Publicação de Rafael Avila

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CEO e Cofundador Sustentabilidade Agora | Conselheiro IBESG e Mar Adentro | Consultor | Professor | Palestrante

3 análises, 1 reflexão e priorização de ODS na sua organização 🎖 Vi esses dias o ESG Disclosure Yearbook Brasil 2024 (obrigado Onara Lima pela indicação) que traz as primeiras evidências das práticas adotadas por 191 empresas listadas no Novo Mercado da B3 feito pela Bells & Bayes Rating Analytics® Parabéns Janaína Grossi pelo trabalho, qualidade do material desenvolvido e obrigado pelas trocas, algumas delas refletidas aqui no texto. A publicação aborda como essas empresas lidam com os mais diferentes tópicos sobre sustentabilidade como: - Reporte ESG - Matriz de Materialidade - ODS - Gestão de Riscos - Entre diversos outros assuntos Um gráfico que chamou a minha atenção foi o que destaquei aqui na imagem, sobre a priorização de determinados ODS pelas companhias analisadas. 💡 3 análises sobre a priorização dos ODS: ➡ O top 3 ficou com emprego digno e desenvolvimento econômico (57,6%), combate às alterações climáticas (51,8%) e igualdade de gênero (48,2%). Essa me parece ser uma tendência forte, dado que são temas que tem ganho destaque na mídia e um apelo social cada vez maior. ➡ ODS como erradicação da pobreza (19,9%) e fome zero (14,1%) aparecem com uma adesão bem baixa. Talvez indicando que as empresas considerem esses assuntos como responsabilidade do governo e se envolvam menos com eles. ➡ Vida debaixo d'água (com apenas 9,9%) e água limpa e saneamento (25,7%) Com tantas indústrias e empresas que usam água ou geram impactos diretos na água, fiquei confuso com a baixa adesão. Será um indicativo de que algumas matrizes de materialidade e direcionamento estratégico não estão sendo tão bem feitos quanto deveriam? 💭 Reflexão essencial para qualquer empresa que quer levar os ODS a sério... Talvez o mais importante não seja avaliar quais ODS são os mais escolhidos ou quais sua organização adotou, mas mudar o prisma para entender se as empresas estão incorporando as suas escolhas nos seus planejamentos e estratégias. A verdade é que de nada adianta colocar um monte de símbolos coloridos nos relatórios de sustentabilidade (admito que sempre acho bonito 😅 ) se não existirem compromissos reais da organização em de fato terindicadores para acompanhar os resultados atrelados a cada um dos ODS selecionados . ❓ Quais outras análises ou reflexões esse gráfico gerou em você? Compartilha aqui comigo nos comentários? Essa publicação pode ajudar alguém da sua rede? [ Compartilhe ] Quer sugerir ou acrescentar algo? [ Comente ] Achou uma boa publicação? [ Curta ] Quer acompanhar outros posts como esse? [ Me siga ] #sustentabilidadeagora #esg #ODS Fonte: Bells & Bayes Rating Analytics®

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Rafael Avila

CEO e Cofundador Sustentabilidade Agora | Conselheiro IBESG e Mar Adentro | Consultor | Professor | Palestrante

3 sem

Quem se interessou, pode ver a versão digital do ESG Disclosure Yearbook 2024 gratuitamente aqui - https://bellsbayes.com/esg-disclosure-yearbook-brasil-2024-versoes/

Nathalia Silva

Water Engineering | Water Stewardship | Project Management | Sustainability | ESG

3 sem

Complemento a análise trazendo ênfase para questão da água. Acredito que um dos motivos de as organizações não reconhecerem a água como um tema material é não ter uma visão holística sobre o recurso e, principalmente, seu uso indireto. Uma organização que utiliza pouca água em sua produção, cuja matéria prima provém de plantio, por exemplo, no fim utiliza muito mais água do que pensa e não poderia manter a produção sem ela. Olhar para a cadeia produtiva é fundamental! Trabalhando com padrão AWS para gestão sustentável da água vejo que a adesão de empresas que possuem alto uso indireto, porém baixo consumo na fábrica, ainda é muito baixa. Se formos pensar a fundo, nenhum negócio sobrevive sem água. Sem contar que a água perpassa por todos os demais ODS. Fica uma dúvida, para definir os temas materiais, as empresas calculam o uso indireto de água?

