Carta aberta a mim mesma #MulheresInquietas

Há 5 anos, quando você recebeu a ligação para trabalhar na maior empresa de cosméticos do Brasil, o Grupo Boticário, junto com o convite veio um turbilhão de sentimentos. Tudo te fazia acreditar que o melhor era permanecer onde estava: tinha descoberto a gravidez da segunda filha um dia antes do convite, estava bem posicionada em uma empresa onde você dominava a cultura. Conhecia como ninguém os prós e os contras, estava à frente de marcas super desejadas pelos consumidores e também pelos profissionais de marketing.

Pra quê mudar o time que está ganhando? Teria que começar do zero uma nova jornada e aprender intensamente em um mundo inteiramente novo...

Para isso, seria preciso elevar a performance ao nível máximo porque um bebê chegaria em 7 meses. Será que você seria capaz? Será que conseguiria mostrar o seu valor em 7 meses? Depois passar outros 6 de licença maternidade e, ainda assim, fazer a diferença na empresa? E o desafio por lá não era pequeno: você teria que participar da construção de Eudora, uma marca nova e pouco conhecida no mercado. Depois de alguns jantares com o marido e o pai, seus apoiadores incondicionais, chegou à conclusão que a decisão já estava tomada desde a primeira entrevista. Você já tinha se apaixonado por tudo e no fundo sabia que daria conta do recado.

Muitas vezes as mulheres se subestimam esperando todas as provas possíveis de que são capazes de se jogar em um desafio. Mas a cada passo você tem mais certeza de que a o olhar, a sensibilidade e a determinação feminina faz toda a diferença para o sucesso de uma empresa. Aliás, outra certeza é de que mulheres grávidas são ultraprodutivas. Temos bons exemplos dentro do nosso Grupo ;)