adquire controle motor no sentido céfalo caudal. Isso se dá porque a deposição de mielina obedece à mesma direção. Acrescente-se o fato de o aumento expressivo dos prolongamentos de neurônios ocorrer, principalmente, até os 2 anos de idade. A amamentação, que deve ser mantida pelo menos até que o lactente complete 24 meses de vida, ou mais, funcionaria como uma forma de estimulação perfeita durante esse período crítico do desenvolvimento motor. No lactente, fase em que predominam as ações motoras do orbicular dos lábios e do bucinador (inervados pelo facial), a deglutição é visceral. Entre 7 e 8 meses de idade ocorre a erupção dos dentes incisivos decíduos. O contato inter incisal deflagra a mudança de dominância motora do facial para a do trigêmeo. O padrão de deglutição muda de visceral para somático. Os músculos masseter, pterigoideo medial e temporal (inervados pelo trigêmeo) fazem parte da linha profunda anterior e se comunicam com o occipto frontal (inervado pelo facial), limite cranial da linha superficial posterior. A atuação conjunta dessas duas linhas miofasciais permite que o lactente abandone sua postura flexora com o fortalecimento gradual da musculatura extensora. A amamentação promove, portanto, um adequado sincronismo das ações motoras estimuladas pelos nervos facial e trigêmeo, cujos núcleos se situam no tronco encefálico e estabelecem contato com diversas vias neurais importantes para a organização dos movimentos. Influência o tônus neuromuscular, a postura e o desenvolvimento motor do lactente.
Juliana de Magalhães Faria, Antonio de Padua Ferreira Bueno, Marcus Renato de Carvalho.
Publicado na Revista Fisioterapia Ser • vol. 18 - nº 4 • 2023.
Juliana é Fisioterapeuta em instituições públicas e/ou
privadas há 22 anos, onde adquiriu experiência na área da Saúde e Educação, Pediatria, Fisioterapia em reabilitação de bebês e crianças com problemas neurológicos, estimulação sensório psicomotora, correção postural, reabilitação de pacientes com limitações ortopédicas e neurológicas...
Especialista em Atenção Integral à Saúde Materno-infantil na Maternidade Escola da UFRJ onde iniciou esse artigo que começou com o seu TCC em 2006-7.
Os Princípios de Yogyakarta são um documento sobre direitos humanos nas áreas de orientação sexual e identidade de gênero, publicado em novembro de 2006 como resultado de uma reunião internacional de grupos de direitos humanos na cidade de Joguejacarta (em indonésio: Yogyakarta), na Indonésia.
Os Princípios foram complementados em 2017, expandindo-se para incluir mais formas de expressão de gênero e características sexuais, além de vários novos princípios.
Os Princípios, e sua extensão de 2017, contêm um conjunto de preceitos destinados a aplicar os padrões da lei internacional de direitos humanos ao tratar de situações de violação dos direitos humanos – LGBTQIA+ - de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, intersexuais e demais expressões de gênero.
São 29 princípios:
1. Direito ao Gozo Universal dos Direitos Humanos
2. Direito à Igualdade e a Não-Discriminação
3. Direito ao Reconhecimento Perante a Lei
4. Direito à Vida
Direito à Segurança Pessoal
6. Direito à Privacidade
7. Direito de Não Sofrer Privação Arbitrária da Liberdade
8. Direito a um Julgamento Justo
9. Direito a Tratamento Humano durante a Detenção
10. Direito de Não Sofrer Tortura e Tratamento ou Castigo Cruel, Desumano e Degradante
11. Direito à Proteção Contra todas as Formas de Exploração, Venda ou Tráfico de Seres Humanos
12. Direito ao Trabalho
13. Direito à Seguridade Social e outras Medidas de Proteção Social
14. Direito a um Padrão de Vida Adequado
15. Direito à Habitação Adequada
16. Direito à Educação
17. Direito ao Padrão mais Alto Alcançável de Saúde
18. Proteção contra Abusos Médicos
19. Direito à Liberdade de Opinião e Expressão
20. Direito à Liberdade de Reunião e Associação Pacíficas
21. Direito à Liberdade de Pensamento, Consciência e Religião
22. Direito à Liberdade de Ir e Vir
23. Direito de Buscar Asilo
24. Direito de Constituir uma Família
25. Direito de Participar da Vida Pública
26. Direito de Participar da Vida Cultural
27. Direito de Promover os Direitos Humanos
28. Direito a Recursos Jurídicos e Medidas Corretivas Eficazes
29. Responsabilização (“Accountability”).
Fonte: Wikipedia + JusBrasil
"Amamentação, sistemas de primeira alimentação
e poder corporativo: um estudo de caso sobre o mercado e as práticas políticas da indústria
transnacional de alimentação infantil no Brasil"
Artigo original: Breastfeeding, first-food systems and corporate power: a case study
on the market and political practices of the transnational baby food industry in Brazil.
Métodos da pesquisa: Usamos um desenho de estudo de caso, extraindo dados de documentos e entrevistas com informantes-chave (N=10).
Resultados: As taxas de amamentação despencaram no Brasil para um mínimo histórico na década de 1970. O ressurgimento da amamentação a partir
de meados da década de 1980 refletiu o fortalecimento do compromisso para a política nacional e uma lei de proteção da amamentação, resultante, por sua vez, de ações coletivas levadas a cabo por coligações de amamentação, defensores e mães. No entanto, mais
recentemente, as melhorias na amamentação estabilizaram no Brasil, enquanto a indústria aumentou as vendas de CMF
( Fórmulas Lácteas Comerciais) no Brasil em 750% entre 2006 e
2020. À medida que as regulamentações se tornaram mais rigorosas, a indústria promoveu de forma mais agressiva os CMF para bebés mais velhos e crianças pequenas, bem como para produtos especializados. fórmulas. A indústria de alimentos para bebés é fortalecida através da associação com grupos industriais poderosos e emprega lobistas com bom acesso aos decisores políticos.
A indústria conquistou a profissão pediátrica no Brasil através de sua associação de longa data com a Sociedade Brasileira de Pediatria.
...
Parabenizamos os autores: Cindy Alejandra Pachón Robles, Mélissa Mialon, Laís Amaral Mais, Daniela Neri, Kimielle Cristina Silva e Phillip
Baker.
Tradução: Moises Chencinski
* Referência: Robles et al. Globalization and Health (2024) 20:12
https://doi.org/10.1186/s12992-024-01016-0
GLOBAL BREASTFEEDING SCORECARD 2023
As taxas de amamentação estão aumentando em todo mundo através da melhoria dos sistemas de promoção, proteção e apoio.
A amamentação é essencial para a sobrevivência e saúde infantil. O leite materno é um produto seguro, natural, nutritivo e sustentável. O padrão ouro para a alimentação dos lactentes. O leite materno contém anticorpos que ajudam a proteger contra muitas doenças infantis, como como diarreia e doenças respiratórias. Estima-se que o desmame precoce seja responsável por 16% das mortes infantis a cada ano.
As crianças amamentadas têm melhor desempenho em testes de inteligência e têm menos probabilidade de ter excesso de peso ou obesidade na vida adulta. As mulheres que amamentam também têm um risco reduzido de câncer e diabetes tipo II.
O “Global Breastfeeding Scorecard” examina as práticas atuais de amamentação em todo o mundo, considerando o momento de iniciação, exclusividade nos primeiros seis meses de vida e continuação até os dois anos de idade.
Além disso, documenta o desempenho nacional em indicadores-chave de como a amamentação é protegida e apoiada. Essa edição 2023 registra o progresso e os desafios na melhoria da amamentação. O relatório destaca histórias de sucesso em vários países que reforçaram as suas políticas e programas de amamentação.
Oito iniciativas fundamentais e seus impactos são analisadas:
1. Assegurar e ampliar o financiamento de políticas para aumentar as taxas de amamentação desde o nascimento até aos dois anos de vida dos lactentes;
2. Implementar integralmente o Código de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (NBCAL no Brasil);
3. Garantir legalmente licença parentalidade (licença maternidade e paternidade) remunerada e políticas de apoio à amamentação no local de trabalho;
4. Implementar os Dez Passos para o Sucesso da Amamentação nas maternidades – a IHAC;
5. Melhorar o acesso as capacitações em Aconselhamento em amamentação;
6. Fortalecer os vínculos entre as unidades de saúde e as comunidades;
7. Fortalecer os sistemas de monitoramento que acompanham o progresso das políticas, programas de aleitamento, e o seu financiamento;
8. Apoio IYCF (Infant and Young Child Feeding / Alimentação de lactentes e pré-escolares) em Emergências
...
CONCLUSÃO
O Scorecard demonstra que há progressos na proteção e no apoio à amamentação. Mas, ainda temos desafios significativos no aleitamento materno. São necessários mais investimentos e ações políticas ousadas para melhorar os ambientes propícios à proteção, promoção e apoio à amamentação.
Essa importantíssima publicação é do GLOBAL BREASTFEEDING COLLECTIVE, um conjunto de dezenas de instituições e experts no tema com o apoio do UNICEF.
Tradução livre do Prof. Marcus Renato de Carvalho www.aleitamento.com
Workplace breastfeeding support for working women: A scale
development study
Artigo científico publicado no European Journal of Obstetrics & Gynecology and
Reproductive Biology: X
O objetivo deste estudo foi desenvolver uma escala para avaliar o apoio ao aleitamento materno no local de trabalho.
Métodos
O estudo foi realizado com 490 mulheres trabalhadoras que se inscreveram nos ambulatórios da mulher e da criança de um hospital na Turquia. Os dados do estudo foram coletados por meio de um 'Formulário de Informações Pessoais' e da 'Escala de Apoio à Amamentação no Local de Trabalho para Mulheres Trabalhadoras'. Os dados foram analisados nos softwares SPSS 25 e AMOS 21. No processo de desenvolvimento da escala; Utilizaram-se a validade de conteúdo, a análise fatorial exploratória, os métodos de correlação item escore total e o coeficiente alfa de Cronbach.