Luiza Moraes

Ma. Eng. Ambiental | Gestora Ambiental | Meio Ambiente | Analista Ambiental | Consultora Ambiental | Licenciamento Ambiental | CRQ Ativo

3 sem

Interessante. Concordo com o que os demais colegas falaram aqui nos comentários. É bem claro que as organizações tendam a aderir ações para os itens dos ODS que gerem resultados mais aparentes/rentáveis. Apesar de ser uma realidade não muito satisfatória para nós, que estamos envolvidos/preocupados com as questões de ESG, entendo que temos que deixar de lado o pensamento "inocente" de que as organizações algum dia poderão fazer algo simplesmente pelo o que entendemos ser o correto ou por uma imagem de politicamente/ambientalmente correta, e começar a abrir a mente para ações que possam gerar um benefício mútuo entre os interesses da empresa e da sociedade/meio ambiente.

Projeto Escola ESG (by Prof Marcelo Brito da Silva e CIA)

Projeto Stakeholders-ESG | "não deixe ninguém para trás". | Educação escolar🔁Empresa ESG 🟰 Escola ESG (Buscando sistematizar uma abordagem inclusiva ao sistema educacional)

3 sem

Está se tornando clichê dizer ser "uma boa publicação" curtindo, amando, apoiando, dizendo ser genial ☺️ - parabéns pelas publicações criativas e que estimula reflexões aprofundadas. Destacar as ações das organizações em geral que beneficiam direta ou indiretamente aos ODS 1 e 2 podem ajudar no combate às discussões políticas estéreis. Existe um mar de ideologias que vinculam exclusivamente aos governantes as ações ligadas a estes dois ODS - isto tem adoecido o país. Mas quero sugerir mesmo uma reflexão mais explícita sobre os 30,4% do ODS. Porém, pegando carona em sua reflexão, ou seja, é difícil "entender se as empresas estão incorporando as suas escolhas nos seus planejamentos e estratégias", porque os frameworks, pelo que tenho entendido, tem dificuldade de criar indicadores e perceber/mensurar resultado das ações no ODS 4 (segundo ouvi de um especialista, dado o tempo para perceber efetividade de investimento, ou seja, a intangibilidade do tema).

Maurício Dália Neto

Cientista Ambiental - Inovação em Meio Ambiente e Sustentabilidade

3 sem

Uma coisa interessante Rafael, além do que você bem colocou, acredito que existe um desconhecimento por parte da grande maioria das empresas, de como elas podem investir sem tirar do caixa, para criar projetos pequenos porém relevantes ao meio ambiente (me referindo a meio biótico e físico). Além disso, o medo que existe na detecção de impactos e acharem que serão punidos. Por fim, tem aquela regra básica que vejo a maioria das empresas que prestei consultoria, do mínimo… sempre atuando em atender o mínimo que tem na legislação e pronto. Ainda existe muito o que aprenderem sobre o que realmente importa, pois nossa existência está em xeque pelas nossas má escolhas (não incluindo o todo na gestão e gerenciamento de ações internas que atinge o externo).

Eliane Monteiro de Almeida

Doutora em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social, Mestre em Administração - CRA-RJ | Professora e Consultora em Educação, Sustentabilidade, Responsabilidade Socioambiental e ESG "Marketing Ecosófico".

