Sparking creativity

Fechando a temporada 2023 com chave de ouro desse projeto especial. Essa última edição tive o privilégio de ter um grupo afinado, sintonizado e com muita paixão por se reinventar. Saímos todos diferentes do que entramos, não só pelas conexões que fizemos mas pelas reflexões geradas a partir do debate, da troca e dos estímulos. E essa é a proposta desse projeto: gerar conversa, aprendizados a partir de cases com muita prática, vivências individuais e coletivas.

Cada edição, sempre um convidado especial. Nessa oitava, tive a honra de ter um cara que tenho me aproximado nos últimos anos e que sempre fui fã: Brian Collins. Brian é designer e co-founder da Collins, que se descrevem como uma “transformation consultancy” que mistura imaginação, craft e tecnologia para construir marcas que não podem ser ignoradas como Spotify, Target, Nike, Disney, Figma, Microsoft entre outras. Sem contar que foram a primeira empresa de Transformação do Ano da AdAge e premiados três vezes como Agência de Design do Ano.

Muitos insights que já ficou difícul de separar o que veio do Brian, do debate do grupo ou eu a minha própria elaboração sobre o que foi vivido. Acho que isso é o mais legal de tudo, quando estamos tão entregues que já não sabemos a origem das coisas, mas que elas estão ali, sendo colocadas e contagiando o grupo.

Algumas coisas para dividir por aqui (não necessariamente em ordem linear):

1. Keep it simple. Simplicidade no modo de pensar e fazer. Não adianta ser complexo, rebuscado e se perder na execução. O desafio das marcas mais contemporâneas e que se conectam com as pessoas é ser fiel à sua essência e traduzir tudo isso num papo simples e verdadeiro. Nada simples de fazer mas quando feito, escancara o quanto aquilo estava no nosso nariz o tempo todo. Já dizia o gênio e mestre da Vinci “a simplicidade é o último grau da sofisticação”
2. De “Minimal Viable Product” para “Maximum Fucking Love”. Sobre não perdermos a busca genuína por aquilo que vai encantar e surpreender como nunca as pessoas. O modelo lean, mvp e processos de agilidade tem alcanços significativos, mas importante refletir o quanto eles podem também aprisionar uma busca criativa e execução que transborde em si mesmo com potência e paixão. No fim, é colocar amor no que se faz. Com muito clichê aqui propositalmente, e o resultado vem, com certeza.
3. Toda marca tem uma história pra contar. Nem tudo é dado com clareza. Ás vezes pode parecer que alguns produtos, serviços ou marcas não têm nada de interessante para se apropriar como uma narrativa ou conversa. Ir atrás, investigar, conversar, perguntar os por quês, do fundador ao estagiário, dos clientes aos concorrentes. Alguma história potente vai aparecer.
4. Incorporar a vulnerabilidade no processo criativo. Processo, falha, erro, aprendizado, teste, sucesso, conquista e tudo de novo e de novo. Um insight longe de ser inédito mas sempre importante de reforçar e não esquecer.
5. Ferramentas são só ferramentas. Conhecer e dominar o que cada ferramenta entrega e facilita é premissa do trabalho, justamente para não se limitar e tentar apenas replicar um modelo ou template que não agrega relevância.
6. Falar o mesmo “idioma” das pessoas que não necessariamente têm a mesma técnica que adquirimos. Jargões técnicos que podem parecer “muito inteligentes” e sofisticados distanciam as pessoas. Os termos e conceitos técnicos são fundamentais conhecermos justamente para poder articulá-los dentro de uma estratégia, o que não significa que precisamos retomá-los para contar sobre a marca e sua narrativa. Ser simples, didático, contar uma história, sem se preocupar se no meio dela estão as palavras “posicionamento” , “proposta de valor”,  “atributos” ... etc e etc...Para que essa marca existe? O que ela faz? O que as pessoas sentem ao usá-la, consumi-la, etc?
7. “Every good idea comes from a spark of imagination, not pragmatism. Facts are important. But possibility creates futures.” Um quote do proprio Brian, que acho maravilhoso, auto-explicativo.
8. “O oposto da coragem não é a covardia. O oposto da coragem é a conformidade.“ Outro insight valioso do Brian. Acho que esse é o pior inimigo de quem tenta inovar: cair na conformidade. “Ah, sempre foi assim”, “Ah, já tentaram tantas vezes, melhor nem tentar de novo” e  por aí vai. Todos já nos deparamos ou ainda iremos nos deparar com esse momento em nossa jornada. É justamente nessa hora que temos que fazer um esforço de retornar ao ideal que nos inspirou em primeiro lugar. O que nos despertou? O que brilhava nosso olhar?
9. Cultive e nutra seu próprio repertório e desafie-se a ir além do já habitual conhecido.

E muito mais... mas cérebro travou rs.

2024 retomo o projeto com nova programação, e algumas inovações que estão sendo desenhadas. Aos que procuraram, aguardem ☺  Aos que participaram, só gratidão.

Thais Wright Gustavo Silva Gabriel Veras Rosana Tabarim Lucas Monteiro Glaucia Cechinel Leticia Pettena Isabella de Lima Oliveira Giselle Prado Andrea Mazza Cambiaghi Julia Padula Gabriella Ceragioli Galileu Nogueira Saulo Rodrigues Ana Beatriz Parente Theo Cardinali Gabriela Monsanto Mariana de Oliveira Guimarães Juliana Vigoder Fabiano Audazi Anna Montenegro Paula Junqueira de Castro Gustavo M. CAROLINA SÁ Beatriz Guarezi Suye Okubo Karini Schiezari Marjorie Bettiol Fábio Siqueira Diogo Machado Melina Costa Camila Proto Cristian Santoro Mazzeo Sabrina Schwarzrock Fábio C. William C. Camila Caballero Frantz Camila Loss Luiz Felipe Rocha Polyanna Molina Galli