Resultados
O índice de validade de conteúdo da escala foi de 0,90 e o valor de alfa de Cronbach foi de 0,93. O valor da escala de Kaiser-Meyer-Olkin foi de 0,91, o teste de Bartlett foi χ2 = 11.573,924 e p < 0,000. De acordo com os resultados da análise fatorial exploratória para a validade de construto da escala, a escala foi composta por 31 itens e 6 fatores.
Conclusões
A escala desenvolvida pode ser utilizada para avaliar o apoio à amamentação no local de trabalho para mulheres trabalhadoras como um instrumento de medida válido e confiável.
Excelente instrumento: tema da SMAM 2023 - Amamentação / Direito da Mulher Trabalhadora.
Profa. Carla Taddei afirma nessa entrevista que a AMAMENTAÇÃO modula a MICROBIOTA, e, portanto, se sobrepõe ao parto normal na transmissão materno infantil de “bactérias do bem”.
E em outra pesquisa mostrou que os prematuros de UTI Neonatal que tomavam leite materno tinham menos tempo de internação, independentemente se receberam leite da própria mãe ou leite humano pasteurizado do Banco de Leite da maternidade.
Está comprovado cientificamente que a Amamentação dá resiliência para a microbiota e, mesmo que a criança precise de antibiótico ou que tenha alguma outra enfermidade, o Aleitamento humano vai garantir a estrutura daquela comunidade microbiana (que antigamente chamávamos de flora intestinal).
Dra. Carla Taddei é Professora Associada do Laboratório de Microbiologia Molecular do HU da USP.
Fonte: Super Saudável, Ano XXIII, número 100 – outubro a dezembro de 2023.
Leia mais sobre esse tema no nosso portal www.aleitamento.com
As bactérias do leite humano - Microbioma do leite materno tem um efeito protetor contra infecções.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Esse é o capítulo sobre políticas públicas de promoção, proteção e apoio ao aleitamento da 4ª edição do livro “Amamentação – bases científicas” – GEN Editora, 2017.
“Manejo Ampliado” é um conjunto de saberes que vão mais além dos conhecimentos biomédicos necessários para a assistência clínica ao binômio lactante-lactente.
É a capacitação de profissionais para elaborarem programas, políticas, eventos em prol da amamentação, com enfoque de gênero, interseccionalidade, diversidade e inclusão.
São apresentadas várias iniciativas internacionais e nacionais das ONGs e dos governos municipais, estaduais e federal.
Inclui um histórico das Semanas Mundiais de Aleitamento e dos Encontros Nacionais de Aleitamento desde 1991.
É o aleitamento pela ótica da saúde coletiva.
Mande suas críticas, sugestões e outras iniciativas não citadas.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Orientação sobre regulamentação de medidas destinadas a restringir o marketing digital de substitutos do leite materno (em tradução livre)
É urgente a proteção da amamentação nas redes sociais
"Guidance on regulatory measures aimed at restricting digital marketing of breast-milk substitutes".
As redes sociais se tornaram rapidamente a fonte predominante de exposição à promoção de substitutos do leite materno a nível mundial. O marketing digital amplifica o alcance e o poder da publicidade e de outras formas de promoção em ambientes digitais, e a exposição a promoção comercial digital aumenta a compra e a utilização dos ditos substitutos do leite materno.
À luz destas evidências, a 75ª. Assembleia Mundial da Saúde solicitou que a OMS desenvolvesse orientações para os Estados-Membros sobre medidas regulamentares destinadas a restringir a comercialização digital de substitutos do leite materno. Esta orientação aplica-se à comercialização de produtos abrangidos pelo Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (NBCAL no Brasil), bem como a alimentos para lactentes e crianças pequenas que não sejam substitutos do leite materno.
Parabenizamos o nosso colega e amigo Cristiano Boccolini (Institute of Scientific and Technological Communication—ICICT, Oswaldo Cruz Foundation—Fiocruz, Brazil) um dos autores dessa inédita publicação.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Este Guia, “Alimentação complementar de bebês e crianças pequenas de 6 a 23 meses de idade”, substitui os Princípios Orientadores para Alimentação Complementar do Lactente Amamentado e princípios orientadores para alimentação crianças não amamentadas de 6 a 24 meses de idade.
A alimentação complementar saudável é definida como o processo de fornecimento de alimentos além do leite materno ou fórmula láctea quando por si só não são mais suficientes para atender necessidades nutricionais. Geralmente começa aos 6 meses de idade e continua até 24 meses de idade, embora a amamentação deve permanecer além deste período.
Essa etapa é um momento crítico para o desenvolvimento para as crianças aprenderem a aceitar alimentos e bebidas saudáveis a longo prazo. Também coincide com o período de pico para o risco de crescimento insuficiente e deficiências nutricionais.
As consequências imediatas, como a desnutrição durante estes anos de formação –
bem como no útero e nos primeiros 6 meses de
vida - incluem crescimento insuficiente significativo, morbidades e mortalidade e atraso motor, retardo do desenvolvimento cognitivo e sócio emocional.
Mais tarde, pode levar a um risco aumentado de doenças não transmissíveis (DNT). No
longo prazo, desnutrição na primeira infância causa redução da capacidade de trabalho e dos rendimentos e, entre as meninas, redução da capacidade reprodutiva. A Alimentação Complementar inadequada com alimentos ultra processados pode resultar em Obesidade, Diabetes tipo 2, hipertensão…
Os primeiros dois anos de vida também são um período crítico para o desenvolvimento do cérebro, a aquisição de linguagem e maturação das vias sensoriais para a visão
e audição, e o desenvolvimento de melhor desempenho das funções cognitivas.
Estas novas diretrizes estão atualizadas com evidências mais sólidas e têm muitos princípios em comum com o que preconiza o “Guia Alimentar para Crianças Brasileiras menores de 2 anos”. (Baixe aqui no nosso SlideShare).
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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2. Unidade de Saúde do pré-natal:_____________________
____________________________________________
Serviço de saúde indicado para o parto:___________________
_________________________________________________
Toda mulher tem direito ao atendimento na gravidez, no
parto e após o parto e pode contar com a Rede Cegonha, uma
ação de saúde do SUS que fortalece os direitos das mulheres
e das crianças.
O Ministério da Saúde, em conjunto com as Secretarias
Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, elaborou esta
Caderneta da Gestante pensando em você, que vive um dos
momentos mais intensos de sua vida. Aqui você vai encontrar
vários assuntos:
• seus direitos antes e depois do parto;
• o cartão de consultas e exames, com espaço para você anotar
suas dúvidas;
• dicas para uma gravidez saudável e sinais de alerta;
• informações e orientações sobre a gestação e o desenvolvimento
do bebê, alguns cuidados de saúde, o parto e o pós-parto;
• informações e orientações sobre amamentação;
• como tirar a Certidão de Nascimento de seu filho.
O profissional de saúde anotará nesta caderneta
todos os dados de seu pré-natal e escreverá o resultado das
consultas, dos exames, das vacinas e o que for importante
para um bom acompanhamento do pré-natal.
Aqui tem também espaço para você anotar suas
sensações e seus sentimentos, coisas que queira dizer
para seu bebê e colar fotografias.
Um pré-natal bem acompanhado resultará em mais
saúde para você e seu bebê. Guarde esta caderneta com
carinho e cuidado e traga-a sempre com você.
Ela será uma grande amiga e conselheira.
Caso eu perca esta caderneta e você a encontre, por favor me telefone.
Ela é muito importante para mim e para meu bebê.
Nome:______________________________
___________________________________
Como gosta de ser chamada:
___________________________________
Nome do(a) companheiro(a) /opcional:
____________________________________
Data de nascimento:___/___/___ Idade:________________________
Raça: ( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda ( ) Indígena
Trabalha fora de casa: ( ) Sim ( ) Não
Ocupação:____________________________________________
Endereço:____________________________________________
Ponto de referência:__________________________________
Cidade:____________________________________________
Estado:____________CEP:________________________
Tel. fixo:___________Tel. celular:______________________
e-mail:____________________________________________
Em situação de emergência, ligar para:
Nome:_____________________________________________
Telefone:________________________________________________
Pai do bebê Minha mãe Vizinha Outros
Número do cartão SUS
cole aqui
a sua foto
Número Sisprenatal
3. Conheça seus direitos:
Direitos trabalhistas:
• Licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias para gestantes
com carteira de trabalho assinada.
• Não ser demitida enquanto estiver grávida e até cinco meses após
o parto, a não ser por “justa causa”.
• Mudar de função ou setor em seu trabalho, caso ele apresente
riscos ou problemas para sua saúde ou à saúde do bebê. Para
isso, apresente à sua chefia um atestado médico comprovando que
você precisa mudar de função.
• Receber DECLARAÇÃO DE COMPARECIMENTO sempre que for às
consultas de pré-natal ou fizer algum exame. Apresentando esta
declaração à sua chefia, você terá a falta justificada no trabalho.
• Até o bebê completar seis meses, você tem o direito de ser
dispensada do trabalho todos os dias, por dois períodos de meia
hora ou um período de uma hora, para amamentar. Combine
com seu empregador o melhor jeito de aproveitar esse tempo.
• Licença de cinco dias para o pai logo após o nascimento do bebê.
Além disso, tem os direitos sociais:
• Guichês e caixas especiais ou prioridade nas filas para
atendimento em instituições públicas e privadas (bancos,
supermercados, lojas).
