(INTRA) EMPREENDEDORISMO – UMA PODEROSA FERRAMENTA PARA A MUDANÇA

Eu adoro falar sobre esse tema, porque sou uma entusiasta dele e acredito muito no poder que ele tem, principalmente, quando se torna de fato um método dentro das empresas.

O intra (empreendedorismo) ganha cada vez mais espaço nas empresas, porém na minha visão, ele acontece em muitas delas, originalmente como usina de ideias, área de inovação, labs de inovação etc. Mas, a minha visão do empreendedorismo interno é que de fato ele deve ser estabelecido como um método para facilitar e viabilizar que talentos se destacam com suas ideias para solucionar problemas emergentes, principalmente. Ele deve ser horizontal.

O empreendedor interno, muitas vezes é solitário. Ele sempre está um passo à frente, pensando em como pode resolver aquele problema interno para melhorar a eficiência, produtividade e receita, como pode trazer inovação incremental para um processo ou como pode revolucionar com uma grande ideia para um novo produto ou serviço.

Empreender internamente exige resiliência, capacidade de fazer análises, usar dados para defender a ideia, influenciar pessoas e comprovar que a solução proposta trará resultados para a empresa e para o público de destino. Ah, dá vontade de desistir (algumas vezes) porque são muitos os fatores que podem tornar aquela ideia inviável e, às vezes, é preciso engavetá-la e, tempos mais tarde, trazê-la de volta, ou não. Essas são algumas das dores.

Mas, a boa notícia é que a partir das propostas de empreendedores internos, novos serviços foram criados, novos modelos de negócios foram desenvolvidos, linhas de produtos foram ampliadas, novos mercados nasceram. E tudo isso vindo de dentro das empresas, de colaboradores que são entusiastas, revolucionários e, claro, sonhadores. Magazine Luiza, 3M, Nestlé, Nespresso, Grupo Fleury entre outras grandes empresas são bons exemplos de como o fomento do intraempreendedoríssimo na Cia permite resultados excepcionais.

<Por isso, tornar o intraempreendorismo um método possibilita mais diversidade, inclusão e equidade, uma vez que você não limita o processo de inovação de uma empresa por áreas ou squads, ele é aberto a todos>.

Em estudo recente a Mackinsey reforça que empresas com mais diversidade têm até 33% mais chances de serem mais lucrativas do que as menos inclusivas e inovação há muito tempo deixou de ser escolha para se tornar ferramenta de sobrevivência para as empresas. 

Uma pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) em 2017, aponta que dois a cada três jovens Brasileiros pretendem se tornar empreendedores nos próximos anos, o que isso significa? Significa que dois a cada três dos jovens colaboradores da sua empresa são entusiastas do empreendedorismo e podem ter ideias que possibilitem inovação em um processo, produto, sistema ou até mesmo um setor inteiro da organização.

Já para a Endevor, o intraempreendedorismo influencia diretamente na satisfação do colaborador, auxiliando ainda na retenção de talentos, otimização de recursos e manutenção do capital intelectual. É possível afirmar o empreendedorismo interno pode estar condicionado a três aspectos: o perfil dos colaboradores, o ambiente e a cultura organizacional e, finalmente, o papel da liderança. Eu particularmente, sou partidária dessa afirmação.

Para empreender internamente é preciso foco, ter capacidade analítica, acompanhar tendências e influenciar pessoas e sobretudo, senioridade para aceitar fracassos, corrigir rotas, fazer adaptações, testar, escalar e comunicar com eficiência. O intraempreendedorissimo é uma poderosa ferramenta de mudança para empresas, profissionais e a sociedade. Mas, tem de ser uma empreitada da companhia inteira, apoiada pelo topo, com sistemas e estruturas. Bora lá empresas.    

Written by Eliane dos Santos – profissional de Comunicação, Marketing e Sustentabilidade