O poder de contar sua mensagem

O poder de contar sua mensagem

Olá minha lindeza climática :)

Estamos no final de janeiro e me peguei refletindo sobre a vida… Acordei às 5h da manhã, fui correr numa avenida perto de casa, limpei meu quarto, lavei roupa, fiz comida e passei a manhã todinha trocando ideia com Jesus.

Eu senti sua doce presença me convidando para habitar num lugar de paz, segurança e amor. Fazia tempo que eu não vibrava nessa energia, um sentimento de preenchimento, diversão e plenitude!

Muitas vezes a loucura da vida nos faz acionar o método automático e esquecer de desfrutar… Eu não sou nenhuma especialista nessa arte, mas escolho diariamente me conectar com o Eterno e aprender um pouquinho a cada dia. 

A vida que eu quero é leve, intensa e de impacto! Para vivê-la, precisei me desconstruir para encontrar a minha paixão: quero mobilizar juventudes para construir uma nova agenda de desenvolvimento sustentável para o Brasil!

Nosso país foi gestado e nascido numa violência sistêmica dos direitos dos povos originários e quilombolas, o qual naturalizou o processo de escravização dos verdadeiros defensores da terra. 

Isso não é nada justo, né?

Mas não dá para simplesmente reclamar e aceitar a realidade como nos foi posta. É necessário questionar o status quo e alterar a lógica de subalternização para desenvolver novas possibilidades de futuros!

Sei que meu sonho é ousado, mas eu sou mais rs. Também sei que viver desse modo é massa, mas não dá para fazer todo o rolê sozinha: precisamos de mais vozes pretas e periféricas ocupando espaços de protagonismo para acelerar a construção de um mundo sustentável! Eu descobri no mercado de Criadores de Conteúdo uma forma de transbordar minha paixão, gerar transformação e de quebra, mobilizar mais jovens em causas sociais.

Boooora se jogar nesse rolê? Vem comigo que vou te mostrar alguns passos para mergulhar nessa aventura!

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Muito prazer, sou a Amanda Costa :)

Tenho 25 anos e até hoje não sei definir muito bem o que faço. É um mix de meio ambiente, política e encorajamento de pessoas pretas para ocupar espaços de poder e de tomada de decisão, não necessariamente nessa ordem. 

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Café da manhã com CEOs do Pacto Global da ONU na COP 26, em Glasgow, Escócia.

Eu poderia gastar linhas e linhas falando sobre mim ou o que fiz para chegar até aqui, mas quero que o foco desse texto seja VOCÊ, meu querido leitor: você já pensou em ocupar um lugar de protagonismo e criar seu próprio conteúdo?

Pra gente que é preto e de quebrada parece até utopia pensar nessas coisas… Tantos direitos nos foram negados que muitos de nós estão ocupados somente tendo a escolha de sobreviver

As desigualdades não são a ausência de projetos. Elas são o próprio projeto.” 
(Tony Marlon)

Contudo, podemos olhar para as nossas vivências e empreender uma visão articulada sobre os processos coletivos que formaram o nosso ser, a fim de potencializar as formas criativas que desenvolvemos no dia a dia para romper com a lógica de exclusão de um sistema de supremacia branca, que grita constantemente para nós:

  • Você não é bom o suficiente. 
  • Sua beleza não está dentro dos padrões.
  • Acho que esse “job” não se encaixa no nosso perfil.

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Bora quebrar as regras e assumir a liderança das nossas próprias histórias!  

Um jeitinho maroto que encontrei para hackear esse sistema racista e fazer meu rolê acontecer foi através da Criação de Conteúdo Digital, acessando ferramentas que me deram autonomia, sustentabilidade e me permitiram ter controle sobre o meu próprio tempo.

Ter olhares negros criando conteúdo sobre seus territórios é romper com o lugar assistencialista, o lugar de quem ‘precisa ser salvo’ por outro alguém que não enxerga a vida ali.” (Série Política: Modo de usar)

Antes de prosseguirmos, uma coisa precisa ficar bem escura: todos nós podemos contar nossas próprias histórias, seja como criadores de conteúdo seja como comunicadores popular. No final, é tudo uma questão de escolha, paixão e estratégia!

Você pode até sentir um friozinho na barriga e pensar que esse lugar não te pertence, mas ACREDITE! Somos nós por nós e você é por você. Se você não se dispor a discorrer sua narrativa, quem vai? Ainda temos muito a contar, e não basta ter só eu, ou 10, ou 1000. Você é único e a sua perspectiva é autêntica.

Pare e reflita: em situação de sobrevivência, será que não existe um lugar, mesmo que somente mental, que te permita ser vibrante, alegre e presente? Você não será o primeiro, temos uma centena de exemplos: Carolina de Jesus, Nelson Mandela, Oprah… talvez exemplos até mais próximos de ti.

Já vivemos no risco, então… investir tempo no que também importa talvez seja um dos maiores atos revolucionários para você. A sobrevivência já é o lugar dado, viver será a nossa grande provocação para o mundo.