• Assento prioritário para gestantes e mulheres com bebê no colo em
��nibus e metrô. Peça licença e ocupe o lugar que é seu. Não viaje
em pé! No ônibus você pode sair pela porta da frente.
• Se a sua família é beneficiária do Bolsa Família, você tem direito ao
benefício variável extra na gravidez e durante a amamentação.
Entrega em adoção:
• A Lei nº 12.010/2009 garante a você o direito de receber
atendimento psicossocial gratuito se desejar, precisar ou decidir
entregar a criança em adoção. Procure a Vara da Infância e
Juventude de sua cidade.
Se você for estudante, também tem seus direitos garantidos:
• A Lei nº 6.202/1975 garante à estudante grávida o direito à
licença-maternidade sem prejuízo do período escolar.
• A partir do oitavo mês de gestação a gestante estudante poderá cumprir
os compromissos escolares em casa – Decreto-Lei nº 1.044/1969.
• O início e o fim do período de afastamento serão determinados por
atestado médico a ser apresentado à direção da escola.
• Em qualquer caso, é assegurado às estudantes grávidas o direito à
prestação dos exames finais.
Direitos nos serviços de saúde:
• Ser atendida com respeito e dignidade pela equipe, sem discriminação
de cor, raça, orientação sexual, religião, idade ou condição social.
• Ser chamada pelo nome que preferir e saber o nome do profissional que
a atende.
• Aguardar o atendimento sentada, em lugar arejado, tendo à sua
disposição água para beber e banheiros limpos.
Lei da vinculação para o parto:
• Lei Federal nº 11.340/2007, que garante à gestante o direito de
ser informada anteriormente, pela equipe do pré-natal, sobre qual a
maternidade de referência para seu parto e de visitar o serviço antes
do parto.
GESTANTE E BEBÊ SEMPRE TÊM O DIREITO A VAGA!
• Para o parto você deve ser atendida no primeiro serviço de saúde que
procurar. Em caso de necessidade de transferência para outro serviço de
saúde, o transporte deverá ser garantido de maneira segura.
Lei do direito a acompanhante no parto:
• Lei Federal nº 11.108/2005, que garante às parturientes o direito a
acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, no parto e
no pós-parto, no SUS. Este acompanhante é escolhido por você, podendo
ser homem ou mulher.
Violências na gravidez:
• Se você sofrer qualquer tipo de violência física, sexual ou psicológica
por parte de pessoas próximas ou desconhecidas e desejar ajuda do
serviço de saúde, converse com o profissional que a está atendendo.
Procure orientações para defender seus direitos e não permitir que
aconteça novamente. Ligue 180 ou Disque Saúde – 136, de forma
gratuita, e denuncie.
4. A descoberta da gravidez!
A gravidez é um período de grandes transformações
para a mulher, para seu(sua) parceiro(a) e toda a família. São
vivências intensas e por vezes sentimentos contraditórios,
momentos de dúvidas, de ansiedade, especialmente se
você for adolescente. Você pode estar sonhando com esse
momento há muito tempo ou talvez tenha sido surpreendida
por uma gravidez inesperada.
Mesmo quando a gravidez é planejada, você precisará
de um tempo para se adaptar a essa nova etapa da vida.
Agora seu bebê está a caminho e vocês dois vão
passar muito tempo juntos. Ao longo desses nove meses
seu corpo vai se modificar lentamente, se preparando para
o parto e a maternidade. Enquanto o bebê se desenvolve,
você também cresce como mulher. A gravidez lhe dará
confiança e força para o parto e para cuidar do bebê.
5. Convide seu parceiro/pai do
bebê a participar das consultas de pré-natal,
caso seja de sua vontade. Pode ser um bom momento
para fortalecer a relação de vocês e dele com o bebê.
É também uma boa oportunidade para ele se cuidar.
Se o pai for adolescente, tem os mesmos direitos
de um pai adulto com relação a seu filho.
Os 3 primeiros meses de gestação
1º trimestre – de 0 a 13 semanas
Neste início ocorre a adaptação de seu corpo e de seus
sentimentos, trazendo sensações ora de prazer, ora de desconforto.
Faz parte desse momento a oscilação entre a aceitação e a recusa
da gravidez. Fique tranquila, o sentimento de não querer a gravidez
pode acontecer e não causará danos ao bebê.
Você vai perceber o aumento dos seios, também pode sentir
mais sono, mais fome, enjoos e até ficar mais cansada. Não se preocupe,
tudo isso é comum! São as adaptações necessárias da gravidez.
É importante alimentar-se de maneira saudável, não
ingerir bebida alcoólica nem fumar ou usar drogas. Nestes
casos, peça ajuda ao profissional de saúde.
A gravidez não causa cárie, mas as gengivas podem ficar mais
sensíveis e ser facilmente irritadas pela placa bacteriana. Capriche na
higiene bucal (utilize escova, pasta e fio dental), mantenha uma
alimentação saudável, controle a quantidade de açúcares e faça
acompanhamento durante o pré-natal com um dentista.
Durante as consultas você receberá orientações importantes
para o cuidado com a saúde sua e de seu bebê. Uma boa higiene
bucal da mãe cria um bom hábito de higiene na criança.
Você deve comparecer mensalmente às consultas do pré-natal
e fazer todos os exames solicitados. Aproveite para falar de suas
preocupações e sentimentos.
Como seu bebê está se formando?
Seu bebê foi gerado a partir do encontro do espermatozoide
do homem com o óvulo da mulher.
Com 4 semanas ele é do tamanho de um grão de arroz,
seu coração começa a bater e aparecem pequenos brotos que
serão depois os braços e as pernas.
• Ao final de 8 semanas já estão se formando os dedos,
as mãos, as orelhas e os órgãos internos. Ele é do tamanho de
uma ervilha e pesa mais ou menos 7 gramas.
• De 9 a 12 semanas (durante o 3º mês) seu rosto já está
quase todo formado e os olhos já têm as pálpebras. Inicia-se
o funcionamento do cérebro, e ele já se movimenta e mexe os
braços e as pernas. Já se formou o cordão umbilical, que liga
o bebê à placenta.
Ao final do 3º mês o coração
já pode ser ouvido durante
a consulta de pré-natal.
Você deve comparecer
mensalmente às consultas
do pré-natal e fazer todos
os exames solicitados.
Aproveite para falar de suas
preocupações e sentimentos.
6. Neste segundo trimestre seu corpo e sua
emotividade crescem. Você começa
a perceber os primeiros movimentos
dentro de sua barriga, que confirmam
que seu bebê está bem pertinho de você.
Isso pode trazer uma sensação muito boa,
que fortalecerá sua ligação com seu filho.
É um período de grande bem-estar. Aproveite!
Nessa época seu corpo vai mudar muito rápido, com
crescimento da barriga e alterações nos seios e nos quadris.
As sensações iniciais de desconforto desaparecem, dando
lugar a sentimentos de plenitude e muita disposição, e sua
barriga vai ser notada pelas pessoas.
Dica: você pode fica r a nsiosa pa ra sa ber o sexo de seu
bebê. Tenha calma, principalmente se você tem alguma preferência
de sexo. Pense que a surpresa de quem vai chegar poderá ser maior
se você ainda não souber se é menina ou menino.
Você pode e deve fazer tratamento odontológico durante
a gravidez. É segu ro pa ra você e protegerá seu bebê contra
infecções e outros problemas. Este é o período mais adequado
para a realização dos procedimentos.
Do 4º ao 6º mês
2º trimestre –
de 14 a 26 semanas
Enquanto isso, dentro de sua barriga...
• Entre 13 e 14 semanas iniciam-se os movimentos
respiratórios e das mãozinhas.
• Entre 15 e 16 semanas a pele, ainda transparente,
começa a se engrossar. O bebê já tem cílios e sobrancelhas e
seus movimentos começam a ser percebidos. O coração bate
muito mais rápido do que o seu.
• Entre 17 e 18 semanas ele pode medir de 17 cm a
20 cm e pesar de 200 gramas a 250 gramas. Já consegue
sugar, engolir e piscar. Ele pode soluçar, o que é normal.
• Entre 20 e 24 semanas ele mede em torno de 26 cm
e seu peso médio é de 500 gramas. Os movimentos ficam
mais intensos e você os percebe bem. Há momentos em que
ele está dormindo e momentos em que fica acordado. Todo o
seu organismo está funcionando em harmonia. Ele se alimenta
por meio do cordão umbilical e da placenta.
Dica: Em alguns momentos do dia,
procure ficar mais tranquila para perceber
as sensações de seu corpo. Coloque as mãos
na barriga, feche os olhos e sinta o que
está acontecendo. Isso pode lhe trazer
confiança e diminuir suas preocupações.
.
Veja na última página
os sinais de alerta.
Na dúvida, procure
o serviço de saúde.
7. O final da gestação é o momento em que tanto você quanto
seu bebê se preparam para uma grande mudança. O bebê tem
menos espaço dentro de sua barriga, o que dá a sensação de peso
e desconforto. Você pode sentir menos sono.
Seu corpo está se preparando para o parto e para
acolher quem vai chegar.
Seu útero pode ficar durinho por instantes, mas você
não sentirá dor, apenas uma leve sensação de endurecimento.
Poderá sair de seu peito um líquido amarelado, chamado
colostro, que vai alimentar seu bebê nos primeiros dias de vida.
Essa é uma época de ansiedade com o parto. O medo
do desconhecido é natural. Procure conversar com quem possa
lhe passar confiança e deixá-la mais tranquila.
7º ao 9º mês – É hora de fazer o ninho!
