ESG na prática: o papel das empresas na luta por uma sociedade mais justa
Uma das características marcantes dos últimos anos, em todo o mundo, é a cobrança por responsabilidade socioambiental das empresas. Não dá mais para continuar comprometendo o meio ambiente e a vida das pessoas pelo lucro. Foi assim que o termo ESG ganhou força.
Cada vez mais empresas adotam este modelo como planejamento estratégico e objetivo de valor. Uma pesquisa da consultoria Grant Thornton, de 2022, mostra que 95% dos empresários brasileiros consideram a pauta ambiental importante e 54% deles já têm planos para investir em projetos ligados ao ESG no próximo ano.
A sociedade também tem mudado. Cada vez mais conscientes e preocupadas com o que consomem, as pessoas preferem comprar de corporações com responsabilidade socioambiental. Segundo dados da Ecglobal, divulgados este ano, 9 em cada 10 pessoas acreditam na diferença que o consumo consciente e sustentável pode fazer.
Um bom exemplo disso é a Natura, considerada pelos consumidores a empresa mais sustentável do Brasil, segundo levantamento, de 2022, da consultoria Walk The Talk. A marca atua com projetos sustentáveis desde sua criação, intensificando sua atuação no setor nos últimos anos. Desde 2014, possui um plano com objetivos e metas de sustentabilidade traçados até 2050.
Durante o tempo que trabalhei na Natura, fundei a área de diversidade, com uma certeza em mente: as empresas precisam efetivamente agir e promover as mudanças que querem ver na sociedade. Na pauta da sustentabilidade não é diferente.
Mas é preciso cautela e muito comprometimento, ao contrário do Greenwashing: quando empresas se apropriam do discurso sustentável e ambientalista para melhorarem sua própria imagem e lucrarem, quando, na verdade, não geram impacto real e positivo com suas ações. É necessário empresas que realmente cumpram o que defendem.
A crise climática é um fato. Vários estudos mostram que já vivemos as consequências dela, e para freá-la, precisamos de medidas urgentes e eficazes que envolvam toda a sociedade. As empresas têm papel fundamental nisso.
O desenvolvimento sustentável é possível e precisamos colocá-lo em prática. Da perspectiva do poder público, tenho trabalhado pela sustentabilidade ao lado de uma equipe e pessoas que defendem a pauta. Espero que no ambiente privado as empresas atuem cada vez mais dentro do universo do ESG.
E cabe a nós, enquanto sociedade, cobrarmos e apoiarmos aquelas que se comprometem com a pauta socioambiental.