Então... booora?

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Comunicar uma causa não deveria ser um rolê apenas dos gurus e das pessoas famosas, mas um direito de todos! A construção da comunicação feita a partir da óptica de pessoas periféricas é uma oportunidade de inovação social e incidência para a diminuição das desigualdades.

E vemkbb, quer saber de uma coisa? Esse lugar também pode ser nosso! Além de ser uma transformação política, ter pessoas pretas como Criadoras de Conteúdo é um ato de rebeldia, resistência e revolução.

Bora tornar o mercado de influência menos branco, mais jovem e mais periférico?

  1. Comece escolhendo sua causa: 

  • Escolha falar sobre um tópico que você acha fascinante, adora fazer ou que gostaria de aprender. 
  • Considere o que você passou na vida: você teve experiências que lhe forneceram uma história peculiar, uma série de habilidades ou uma  perspectiva que gostaria de compartilhar?  
  • Selecione um tópico sobre o qual deseja falar, viver e respirar!

  1. Agora defina seu público-alvo:

Esse é o momento de decidir quem você deseja servir com sua mensagem. Você está afim de ajudar:

  • jovens de quebrada;
  • mulheres em relacionamentos abusivos; 
  • homens desconstruindo a masculinidade tóxica;
  • pais adolescentes ou o
  • universo LGBTQIA+? 

Saiba a idade dessa galera, descubra o que pensam sobre a vida e que tipo de personalidade possuem. Será que eles estão pirando nos mesmos tópicos que você? 

3. Descubra os problemas da sua galera e mostre soluções:

Nossos lugares e territórios periféricos não podem ser vistos apenas como um espaço de estudos onde aqueles que não o conhecem chegam, colhem informações, produzem algo e não retornam com oque foi produzido.

É necessário um olhar mais humano, decolonizado, com respeito pelas vidas que são geradas, criadas e que também são criadoras da sua quebrada, cidade, país. O olhar de afeto e reconhecimento é essencial nesse processo <3

"A criação de conteúdo a partir da experiência de quem vem dos territórios periféricos, indígenas e quilombolas é o caminho da inovação política que combate desigualdades e privilégios ao construir novas realidades narrativas.”
(Jéssica Cerqueira dos Santos)
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Muitas vezes esse universo parece distante, coisa de youtuber famoso ou criador de conteúdo já reconhecido… Mas cada pessoa tem um ponto de partida distinto e nós podemos SIM escolher começar essa jornada e nos tornamos protagonistas das nossas histórias.

Foi no meio desse turbilhão de reflexões que decidi trocar ideia com o Murilo, dono do canal Muro Pequeno. Conversamos sobre o mercado de influencers, a importância do planejamento para produção de conteúdo e a necessidade do apoio financeiro para que a galera preta desenrole suas paradas. 

A entrevista completa está na Agência Jovem de Notícias, confira :)

Bom, eu decidi falar com Murilo porque certa vez, recebi uma dica valiosa do meu amigo Ciano:

  • Amanda, sempre que você quiser saber algo, não basta apenas estudar o tema. É importante conversar com pessoas que já estão desenvolvendo esse rolê, assim você economiza tempo, energia e aprende com o trampo do outro.

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Querido leitor, eu sempre busquei formas de exponencializar o alcance da minha mensagem, isto é, a agenda climática antirracista. A questão é que não quero ocupar esse lugar sozinha! Decidi compartilhar parte desse processo porque quero ver mais gente preta ocupando os espaços de protagonismo e liderança!

Nosso Brasil está cheio de gente linda fazendo um trabalho incrível, mas que ainda não estão utilizando as estratégias do mundo digital para ampliar o alcance do seu trampo. Eu não sei várias paradas, mas escolhi compartilhar enquanto aprendo <3

Uma coisa é fato: o compartilhamento de ferramentas com lideranças negras e jovens, atuantes em causas sociais, ampliará as oportunidades de construção de possibilidades de futuros mais inclusivas, colaborativas e sustentáveis.

“Ocupar esse lugar é imprimir um novo olhar. Um olhar negro. Um olhar feminino. Um olhar periférico. É uma nova forma de ver o mundo.” (Emergência Política Periféricas)
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Esse artigo foi patrocinado pelo Programa de Diversidade da SMILES.

Amanda, é bom demais ler seu conteúdo! Li o artigo e é super necessário esse estímulo. Sigo te ouvindo. Sucesso a ti 💚

Arilma Tavares

ESG, Sustentabilidade, Meio Ambiente, Direitos Humanos, Economia Circular, Ética, Cultura

2 a
Gabriela Machado

Relações Públicas, Gestão de Pessoas, empreendedora social,escritora

2 a

Me identifiquei bastante Amanda. Gostou muito de escrever e compartilhar minha vivência para estimular as pessoas. Como posso contribuir?

Kedma Sammely

Branding | Estratégia | Comunicação | Marketing | Social Media

2 a

Maravilhosa 🧡

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