Último trimestre – de 27 a 40/41 semanas
Observar os movimentos do bebê é uma forma de saber se ele
está bem. Algumas vezes, no final da gravidez, pode ser mais difícil você
perceber esses movimentos. Quando tiver dúvida, faça o seguinte exercício: coma
alguma coisa, deite de seu lado esquerdo por meia hora em um ambiente
tranquilo, coloque a mão na barriga e marque no quadrinho abaixo cada
vez que o bebê se mexer. Em caso de dúvida ou se ele se mexer menos
que 3 vezes em cada período de meia hora, procure o serviço de saúde.
Não se preocupe se em algum período ele não se mexer, pois pode estar
dormindo. Neste caso, repita o exercício depois de uma hora.
Preparando para nascer...
Nos últimos três meses da gestação a maioria dos
bebês se coloca de cabeça para baixo. Ele tem o próprio
ritmo de dormir e acordar e começa a dar sinais de querer
nascer, com o surgimento das primeiras contrações.
De 27 a 30 semanas ele pode pesar 1 kg e medir
cerca de 32 cm. Já percebe a luz fora do útero, abre e fecha
os olhos. Escuta e identifica vários sons, como vozes e músicas,
e pode se assustar com barulhos altos e repentinos. O espaço
dentro do útero vai ficar cada vez mais apertado. Com 32
semanas já pesa 2 kg.
Sua pele fica coberta por um tipo de creme branco,
o vérnix, que traz proteção e o ajudará a se deslizar pelo
canal do parto.
Ele já está todo formado, mas não está maduro.
Falta pouco... É preciso ter paciência para esperar
o tempo certo de nascer. A natureza sabe
o melhor momento! Antecipar o parto
sem necessidade é prejudicial
para você e seu bebê.
Prematuro
Se o seu bebê chegar
antes da hora e precisar de
cuidados especiais, você tem
direito a ficar perto dele no
hospital, como acompanhante,
durante todo o tempo.
D i a M a n h ã Ta r d e N o it e
8. Estar presente em todos
os momentos desde agora
fortalece os laços afetivos e
a vivência da paternidade.
Conheça os benefícios do
parto normal. O seu apoio
à sua parceira pode fazer a
diferença nesse momento.
Todo tempo nós imaginavam
quem é essa pe
crescendo, girando,
do
Cuidados
importantes na gravidez
Veja aqui dicas para se manter saudável
durante a gravidez e o parto.
Este é um espaço para seu
parceiro e/ou o pai do bebê.
Para você que vai tornar-se pai, escrever impressões,
sentimentos, coisas que o ma rca ra m du ra nte a espera
desta criança e coisas que você deseja dizer a ela.
9. mos
essoa que vem
flutuandon
nadandobe
m,bennofu
Receita para uma gravidez saudável!
Como está sua alimentação?
Durante a gestação procure ter uma alimentação saudável
e diversificada, rica em vitaminas, proteínas, carboidratos
integrais, ferro e cálcio. Isso é importante para seu bem-
estar e para a formação e o crescimento adequado do bebê.
Dez passos para que sua alimentação seja saudável:
1) Faça pelo menos três refeições (café da manhã, almoço
e jantar) e dois lanches saudáveis por dia, evitando ficar mais
de três horas sem comer. Entre as refeições beba muita água.
Evite comer doce como sobremesa.
2) Dê preferência aos alimentos em sua forma mais natural.
As farinhas integrais, além de serem fontes de carboidratos, são
boas fontes de fibras, vitaminas e minerais.
3) Arroz com feijão faz muito bem para a saúde. É um
prato brasileiro, com uma combinação equilibrada de nutrientes.
4) É importante incluir na alimentação leite e derivados,
e uma porção de carne, peixe ou ovos. Retire a pele e a gordura da
carne antes da preparação, tornando este alimento mais saudável!
5) Diminua o consumo de gorduras; consuma, no máximo,
uma colher (sopa) de óleos vegetais ou azeite ou ½ colher (sopa)
de manteiga ou margarina por dia. Fique atenta aos rótulos dos
alimentos e prefira aqueles livres de gorduras trans.
6) Coma todos os dias legumes, verduras e frutas da época.
7) Evite refrigerantes e sucos industrializados, chocolates,
doces, biscoitos recheados e outras guloseimas em seu dia a dia.
8) Diminua a quantidade de sal na comida e retire o
saleiro da mesa. Faça o mesmo com o açúcar!
9) Para evitar a anemia (falta de ferro no sangue),
consuma diariamente alimentos ricos em ferro, como carnes,
miúdos, feijão, lentilha, grão-de-bico, soja, folhas verde-escuras,
grãos integrais, castanhas e outros. Consuma junto com esses
alimentos fontes de vitamina C, como acerola, goiaba, laranja,
caju, limão e outras.
10) Todos esses cuidados ajudarão você a manter a saúde
e o ganho de peso dentro de limites saudáveis. Pratique alguma
atividade física e evite as bebidas alcoólicas e o fumo.
Além desses cuidados, é recomendável durante a gestação e até o 3º mês após
o parto o uso de sulfato ferroso, que é distribuído nas Unidades Básicas de Saúde.
10. Sexo na gestação
Quanto a seu desejo sexual:
Desejo e disposição sexual podem mudar na gravidez. Há mulheres que têm menosvontade e outras que têm mais vontade do que antes. Isso pode acontecer parao homem também. Ter relações sexuais não machuca o bebê, é saudável e podedar muito prazer. O que realmente importa é que seja respeitada sua vontade deter relação ou não. Converse com seu parceiro sobre isso. Evite posição que causedesconforto. Durante o orgasmo é comum a barriga ficar dura, não se preocupe.Se sentir desejo, relações sexuais até o momento do parto podem facilitar onascimento do bebê.
Atenção: Se notar presença de sangramento ou saída de líquidodiferente, evite atividade sexual e procure a Unidade de Saúde.
Mantendo uma alimentação saudável,
seu ganho de peso será adequado.
Sono
• Procure dormir 8 horas por noite.
• Repouse alguns minutos durante o dia.
• Eleve as pernas quando estiver sentada ou deitada.
• Caso tenha muito sono, procure repousar mais.
• Deite-se preferencialmente do lado esquerdo, com
um travesseiro entre as pernas. Esta posição
facilita a passagem de oxigênio para o bebê.
Exercícios• Caminhadas ajudam a melhorar a circulação do sangue, aumentar a
disposição e a sensação de bem-estar. Se não houver contra indicação,
deve ser mantida do início ao fim da gravidez.• Procure fazer atividades físicas leves e prazerosas.• Exercite a respiração: respire lenta e profundamente, várias vezes ao
dia. Isso pode ajudar em momentos de desconforto e inquietude.
Dicas importantes
• É recomendável tomar um pouco de sol durante o início da manhã ou
o final da tarde, inclusive nas mamas. Lembre-se de usar boné ou chapéu
e protetor solar no rosto, para evitar manchas de pele.
• Evite descolorantes, tinturas de cabelo, alisantes e onduladores que
contêm amônia e outros componentes que podem fazer mal ao bebê.
• Você deve sair de ambientes onde haja fumantes, em qualquer
fase da gravidez. Respirar a fumaça com frequência pode afetar o bebê.
10
Pergunte à sua mãe ou a uma mulher mais
experiente como elas se cuidavam na gravidez e após o parto.
Anote aqui dicas e conselhos que achou importantes:
10
Compartilhe essas dicas
com o profissional de saúde.
11. Atenção para algumas
situações e sintomas especiais:
A gengivite (sangramento da gengiva) pode ocorrer
mais facilmente durante a gestação, por causa da variação
dos níveis hormonais. Por isso, adote um hábito diário de
cuidados com sua saúde bucal. Utilize fio dental diariamente
e uma escova de dente macia com creme dental.
Enjoos e vômitos são comuns nos primeiros meses de
gravidez. Evite ficar muito tempo sem se alimentar e escolha
alimentos mais secos (bolachas de água e sal, pão) ou frutas,
de acordo com seu desejo. Caso vomite, faça apenas bochecho
com água e aguarde meia hora para escovar os dentes.
Azia e queimação evite beber líquidos junto com
a refeição e se deitar após as principais refeições. Coma
mais vezes e em menor quantidade de cada vez.
Cãibras e formigamentos nas pernas podem acontecer
na gestação. Modere a atividade física, tome muita água,
suco de frutas e coma bananas, que são ricas em potássio.
Você pode também aquecer e massagear as pernas.
As varizes nas pernas são causadas por problemas
de circulação e dilatação das veias. Não fique muito
tempo em pé ou sentada. A cada 2 horas procure ficar
com as pernas levantadas. Você pode também usar meias
elásticas, calçados e roupas soltas confortáveis.
Dor na coluna e dor na barriga podem aparecer,
principalmente no final da gravidez. Evite carregar peso
e diminua o serviço doméstico, como lavar roupa e limpar
o chão. Você pode também se espreguiçar para esticar a coluna.
Intestino preso é comum na gravidez. É recomendável
comer alimentos integrais ricos em fibras (pão e arroz integrais,
granola,linhaça),folhasverdes–alface,couve,taioba,bertalha,
ora-pro-nobis, mostarda, serralha, beldroega – e frutas,
como mamão, laranja com o bagaço, ameixa preta, tamarindo.
Evite queijos, farinhas brancas (não integrais) e frutas como
caju e goiaba. Você deve também beber muita água e fazer
atividade física regularmente. Dica importante: quando sentir
vontade de ir ao banheiro, não espere.
Se tiver hemorroidas (varizes na região anal, que podem
sangrar), faça banhos de assento com água morna. Evite usar papel
higiênico. Dê preferência à água com sabão e enxugue sempre com
uma toalha macia. Fale sobre isso na consulta pré-natal.
É comum sentir mais vontade de urinar no início e no
final da gestação. Se você sentir dor ou queimação na hora de
fazer xixi, pode ser uma infecção urinária. Neste caso, procure
a Unidade de Saúde.
