Agroecologia: o caminho para combater a fome, proteger o meio ambiente e incentivar a economia
Socorro/SP - Foto: Iury Carvalho

Agroecologia: o caminho para combater a fome, proteger o meio ambiente e incentivar a economia

No mês do meio ambiente, pauta prioritária do meu mandato como deputada estadual em São Paulo, relembro a importância da agroecologia no combate à fome, proteção do meio ambiente e incentivo à economia.

Investir na agroecologia através de políticas públicas precisa ser prioridade, não somente para garantir um desenvolvimento sustentável, justiça social e transição do sistema alimentar, mas combater a insegurança alimentar que cresce no país.

Agroecologia é a prática de agricultura sustentável que visa combater a monocultura, utilização de substâncias tóxicas, como as sementes transgênicas e os agrotóxicos, tão presentes em grande parte dos produtos comercializados e prejudiciais e danosos à saúde e ao meio ambiente.

Segundo estudo divulgado pela Rede Penssan em setembro do ano passado, São Paulo lidera o ranking da fome, com quase 7 milhões de pessoas nesta situação, entre todos os estados brasileiros.

Em todo o país, durante a pandemia da Covid-19, o contexto piorou: o número de pessoas convivendo com algum grau de insegurança alimentar saltou de 117 milhões para 125 milhões - mais da metade da população brasileira. 

Enquanto isso, medidas a favor do agronegócio foram permitidas durante o governo anterior, como a liberação do uso de diversos tipos de agrotóxicos, além do conhecido Pacote do Veneno (projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional, que aprova a liberação de mais produtos). O pior é que a maioria dos produtos liberados é proibida nos países desenvolvidos (União Europeia, Estados Unidos, Austrália, Japão). Todas essas ações deixam ainda mais claro que a pauta prioritária não é o meio ambiente e nem garantir a retirada das pessoas do mapa da fome - o que acaba impedindo que famílias tenham acesso a uma alimentação segura e saudável. 

Diante disso, fica claro que o desafio é grande. E devemos olhar para as soluções ao nosso alcance. Programas do governo, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e a Política Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), ajudam a fomentar as práticas agroecológicas e gerar renda para os produtores, além de permitir que as nossas crianças recebam refeições saudáveis. Precisamos investir mais nesses programas e criar novas políticas públicas para combater a fome e proteger o meio ambiente.

MINHAS AÇÕES

Neste sentido, enquanto representante da pauta socioambiental, tenho apoiado de várias formas os pequenos produtores e a economia criativa. Uma delas é com o fomento à produção de agroecologia na cidade de Socorro com emenda no valor de R$200 mil destinada para implantação de uma Estação Experimental de Agroecologia.

No local, haverá a produção de mudas para reflorestamento e para abastecer o programa de fitoterapia da saúde municipal com plantas medicinais. A estação também servirá para receber cursos em agroecologia e projetos de educação ambiental, recebendo escolas para visitar a produção agroecológica, que adota o Sistema Agroflorestal (SAF).


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