3 sem

Prezado Rafael, obrigada por compartilhar esta informação que nos tempos atuais é de valiosa importância. Olhei os gráficos e realmente iluminaram o cenário atual do ESG nas empresas. Entretanto, convido à reflexão sobre a aparência das ações de ESG em detrimento dos resultados obtidos para a sociedade. Desta forma, gostaria de indicar a leitura do meu novo livro Marketing Ecosófico, lançado em maio deste ano. Em "Marketing Ecosófico, um novo olhar para o marketing empresarial: Rizoma Verde, Sustentabilidade, ESG", os autores mergulham no universo do marketing sustentável, explorando estratégias inovadoras para promover a conscientização socioambiental. Com uma abordagem baseada no conceito de rizoma verde, o livro oferece insights valiosos sobre como as empresas podem integrar práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) em suas estratégias de marketing, criando conexões autênticas com os consumidores e promovendo um impacto positivo no mundo. O livro 📖 está à venda nas principais livrarias físicas e também na Amazon https://a.co/d/0zZCVgE Estou à disposição para qualquer demanda, para contribuir com este importante momento de virada de chaves para um novo capitalismo saudável. Saudações Sustentáveis, Profª Eliane.

Daniel Perera

Gerente de projetos estratégicos na Innovarch Initiative

3 sem

É interessante observar que os ODS mais priorizados pelas empresas estão alinhados com as preocupações globais atuais. No entanto, me pergunto como podemos incentivar um maior engajamento com objetivos como erradicação da pobreza e fome zero, que também são cruciais para o desenvolvimento sustentável. É importante também salientar como a baixa priorização de ODS como 'Vida debaixo d'água' e 'Água limpa e saneamento' é preocupante. Considerando o impacto significativo das empresas nesses recursos, talvez seja necessário um esforço maior para conscientizar e integrar essas questões nas estratégias empresariais. O que leva a rememorar sobre a importância da concepção da Matriz de Materialidade, que é uma ferramenta crucial para direcionar as estratégias de sustentabilidade. A baixa adesão a certos ODS pode indicar a necessidade de revisitar como essas matrizes estão sendo construídas e se realmente refletem os impactos e prioridades da empresa.

Andreia Marques Postal

Conselheira Independente | Head de Operações e Impacto | Estratégia ESG | Coord. ESG IBGC Int SP | Pesquisadora na TU Delft e Unicamp | Gestão de Stakeholders | Inovação Sustentável | Professora cursos ESG Esalq/USP

3 sem

Ótima análise Rafael e obrigada por compartilhar. Qto aos pontos abordados: 1) Não me causa espanto as Top 3 pois a amostra se restringe às empresas listadas em bolsa. Elas estão na sua zona de conforto ao pensar que a operação cotidiana por si so já endereça o "emprego digno e crescimento economico". Gostaria de entender o que fazem para promover isso em sua cadeia de valor e nao só dentro de casa. Igualdade de gênero e mudança climática são movidos mais por interesses midiáticos do que por gestão de risco operacional.

Márcio Bezerra

Sistemas de Gestão Ambiental | Certificação e Auditoria Ambiental | Estudos Ambientais | Tutoria Ensino a Distância | ESG | Treinamento & Capacitação

3 sem

O tema 14 na "lanterna" das prioridades vistos nessa amostragem específica desse trabalho, só reforça algo que estou dizendo há tempos: "Algumas ações nas empresas estão precarizando seus sistemas de gestão ambientais tentando "reinventar a roda" sob o "manto" do ESG". É inacreditável que tenhamos avançado tanto em padrões de referência ambientais no Brasil e no mundo, bem como seus procedimentos e processos de gestão e seguirmos ainda vendo esse tipo de informação que "salta aos olhos"! Parabéns pela publicação Janaína Grassi e pelo post Rafael Ávila... Seus conteúdos são muito proveitosos... Abraço!

Onara Lima

Impulsionando a Transformação Estratégica do ESG empresarial | Processos e Resultados Sustentáveis

3 sem

Rafael, no discurso tudo está sendo devidamente endereçado.... SQN .... Na prática, os números nos mostram outro cenário. O famoso Walk the talk. Acredito que precisamos de foco, e objetividade, isso falta um pouco nos ODS e também na escolha do que vamos endereçar, no que realmente é o impacto do negócio. A jornada é longa e precisa de intencionalidade na prática, para além dos discursos laudatórios. #ESG

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