O aumento da secreção vaginal (corrimento) é comum
na gestação. Se houver outras características, como coceira, ardor,
cheiro forte, cor estranha, procure a Unidade de Saúde, pois pode
tratar-se de uma doença sexualmente transmissível. Use roupas mais
ventiladas e frescas.
A qualquer sinal de febre, manchas pelo corpo, sintomas de
gripe, ínguas, vômito, diarreia, procure o serviço de saúde mais
próximo.
Doenças infectocontagiosas podem ser transmitidas pelo ar
(tuberculose, rubéola, gripe e outras). Evite locais fechados, com alta
concentração de pessoas, e contato com gatos.
12. Você sabia?
• O desejo de comer coisas
estranhas é comum na
gravidez. Não há risco de
o bebê nascer com problemas
caso você passe vontade.
• A mulher grávida não
precisa comer por dois.
• Dormir de bruços não machuca
o bebê, mas dormir sobre o
lado esquerdo é melhor.
• A mulher que fez uma cesariana pode ter parto normal
na gravidez seguinte.
• A mulher pode lavar a cabeça desde o primeiro dia após
o parto.
• O bebê não provoca rachaduras no peito da mãe quando
arrota sobre ele.
• A mulher grávida pode fazer tratamento odontológico.
Diabete, pressão alta, anemia e infecção urinária são
doenças que a mulher pode ter antes de engravidar
ou desenvolver durante a gravidez. Caso a mulher tenha
essas e outras doenças consideradas de risco,
ela precisará de cuidados especiais.
Agora vamos conversar sobre
o acompanhamento do pré-natal.
As consultas e os grupos de gestantes são realizados tanto
por médicos(as) quanto por enfermeiros(as). É importante que todos
os profissionais façam parte deste cuidado como agente comunitário
de saúde, técnico de enfermagem, assistente social, psicólogo,
fisioterapeuta, dentista e outros.
Toda gestante tem direito a consultas e exames
pelo SUS. A cada consulta o profissional irá:
1. perguntar como está se sentindo, como passou o mês e
ouvir suas dúvidas e impressões sobre esse momento –
é interessante você anotá-las no final desta caderneta
para não se esquecer na próxima consulta;
2. fazer o exame clínico e
• verificar seu peso e pressão arterial,
• observar se há sinais de anemia ou inchaço,
• medir o tamanho de sua barriga,
• ouvir as batidas do coração do bebê;
3. solicitar e avaliar o resultado dos exames;
4. verificar as vacinas do pré-natal;
5. prescrever tratamentos, se necessário;
6. orientar quanto às questões da gravidez e do parto.
Algumas mulheres podem apresentar complicações –
são situações que precisam de acompanhamento especializado,
identificadas durante o pré-natal. Neste caso, você será
encaminhada ao serviço de pré-natal de alto risco, mas
continuará tendo o acompanhamento dos profissionais
que iniciaram seu pré-natal.
É importante participar do grupo de gestantes,
no qual você poderá trocar experiências com outras gestantes
e com os profissionais de saúde.
13. Conheça os principais exames e as vacinas
que você deve realizar durante o pré-natal:
• Tipagem sanguínea e fator Rh – identifica seu tipo de sangue.
Se a gestante tem Rh negativo e o pai do bebê tem Rh positivo,
ela deve fazer um outro exame durante o pré-natal, o Coombs
Indireto. Após o nascimento, caso o bebê tenha Rh positivo, a
mulher deverá tomar uma vacina em até 3 dias após o parto,
para evitar problemas na próxima gestação. Você tem direito a
essa vacina pelo SUS.
• Hemograma – identifica problemas como, por exemplo, anemia
(falta de ferro no sangue), que é comum na gravidez e deve ser
tratada.
• Eletroforese de hemoglobina – identifica a doença falciforme ou
a talassemia, que são hereditárias e requerem cuidados especiais
na gravidez.
• Glicemia – mede a quantidade de açúcar no sangue. Se estiver
alta, pode indicar diabete, que deve ser cuidada com dieta,
atividade física e uso de medicamentos.
• Exame de urina e urocultura – identificam a presença de infecção
urinária, que deve ser tratada ainda durante o pré-natal.
• Exame preventivo de câncer de colo de útero – este exame precisa
ser realizado periodicamente por todas as mulheres, de acordo
com a necessidade. Procure saber se você tem a necessidade de
fazê-lo durante o pré-natal.
• Teste rápido de sífilis e VDRL – identificam a sífilis, doença
sexualmente transmissível que pode passar da gestante para
o bebê durante a gravidez. Em caso de teste positivo, a gestante
e seu parceiro devem ser tratados o mais rápido possível.
O tratamento da sífilis é simples e eficaz. Pela Rede Cegonha
você tem direito ao teste rápido de sífilis no início do pré-natal.
• Testes de HIV – identificam o vírus causador da aids, doença
que compromete o sistema de defesa do organismo, provocando a
perda da resistência e da proteção contra outras doenças. Pode
ser transmitido da mãe para o filho durante a gravidez, o parto
ou a amamentação. Quanto mais cedo iniciar o tratamento, maior
a chance de a mulher e seu bebê ficarem saudáveis. Pela Rede
Cegonha você tem direito ao teste rápido de HIV no início do
pré-natal.
• Teste de malária – deve ser realizado em todas as
gestantes da Região Amazônica, quer apresentem sintomas ou não.
• Testes para hepatite B (HBsAg) – identificam o vírus da
hepatite B, que pode passar da mãe para o bebê durante a gravidez.
Caso você tenha o vírus, seu bebê poderá ser protegido se
receber a vacina e a imunoglobulina para hepatite B nas primeiras
12 horas após o parto. Pela Rede Cegonha você tem direito ao
teste rápido de hepatite B no início do pré-natal.
• Teste rápido para hepatite C (anti-HCV) – identifica o contato
prévio com o vírus da hepatite C, que deve ser confirmado por um
outro exame (HCV-RNA).
• Exames para o pai – todos os homens adultos, jovens
e adolescentes que participam do pré-natal têm direito a realizar
exames para sífilis (teste rápido e VDRL), anti-HIV (teste rápido),
hepatites virais B e C (testes rápidos), tipo sanguíneo e fator Rh,
hemograma, lipidograma, glicose e eletroforese de hemoglobina.
• Vacina antitetânica (dT) – protege contra o tétano no bebê
e em você. Se você nunca foi vacinada, deve iniciar a vacinação
o mais precocemente possível. Se já é vacinada e a última dose foi
há mais de 5 anos, deve tomar um reforço.
• Vacina contra a hepatite B – caso você não seja vacinada,
deve tomar 3 doses para ficar protegida.
• Vacina contra gripe (influenza) – recomenda-se para
toda gestante durante a campanha de vacinação.
15. Gestas Prévias Vivem
Ectópica
Pré-eclâmp.
Eclâmpsia
2500g
4500g
DUM / /
DPP / /
DPP / /
eco
Vacina
antitetânica
Sem informação de imunização
Imunizada há menos de 5 anos
Imunizada há mais de 5 anos
SIMNÃO
SIMNÃO
SIMNÃOSIMNÃO
SIMNÃO
SIMNÃO
SIMNÃO
Diabetes
Infecção Urinária
Infertilidade
Única
Gemelar
Tripla ou mais
Ignorada
Gravidez
planejada
Gravidez
Risco habitual
Alto risco
SIMNÃO
Antecedentes obstétricosAbortos
Parto Vaginal Nascidos Vivos
3 ou + abortos
Parto Nascidos
Mortos
Cesárea
mortos
1ª semana
depois
1ª semana
2 cesáreas prévias Final da gestação
anterior de 1 ano
Antecedentes clínicos
Fumo (nº de cigarros)
Álcool
Outras drogas
Violência doméstica
HIV/Aids
Sífilis
Toxoplasmose
Infecção urinária
Hipertensão arterial
Pré-eclâmpsia/eclâmp.
Cardiopatia
Diabetes gestacional
Uso de insulina
Hemorragia 1º trim.
Hemorragia 2º trim.
Hemorragia 3º trim.
Hepatite B
Influenza
Informe
Informe
Informe
1ª dose / /
2ª dose / /
3ª dose / /
Reforço / /
1ªdose / / 2ª dose (1mêsapósa1ªdose) / /
3ª dose (6mesesapósa1ªdose) / /
data / /
Cardiopatia
Tromboembolismo
Hipertensão arterial
outros
Gestação atual
Imunizada
Cir. pelv.uterina
Anemia
Inc. istmocervical
Ameaça de parto premat.
Isoimunização Rh
Oligo/polidrâmio
Rut. prem. membrana
CIUR
Pós-datismo
Tipo de gravidez
outros
/ // / / / /
1ºmês 2ºmês 3ºmês 4ºmês 5ºmês 6ºmês 7ºmês 8ºmês 9ºmês
1ºmês 2ºmês 3ºmês 4ºmês 5ºmês 6ºmês 7ºmês 8ºmês 9ºmês
Malária*
Data IG DUM IG USG Peso fetal Placenta Líquido Outros
Ácido
fólico
Suplementação
Ultrassonografia
Nome:
Exames Data Resultado
Data Resultado
Data Resultado
Pos.
Neg.
Eletroforese
de hemoglobina Padrão AA Heterozigose AS
AC
Homozigoze SS
SC
Sulfato
ferroso
SIM
NÃO
SIM
NÃO
/ /
/ /
/ /
Como gosta
de ser chamada:
*Somente para gestantes da Região Amazônica.
0utros 0utros
Instrução Nenhuma Prim. Secund. Univ.
