Publicação de Marina Freitas Grossi

A diversidade é um dos principais motores para as transformações que desafiam a nossa sociedade atualmente. E a representatividade feminina, seja nas conferências e instâncias participativas sobre mudanças climáticas, seja na liderança de empresas e governos, é uma importante garantia para superarmos esses desafios. No artigo deste mês para o Um Só Planeta, destaco a importância de termos mais mulheres em espaços de tomada de decisão, como as Conferências de Clima da ONU.

No dia 28 de agosto, realizaremos em Natal, no Rio Grande do Norte, o Seminário CEBDS 2024, para discutir o tema “Transição energética justa, integrada à natureza e sociedade”. E gravei um vídeo contando um pouco mais sobre os debates que queremos promover. Estão todos convidados a participar! As inscrições são gratuitas e podem ser feitas em https://lnkd.in/eNiY3-Ei.

Estamos a pouco mais de um ano da COP 30, a primeira a ser realizada na Amazônia, e é fundamental que o Brasil esteja preparado para mostrar ao mundo o seu potencial para liderar a transição para uma economia neutra em carbono, equitativa e positiva para a natureza. Este é o tema central do ótimo artigo do economista Paulo Hartung, presidente da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), que compartilho aqui (https://lnkd.in/dvNBxSvY). O Brasil tem a oportunidade de estar na vanguarda do desenvolvimento sustentável, por deter uma série de vantagens comparativas, como a maior parte da Floresta Amazônica e uma matriz energética 47% renovável, e será sede de uma Conferência do Clima histórica, 10 anos após o Acordo de Paris, na qual os países precisarão apresentar suas novas metas de redução de emissões, e espera-se que as discussões sobre o financiamento climático e o mercado global de carbono avancem. Crédito da imagem: SETUR/ Governo do Pará

Os eventos climáticos cada vez mais extremos no país não nos deixam esquecer que a emergência climática é assunto do presente, não mais de um futuro distante. Precisamos de ações urgentes de mitigação e adaptação climática, e a regulamentação do mercado de carbono brasileiro é fundamental neste contexto. Em meu artigo deste mês no ESTADÃO, falo sobre por que esse mercado é importante para o país, as discussões do tema no Congresso e as contribuições do setor empresarial.

É sempre muito bom conhecer e reencontrar em eventos pessoas que admiro e que têm um longo histórico de atuação pela sustentabilidade. No último sábado (29/06), tive a felicidade de reencontrar o Oskar Metsavaht, que é Embaixador da Boa Vontade da UNESCO para Sustentabilidade, Embaixador da Unesco para a Década dos Oceanos 2021-2030 e fundador da Osklen e do Instituto-E, além de conselheiro consultivo do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), e a Nina Almeida Braga, que é conselheira de estratégias do Instituto-E, focado em desenvolvimento sustentável. O Oskar e a Nina promoveram o evento “Oceans Talks – A necessidade da Cultura Oceânica num planeta azul em constante mudança”, que trouxe discussões muito interessantes sobre a importância de termos um relacionamento sustentável com os oceanos, essenciais para a saúde do planeta e o bem-estar das futuras gerações. Entre os palestrantes do evento estiveram Ana Asti, subsecretaria de Recursos Hídricos e Sustentabilidade do Rio de Janeiro; Marcos Bastos, professor e diretor da Faculdade de Oceanografia da UERJ; Aline Aguiar, coordenadora científica do projeto Ilhas do Rio; Marco Aurélio Ribeiro, presidente da Confederação Brasileira de Vela; e Miguel Paranaguá, do Instituto-E, fazendo a mediação. Foi um excelente debate e deixo aqui os meus parabéns aos organizadores e palestrantes. Foi muito bom também ver a querida Flávia Teixeira, da Engie, nesse dia.

Na última semana, a Vale promoveu, em parceria com o jornal O Globo, uma série de reportagens para celebrar o centenário de nascimento de Eliezer Batista que, entre os seus grandes feitos na mineradora multinacional brasileira, tirou do papel o projeto de ferro Carajás, no Pará. Além de tornar a Vale um dos maiores players globais do setor de mineração, Carajás foi um dos primeiros grandes empreendimentos do mundo a considerar questões ambientais, sociais e econômicas em seu desenvolvimento. Eliezer foi um visionário em muitas frentes, e o seu legado para o desenvolvimento sustentável do Brasil inclui ainda a fundação do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). Foi uma grande satisfação compartilhar algumas passagens sobre a trajetória de Eliezer, e contribuir com uma entrevista para essa homenagem que resgata uma parte importante da história do nosso país.

Figurar na lista Forbes Brasil 50 Over 50, edição 2024, é mais um importante marco em minha jornada até aqui. A publicação, que foi divulgada hoje, destaca profissionais com 50 anos ou mais, que são referências em suas áreas e têm ações de impacto na sociedade. Estar entre grandes nomes da categoria “Ciência, educação e terceiro setor” reitera a escolha certa que fiz há quase 30 anos: combater as mudanças climáticas e promover o desenvolvimento sustentável no Brasil. Compartilho aqui o link com a lista completa: https://lnkd.in/d6S7U8qy

Nesta terça-feira (27), o presidente Lula sancionou dois projetos de lei ligados à sustentabilidade: o que estabelece normas para a elaboração de Planos de Adaptação às Mudanças Climáticas e o que cria o programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação), que aumenta as exigências de descarbonização da frota automotiva brasileira. As sanções foram assinadas durante a 3ª reunião plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, mais conhecido como Conselhão, do qual faço parte. O encontro ocorreu no Palácio Itamaraty, em Brasília, e, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participaram o vice-presidente Geraldo Alckmin e diversos ministros, como Fernando Haddad, Marina Silva e Alexandre Padilha. O Conselhão é uma instância de assessoramento direto ao Poder Executivo e tem como principal objetivo aproximar a sociedade brasileira do processo de formulação de políticas públicas. Em encontros como o de hoje, discutimos temas fundamentais para garantir o desenvolvimento sustentável do país. Além da plenária no período da manhã, tivemos à tarde a reunião da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Conselhão, da qual sou coordenadora, para aprofundar o debate sobre questões como a trajetória que o Brasil precisa construir até a COP 30 e os próximos passos para o avanço do Plano de Transformação Ecológica, apresentando uma série de recomendações construídas a partir das últimas reuniões. O Brasil tem um grande potencial para ser líder na transição global para uma economia neutra em carbono, equitativa e positiva para a natureza, e fico muito feliz por poder contribuir, por meio de iniciativas como o Conselhão e tantas outras das quais o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) participa, para que exerçamos esse papel de liderança.