Estado
civil/união
Casada Solteira
Estável Outro
Idade
15 anos
35 anos
anos
anterior
Peso
Altura
cm
Antecedentes familiares
Diabetes
Hipertensão arterial
Gemelar
outros
SIMNÃO
ABO-RH
Glicemia de jejum
Tolerância à glicose (teste oral)
Sífilis (teste rápido)
VDRL
HIV/Anti-HIV (teste rápido)
Hepatite B e C (teste rápido)
HBsAg (1º e 3º trimestre)
Toxoplasmose
Hemoglobina Hematócrito
Urina-EAS
Urina-cultura
Coombs indireto
0utros
0utros
16. /
9ºmês
9ºmês
Data
Queixa
IG-semanas
Peso (kg)/IMC
Edema
Pressão arterial (mmHG)
Altura uterina (cm)
Apresentação fetal
BCF/Mov. fetal
Toque, se indicado
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª
/ / / / / / / / /
Outros
AssinaturaAssinaturaAssinatura Assinatura Assinatura Assinatura Assinatura Assinatura Assinatura Ass
ultado
Observação,diagnósticoeconduta
Observação,diagnósticoeconduta
Observação,diagnósticoeconduta
Observação,diagnósticoeconduta
Observação,diagnósticoeconduta
Observação,diagnósticoeconduta
Observação,diagnósticoeconduta
Observação,diagnósticoeconduta
Observação,diagnósticoeconduta
Observação,diagnósticoeconduta
data / /
data / /
data / /
Participou de atividades
educativas
Realizou visita à maternidade
SIM NÃO
data / /
SIM NÃO
/ / / / / / / / /
0utros
Solteira
Outro
familiares
etes
erial
elar
SIMNÃO
17. Consulta odontológica
48 47 46 45 44 43 42 41
18 17 16 15 14 13 12 11 21 22 23 24 25 26 27 28
31 32 33 34 35 36 37 38
Legenda
Presença de gengivite/periodontite NÃO SIM data / /
Plano de tratamento (por consulta):
* – Mancha branca ativa
O – Mancha branca inativa
A – Ausente
Ae – Abrasão/erosão
Am – Amálgama
Ca – Lesão cavitada ativa
Ci – Lesão cavitada inativa
E – Extraído
H – Hígido
M – Restauração metálica
PF – Prótese fixa
RE – Restauração estética
SP – Selamento provisório
T – Traumatismo
X – Extração indicada
Tratamento realizado (para o cirurgião dentista)
Data Dente Procedimentos realizados Ass. CD
Necessidade de encaminhamento para referência (para o cirurgião dentista)
Especialidade Tratamento necessário Encaminhamento Retorno Plano cuidado (contra-refer.)
/ /
/ /
/ /
/ /
/ /
/ /
/ /
/ /
/ /
/ /
/ /
/ /
/ /
/ /
/ /
O parto está cada dia mais perto!
Sugestões práticas
Você conseguiu organizar as roupas e as fraldas de
que seu bebê vai precisar? Se tiver dificuldades com o
enxoval, peça orientações na Unidade de Saúde sobre locais
de apoio para esse fim em seu município.
Peça a seu(sua) companheiro(a) ou alguém próximo
de você para ajudá-la nas seguintes tarefas:
Organizar documentos para levar no momento do parto
e para entrar com a licença-maternidade.
Fazer a lista de telefones úteis. Comprar mantimentos
para quando vocês chegarem da maternidade.
Colocar na sacola o que vocês vão levar:
– roupas e fraldas para o bebê, roupas para você,
absorventes, casaco ou manta para seu acompanhante
durante a noite, produtos de higiene pessoal;
– Carteira de Identidade ou Certidão de Nascimento;
– esta caderneta e a Caderneta de Saúde, se for
adolescente;
– cartão do SUS, se possuir.
Se você é estudante, já solicitou o atestado para o
afastamento de suas atividades escolares?
Se você tem outros filhos, quem ficará com eles
enquanto estiver na maternidade?
Você já escolheu quem será seu acompanhante?
Nome e endereço da maternidade de referência:
______________________________________________________
______________________________________________________
(Procure essa informação na Unidade de Saúde.)
Você já visitou a maternidade?
Conhecer a maternidade pode deixar você mais
confiante e tranquila no momento do parto.
18. Seu útero já está se preparando para o parto.
Perto da data do parto você poderá sentir sua barriga
endurecer, como contrações que não duram muito tempo. Antes
de pensar em sair para o hospital, tome um banho, repouse
e veja se essas contrações continuam fortes e regulares. Pode
ser que ainda não seja o trabalho de parto, mas só um treino.
Dias antes do parto poderá sair por sua vagina um muco grosso
amarelado, como uma clara de ovo, com rajas de sangue,
o tampão mucoso. Este é um sinal de que o parto está próximo.
Como identificar o trabalho de parto
O trabalho de parto pode durar em média de 8 a 12 horas.
O medo e o estresse podem prolongar esse período; sentir-se
tranquila e confiante pode ajudar a diminuí-lo. Portanto, não se
apavore quando surgirem os primeiros sinais; você terá tempo
suficiente para se organizar e chegar ao local do parto.
Sinais que indicam o início do trabalho de parto:
• Se a sua barriga endurecer a cada 5 minutos, por
30 segundos ou mais, permanecendo assim por mais de uma hora.
• Se você perder líquido pela vagina, que escorra pelas
pernas, molhe a roupa ou a cama (rompimento da bolsa das
águas). Neste caso, mesmo que não sinta as contrações, você deve
ir à maternidade, pois precisa ser avaliada por um profissional.
O que vai acontecer quando você e seu acompanhante
chegarem à maternidade?
Vocês serão acolhidos e você será examinada por um(a)
profissional de saúde, que irá:
• ouvir sua história e dar informações sobre o parto;
• medir sua barriga e as contrações do útero;
• verificar a pressão arterial e escutar o coração do bebê;
• fazer um toque vaginal para ver se já começou a dilatação (abertura)
do colo de seu útero para o bebê passar e confirmar se você está
em trabalho de parto;
• combinar com você os próximos passos.
Parto e nascimento: experiências
que fortalecem a mulher e o bebê.
O parto é um momento de grande intensidade, uma
vivência que marca para sempre a vida de uma mulher.
É a preparação natural para a maternidade. Você terá a
chance de experimentar sensações e sentimentos que podem
fortalecê-la enquanto mulher e mãe.
As contrações do trabalho de parto são como uma
massagem para estimular seu bebê para a vida. Portanto,
mesmo que seu parto tenha que ser uma cesariana, é
importante para você e seu bebê passar pelo trabalho de
parto. Para o bebê o trabalho de parto é um amadurecimento
dos pulmões e do sistema de defesa natural do organismo.
Durante todo o período de
internação para o parto você
tem o direito, garantido por
lei, a um acompanhante
de sua escolha. Alguns
serviços de saúde
contam com a presença
de doulas, mulheres
preparadas para lhe
dar apoio e ajudar no
que for preciso.
19. Você tem direito a um
ambiente sossegado,
privativo, arejado, sem
ruídos, só para você
e seu acompanhante,
durante o trabalho de
parto e o parto. É fundamental que você seja apoiada por
pessoas que lhe tragam ânimo e confiança!
Existem vários procedimentos que não devem ser
realizados de rotina, mas apenas em algumas
situações, como, por exemplo:
• Lavagem intestinal – é desagradável e
desnecessária; durante o trabalho de parto você esvaziará
seu intestino naturalmente.
• Raspagem dos pelos íntimos – não é preciso fazer;
nem em casa, nem quando chegar à maternidade. Seus pelos
são uma proteção natural para a vagina.
• Romper a bolsa das águas – o rompimento artificial
da bolsa aumenta os riscos de infecção e problemas com o
cordão umbilical do bebê.
• Soro com ocitocina – torna as contrações mais
incômodas e dificulta sua movimentação.
• Episiotomia – é um pique na vagina; pode causar dor e
desconforto após o parto e aumentar os riscos de infecção.
Trabalho de parto
Algumas coisas que você
deve saber para ter um bom parto:
O que você pode fazer para favorecer seu parto
Você pode mudar de posição, buscando maior conforto
em cada momento: sentada, deitada de lado, ajoelhada, de
cócoras, sentada na bola ou no banquinho, de quatro, de pé
e caminhando. Estas posições podem aliviar a dor.
• Caminhar e movimentar-se pode diminuir o tempo
do parto.
• Tomar banho de chuveiro ou banheira é um ótimo
método para aliviar a dor.
• Beber água e comer alimentos leves dão mais força
e energia para você e seu bebê.
• Respirar profundamente, no ritmo da contração,
facilita a abertura e a saída do bebê.
Algumas posições e massagens ajudam a aliviar a dor.
Experimente!
20. A posição de cócoras ajuda muito no parto.
A bola ajuda o bebê a se encaixar melhor,
a dilatar mais rápido e a aliviar a dor.
Debaixo do chuveiro pode ser melhor ainda.
Ficar agachada ou de joelhos ou de quatro
pode facilitar o parto, experimente.
Encontre a posição que achar mais fácil.
Ficar apoiada em seu(sua) acompanhante
pode ajudar a dar força no período final do parto.
Pense em algumas coisas
que podem ajudá-la no trabalho
de parto. Por exemplo,
ouvir música.
Posições de parto O parto
O parto é uma grande experiência para a mulher e o
bebê, e também para o pai. Pode ser um momento de grande
prazer: a saída do bebê, o fim das contrações e o encontro
com esse pequeno ser.
Você deve ter ouvido falar várias coisas sobre a
dor do parto. É importante saber que essa dor varia de
intensidade de mulher para mulher e se torna maior se a
mulher está tensa e com medo.
Você está acostumada a ver as mulheres deitadas
para o parto, mas as posições de cócoras, sentada ou de
joelhos são melhores para favorecer
a saída do bebê: o canal de
parto fica mais curto, a abertura
da vagina fica maior
e a circulação de oxigênio
para o bebê é melhor.
Experimente e encontre
a posição mais
adequada para você.
21. Registre aqui suas impressões sobre o parto e suas emoções
quando viu seu bebê pela primeira vez.
(Este espaço é para o profissional de saúde anotar os dados de seu parto.)
O primeiro encontro: o nascimento
Este é um momento único em sua vida e na vida de seu
bebê. O primeiro encontro ainda no ambiente do parto é
fundamental para a formação do apego. Se ele nascer bem, você
deve ser a primeira pessoa a pegá-lo e acariciá-lo. Este contato
imediato, pele a pele, é necessário para a imunidade do bebê,
para a sensação de segurança e de que ele é bem-vindo à
vida. Afinal, ele também espera como você por este encontro.
Incentive o pai do bebê a ficar junto de vocês. Será um
momento inesquecível para ele também.
Tipo de parto: normal cesárea
Motivo da cesárea:_____
Episiotomia: sim não
Sangramento normal aumentado
Intercorrências no parto:________________________________
_______________________________________________
Medicamentos usados:__________________________
_________________________________________________
A cesárea
A cesárea pode ser importante e necessária para salvar
a vida da mulher e da criança. Não deve ser, porém, uma
opção de parto e sim uma indicação médica, como no caso de
o bebê estar sentado ou em sofrimento, quando o cordão ou a
placenta está fora do lugar e impedindo a saída da criança,
quando a mãe sofre de uma doença grave, entre outras
razões. Cesariana é uma cirurgia de grande porte que pode
apresentar riscos para a mulher e para o bebê se for realizada
sem a necessidade.
Parto normal
Rápida recuperação, facilitando
o cuidado com o bebê após o parto.
Para o bebê:
Na maioria das vezes, ele vai
direto para o colo da mãe.
O bebê nasce no tempo certo,
seus sistemas e órgãos são estimulados
para a vida por meio das contrações
uterinas e da passagem pela vagina.
Menor risco de complicações
na próxima gravidez, tornando
o próximo parto mais rápido e fácil.
Menos riscos de complicações,
favorecendo o contato pele a pele
imediato com o bebê e o aleitamento.
Cesárea
Mais dor e dificuldade para andar
e cuidar do bebê após a cirurgia.
Maior risco de complicações na
próxima gravidez.
Para o bebê:
Mais riscos de nascer prematuro,
ficar na incubadora, ser afastado da
mãe e demorar a ser amamentado.
Mais riscos de desenvolver
alergias e problemas respiratórios
na idade adulta.
Mais riscos de ter febre,
infecção, hemorragia e
interferência no aleitamento.
Comparação entre a cesárea e o parto normal
22. Olhe quem chegou!
Nome:____________________________________
____________________________________________________
Filho de_____________________e_______________________
Data de nascimento:_________________________________
Nasceu em (cidade/Estado):
_______________________________
Profissionais de saúde que cuidaram de você
e de seu bebê:_________________________
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Carimbe aqui
o pezinho do neném.
Este carimbo é apenas uma digital, não é o teste do pezinho.
Este teste, assim como o teste da orelhinha e do olhinho, deve ser feito
após o nascimento, na maternidade ou na Unidade Básica de Saúde.
Todos eles são muito importantes para a saúde de seu(sua) filho(a).
Cole aqui
a foto do bebê.
23. Certidão de Nascimento: seu filho ou
sua filha é um(a) cidadão(ã) brasileiro(a).
Com o Registro de Nascimento, seu(sua) filho(a) será um
indivíduo, com o próprio nome, sobrenome, o nome da mãe, do
pai e dos avós e estará escrito que ele(ela) nasceu no Brasil. Ser
um(a) cidadão(ã) brasileiro(a) dará a ele(ela) muitos direitos:
atendimento à saúde, creche, matrícula escolar, o recebimento dos
benefícios dos programas sociais e muitos outros.
Tirar o Registro Civil de Nascimento é obrigatório e ninguém
precisa pagar pela primeira via, é gratuita.
Procure o cartório de registro civil do lugar onde seu(sua) filho(a)
nasceu ou onde você mora. Algumas maternidades oferecem esse serviço.
Obs.: • Se a mãe não tiver esta declaração do pai ou se o pai for desconhecido,
ela poderá tirar a Certidão de Nascimento apenas em seu nome.
Depois o pai deverá comparecer ao cartório para registrar a paternidade,
espontaneamente ou em cumprimento de determinação judicial.
• Se os pais não tiverem o próprio Registro Civil de Nascimento, devem
primeiro providenciar os seus para depois registrar a criança.
• Se a criança nascer fora do hospital e não tiver a DNV, será preciso procurar
o cartório com duas testemunhas que confirmem a gestação e o parto.
• Se os pais forem menores de 18 anos, os avós ou os responsáveis também
deverão comparecer ao cartório.
• Se a mãe for indígena, apresentar também o RANI a fim de orientar o
cartório a realizar corretamente o registro da criança.
Como tirar a Certidão de Nascimento:
• A certidão deve ser feita logo após o nascimento da criança,
no hospital onde ela nasceu, se houver uma unidade de cartório no local.
• Caso não tenha serviço de cartório na maternidade, os pais
ou responsáveis devem ir ao cartório mais próximo, levando os próprios
documentos e a Declaração de Nascido Vivo (DNV) entregue pelo hospital.
• Se o pai não puder ir registrar o filho, a mãe pode providenciar
a Certidão de Nascimento sozinha, levando a Certidão de Casamento
ou uma declaração do pai com firma reconhecida em cartório.
Os primeiros cuidados
de uma nova vida
em família
A chegada do bebê
desperta sentimentos variados.
Todos que vivem em torno dele
terão a necessidade de se
adaptar.
Depois que chegar em casa,
procure descansar sempre que seu bebê
estiver dormindo. Nos primeiros dias de vida as crianças trocam
o dia pela noite; portanto, aproveite para dormir mesmo durante
o dia. Deixe que o pai/companheiro, os avós, as tias e outras pessoas
próximas ajudem no cuidado com o bebê e nas atividades domésticas.
Recado para o parceiro/pai: seu apoio é fundamental para
o sucesso da amamentação.
Dica: Sempre que você ou outra pessoa for pegar seu
bebê, deve antes lavar as mãos com água e sabão. Na hora
de amamentar, procure um lugar tranquilo e evite ambientes
com muita gente e barulho.
Aproveite esse momento para ler a “Caderneta da Criança”,
que você recebeu na saída do hospital. Ela tem muitas dicas e
orientações sobre os cuidados com seu bebê.
• É importante uma alimentação saudável e variada e beber
muita água, para favorecer sua recuperação e a amamentação.
Alimente-se 5 ou 6 vezes por dia. Evite alimentos gordurosos, café, chá
preto, refrigerantes, chocolate e produtos com corantes e adoçantes,
e comidas muito temperadas. Observe se algum alimento provocou
cólicas no bebê. Evite bebidas alcoólicas, cigarro e outras drogas.
Desta forma você estará protegendo você e seu(sua) filho(a).
• Para curar o umbigo use apenas álcool 70%.
24. Puerpério: você também precisa
de cuidados.
Se o parto foi normal
Se houve corte próximo à vagina (episiotomia), mantenha a
cicatriz bem limpa, lavando-a com sabonete durante o banho ou após fazer
suas necessidades, e secando bem o local. A região está cicatrizando
e pode ficar dolorida. Não se preocupe, os pontos vão cair sozinhos.
Se o seu bebê nasceu de cesariana
Mantenha a cicatriz bem limpa, lavando com sabonete durante o
banho e secando-a bem. Os pontos deverão ser retirados de 8 a 10 dias,
na Unidade de Saúde.
• Seu útero estará voltando ao tamanho normal. Por isso é
comum ter cólicas, que, às vezes, aumentam durante a amamentação.
Por mais ou menos um mês você vai perceber uma secreção que sai pela
vagina, que no início é como um sangramento e depois vai diminuindo e
clareando gradativamente.
• Se você tiver dor na parte de baixo da barriga, sangramento
vaginal com cheiro desagradável e febre, procure rapidamente uma
Unidade de Saúde. Você pode estar com uma infecção e deve tratá-la.
• Se você teve pressão alta, diabete ou outro problema na
gestação ou no parto, os cuidados devem continuar após o nascimento
do bebê. Você receberá a visita do agente comunitário de saúde (ACS)
nesse período. Conte com ele para apoiá-la no que for preciso.
Fortes emoções
Você, que passou pelas transformações da gestação e do parto,
poderá se sentir frágil e insegura em alguns momentos. Se esses sentimentos
aparecerem, lembre-se de que esta fase é passageira e que logo você e seu
bebê estarão mais confortáveis nesta nova vida.
O apoio do(a) parceiro(a), de sua família ou das pessoas amigas é
fundamental. Algumas mulheres ficam mais tristes, têm crises de choro e
dificuldade para dormir, cuidar delas mesmas ou do bebê.
Se isso acontecer com você, peça ajuda a alguém de sua família. Se os
sintomas não se resolverem ou se tornarem muito intensos, você deverá ir à
Unidade de Saúde para uma avaliação.
Consulta pós-parto
Você e seu bebê devem retornar à Unidade de Saúde na
primeira semana após o parto. Sempre que possível, esteja
acompanhada do pai do bebê ou do(a) parceiro(a).
O atendimento nesse período é importante para:
• saber como está a saúde sua e de seu bebê;
• avaliar a amamentação e o sangramento vaginal;
• observar a cicatrização e retirar pontos, se necessário;
• examinar seu bebê, vacinar e realizar o teste do pezinho;
• ajudar a tirar dúvidas suas e de sua família, sobre qualquer
questão em relação a sua saúde e a saúde de seu bebê;
• discutir se deseja ou não uma nova gravidez e sobre os
métodos anticoncepcionais.
O planejamento familiar
Logo após o parto, você e seu parceiro estarão envolvidos
com os cuidados intensivos com o bebê, muitas vezes sobrando
pouco tempo para vocês dois a sós. As relações sexuais deverão
aguardar em média 40 dias, tempo para seu organismo se
recuperar. Independentemente do tipo de parto, é comum a vagina
ficar ressecada e poderá haver certo desconforto na relação
sexual. Esta situação é passageira e tudo voltará a ser como antes.
Existem muitos métodos de evitar filhos, sendo alguns
mais indicados durante o período de amamentação. É direito
das mulheres e dos homens conhecerem todos os métodos e suas
indicações para uma escolha mais apropriada. Por isso você deve
ir, de preferência com seu companheiro, à consulta de puerpério,
para que vocês, junto com o profissional de saúde, possam escolher
o método mais adequado nessa fase.
É importante saber que a amamentação exclusiva já oferece
proteção contra uma nova gravidez até 5 meses após o parto, se a
menstruação não descer e o intervalo entre as mamadas for menor
que 5 horas.
O método que vocês escolherem (DIU, pílula, camisinha,
diafragma, injeção) deverá ser disponibilizado pelo SUS. No caso
do método definitivo para a mulher (laqueadura), é preciso ter,
no mínimo, dois filhos ou mais de 25 anos e esperar pelo menos 2
meses após o parto. A cirurgia do homem, vasectomia, também é
um direito garantido pelo SUS. Discuta com seu parceiro também
esta possibilidade. É uma cirurgia mais simples que a ligadura de
trompas.
A escolha de um método definitivo deve ser uma decisão muito
amadurecida, pois é irreversível.
Oriente-se com a equipe de saúde sobre retomar as atividades físicas. Evite carregar peso.
25. Amamentação
Amamentando, você dá
a seu bebê uma melhor qualidade de vida.
Ao amamentar, além de alimentar o bebê, você transmite
amor, carinho e segurança, que são fundamentais para seu
desenvolvimento e para sua relação com ele. Todo leite materno
é forte, nutritivo e protege contra várias doenças. O colostro
é o primeiro leite e tem cor amarelada, ideal para proteger
o bebê nos primeiros dias.
Dica: Quanto mais seu bebê mamar, mais leite você terá. Não
coloque horário ou tempo certo para cada mamada; seu bebê sabe
quando e quanto necessita mamar. De ixe o bebê mamar até
esvaziar uma mama, antes de passar para a outra. Caso não esvazie
um peito numa mamada, retorne ao mesmo peito na mamada seguinte.
Amamentando toda vez que seu bebê tiver fome, ele não precisará
tomar chá, suco, água ou outro leite nos primeiros seis meses de vida.
Para que o bebê sugue bem o leite, encontre uma posição
em que ele fique tranquilo e você relaxada e confortável.
Você pode amamentar deitada, sentada ou em qualquer
posição boa para os dois.
Para a mãe:
• Ajuda o útero a voltar ao tamanho normal mais rapidamente.
• Reduz o risco de hemorragia e anemia após o parto.
• Favorece maior contato entre você e seu bebê.
• Ajuda na redução mais rápida de seu peso.
• Reduz o risco de câncer de mama no futuro.
• É mais econômica e higiênica: você só precisa lavar as mãos.
• É mais prática e segura: o leite está sempre pronto e fresco,
na temperatura certa, e não se estraga.
Para o bebê:
• É mais nutritiva e protege contra doenças,como infecção, alergias, asma, desnutrição.• O bebê recebe carinho e se sente protegido enquanto mama.• Previne problemas dentários e respiratórios.
Vantagens da amamentação
Consulta de puerpério
Temperatura
Pressão arterial
Peso
Eliminações intestinais
Eliminações vesicais
Períneo
Lóquios
Vínculo/estado
emocional
Amamentação
Exame de mamas
(queixas)
Planejamento
reprodutivo
Cicatriz cirúrgica
(no caso de cesariana)
26. 2014 – Ministério da Saúde.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial –
– Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total
desde que citada a fonte. A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada,
na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: www.saude.gov.br/bvs.
Tiragem: edição eletrônica – 2014
Elaboração, distribuição e informações:
MINISTÉRIO DA SAÚDE – Secretaria de Atenção à Saúde – Departamento de Ações Programáticas Estratégicas
Coordenação-Geral de Saúde das Mulheres – SAF Sul, trecho 2, lotes 5/6, torre II, Ed. Premium, sala 17, térreo,
CEP 70070-600 – Brasília/DF – tel. (61) 3315-9101– site: www.saude.gov.br – e-mail: saude.mulher@saude.gov.br
Elaboração, concepção, diagramação e ilustrações:
Bia Fioretti
Organização:
DAPES/SAS/MS – Coordenação-Geral de Saúde das Mulheres
Colaboração:
Giani Cezimbra
Romero Brito
Apoio:
DAPES/SAS/MS – Coordenação-Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, Coordenação-Geral de Saúde dos
Adolescentes e Jovens; DAET/SAS/MS – Área Técnica de Saúde do Homem; DAB/SAS/MS – Coordenação-Geral de
Alimentação e Nutrição, Coordenação-Geral de Gestão de Atenção Básica; DST-AIDS/SVS/MS – Coordenação-Geral de
Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde; DVDT/SVS/MS – Coordenação-Geral do Programa
Nacional de Imunizações – CGPNI; Coordenação-Geral do Programa Nacional de Controle da Malária; Coordenação-Geral de
Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde; DAHU/SAS/MS – Coordenação-Geral de Sangue
e Hemoderivados.
Normalização:
Delano de Aquino Silva – Editora MS/CGDI
OS 0082/2014
Impresso no Brasil / Printed in Brazil.
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BY NC SA
Algumas dicas para o sucesso da
amamentação:
• O bebê deve pegar bem o peito, abocanhando a
aréola (parte escura em volta do bico). Não dê chupetas para
seu bebê, pois pode atrapalhar a pega e a sucção do leite.
• Lave seu peito só com água; não passe sabonete
nem pomada nas mamas. Fique sempre com o sutiã seco.
• Em caso de rachaduras nos mamilos, observe se a
pega está correta e tente mudar a posição de o bebê mamar.
• É bom tomar sol nas mamas, de manhã ou à tarde.
Aproveite para dar um banho de sol em seu bebê também.
Ele deve ficar sem a roupinha, para que o sol bata diretamente
em sua pele.
• Em caso de mamas muito cheias ou endurecidas, é
necessário retirar o excesso de leite, o que promoverá alívio
para você e facilitará a pega pelo bebê. Peça orientação ao
profissional de saúde.
Se você produz mais leite do que seu bebê mama, pode
ser uma doadora de leite materno. Verifique na Unidade de
Saúde se há posto de coleta ou banco de leite perto de sua
casa e como você pode doar.
• Em caso de problemas
com a amamentação, procure
orientação com os profissionais
da Unidade de Saúde, no Banco
de Leite ou no posto de coleta
mais próximo.
27. 1ª consulta
2ª consulta
3ª consulta
4ª consulta
5ª consulta
6ª consulta
7ª consulta
8ª consulta
9ª consulta
10ª consulta
11ª consulta
Consulta
odontológica
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Profissional
Profissional
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Profissional
Profissional
Profissional
Profissional
Profissional
Profissional
Profissional
Agendamento das consultas do pré-natal
Sinais de alerta – procure o serviço
de saúde se:
• a pressão estiver alta;
• sentir dores fortes de cabeça, com a visão embaralhada
ou enxergando estrelinhas;
• o bebê parar de se mexer por mais de 12 horas;
• tiver sangramento ou perda de líquido (água) pela vagina;
• tiver um corrimento escuro (marrom ou preto);
• apresentar muito inchaço nos pés, nas pernas e no
rosto, principalmente ao acordar;
• tiver dor ou ardor ao urinar;
• houver sangramento, mesmo sem dor;
• tiver contrações fortes, dolorosas e frequentes – se a bolsa
das águas se romper antes de começarem as contrações, preste
atenção na cor e no cheiro do líquido. Esta é uma informação
importante para orientar os profissionais que vão atendê-la.
Compareça às últimas consultas!
Não existe alta do pré-natal; ele só acabará quando
o bebê nascer. Mesmo após ser encaminhada para realizar
pré-natal de alto risco em um serviço especializado, é
importante que você seja acompanhada também pela equipe
da Unidade Básica de Saúde que iniciou seu atendimento.
meses semanas
1º mês 4 semanas e meia
2º mês 9 semanas
3º mês 13 semanas e meia
4º mês 18 semanas
meses semanas
5º mês 22 semanas e meia
6º mês 27 semanas
7º mês 31 semanas e meia
8º mês 36 semanas
9º mês 40 semanas e meia
Tempo aproximado de gravidez
28. Anote aqui suas dúvidas para esclarecer na próxima consulta do pré-natal.
1ª consulta
2ª consulta
3ª consulta
4ª consulta
5ª consulta
6ª consulta
7ª consulta
8ª consulta
9ª consulta
10ª consulta
11ª consulta
Consulta
odontológica
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29. Telefones e endereços úteis
• Samu: 192 – Ouvidoria Geral do SUS: 136 • Polícia Militar: 190
• Central de Atendimento à Mulher: 180 • Corpo de Bombeiros: 193
• Disque Denúncia Nacional de Abuso
e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes: 100
• Disque Parar de Fumar: 0800 61 1997
Sites úteis:
• www.saude.gov.br/mulher
• www.saude.gov.br/redecegonha
• www.saude.gov.br/bvsb
• www.presidencia.gov.br/spmulheres
• www.saude.gov.br/ouvidoria
• http://www.redehumanizasus.net/