Participamos, de 1 a 3 de julho, da Conferência de Meio de Termo do T20 Brasil, evento que marcou o encontro de um dos 13 grupos de engajamento oficiais do Grupo dos Vinte, que reúne think tanks e centros de pesquisa de países e organizações convidadas. O evento foi organizado pelo CEBRI - Centro Brasileiro de Relações Internacionais, Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG) e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), orientados pelos princípios de inclusão, representatividade e efetividade. Ao longo de meses, mais de 160 organizações de 33 países trabalharam coletivamente em 6 grupos de trabalho para consolidar um documento com recomendações destinadas a influenciar as negociações do G20 e a declaração conjunta da Cúpula de Líderes do grupo. O encontro de meio termo marcou o primeiro encontro presencial dos membros do T20, incluindo uma reunião fechada no qual foram discutidas formas de implementação das recomendações. O Comunicado do T20 Brasil foi apresentado ao mundo e em seguida entregue aos Sherpas do G20 Brasil 2024 e aos líderes da Trilha Financeira, marcando o ineditismo desse documento ser entregue antecipadamente. A Talanoa vem realizando um trabalho ativo desde o início do ano na força-tarefa 2 “Ação Climática Sustentável e Transição Energética Justa ”. A FT2 propõe recomendações para promover uma ação climática sustentável e uma transição energética justa. O financiamento é destacado como crucial, incluindo a reforma de Bancos de Desenvolvimento Multilaterais e Fundos Climáticos, para torná-los mais equitativos. Propõe-se também um sistema internacional de impostos mais justo e realocação de subsídios para garantir justiça climática. Para assegurar uma transição justa, considera essencial integrar o conhecimento e a participação das comunidades indígenas e tradicionais nos princípios de alto nível do G20 sobre Bioeconomia. Das 10 recomendações gerais feitas pelo T20, cinco estão diretamente relacionadas à agenda climática, destacando a centralidade desse tema nas discussões do G20. As propostas do T20 Brasil, juntamente com as de outros Grupos de Engajamento, visam informar e influenciar o processo decisório do G20, promovendo novos caminhos para a cooperação internacional. No contexto da presidência brasileira e das negociações oficiais do G20, destaca-se a Força-Tarefa para uma Mobilização Global contra a Mudança do Clima (TF-Clima). A TF-Clima conecta a Trilha de Finanças com a Trilha de Sherpas para transversalizar o avanço na ação climática. Entre as prioridades das discussões da TF-Clima estão as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), mecanismos para mobilização de recursos destinados a financiar a transformação ecológica das economias, e o fortalecimento de instrumentos para redução de riscos em investimentos climáticos. Com Marina Caetano e Marina Isadora Barbosa Souza. #institutotalanoa #politicasclimaticas #ndc #G20
Publicação de Instituto Talanoa
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☑ Enquete ✒ Participe e deixe a sua opinião nos comentários. 🔎 Elencamos 10 políticas em evidência no mês de julho. Comente a que você achou mais relevante para o desenvolvimento e o avanço das políticas climáticas brasileiras. Pode escolher até 3: 1️⃣ Criação do Programa Energia Limpa no Minha Casa, Minha Vida. (MCid e MME). 2️⃣ Determinação de diretrizes para alocação de recursos em contratos de concessão rodoviária para infraestrutura resiliente, à mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e à transição energética. (MTransp). 3️⃣ Estabelecimento de procedimentos de elaboração, apresentação, execução e monitoramento de Projeto de Recuperação de Área Degradada ou Área Alterada (PRAD) - IBAMA. 4️⃣ Ajuste de normas gerais do crédito rural e do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural – Pronamp. [CMN] 5️⃣ Criação do Programa Nacional de Florestas Produtivas. [MDA] 6️⃣ Criação da Política Nacional de Conservação e Uso Sustentável dos Recursos Genéticos para a Alimentação, a Agricultura e a Pecuária. 7️⃣ Estabelecimento do “Compromisso para o Federalismo Climático”. 8️⃣ Regulamentação do incentivo fiscal à cadeia produtiva da reciclagem no Brasil. 9️⃣ Modernização da Política Nacional de Educação Ambiental, para incluir mudanças do clima, biodiversidade e desastres no escopo. 1️⃣ 0️⃣ Criação da Política Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana. Quais deveriam estar no Top 3 do nossa Análise Mensal? Vote. #institutotalanoa #politicasclimaticas #analisedejulho #politicaspublicasbrasileiras
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Estamos com vaga aberta para Consultoria em Fundos Climáticos Internacionais. Requisitos: ✔ Pelo menos 10 anos de experiência em consultoria profissional comprovável na área de finanças verdes, finanças climáticas e afins; ✔ Experiência prévia com mecanismos de financiamento climático e desejável com Fundo Verde para o Clima (GCF); ✔ Conhecimento comprovável em mecanismos de financiamento para mitigação e adaptação; modelos de financiamento verde bem-sucedidos; familiaridade com a Avaliação de Necessidades Tecnológicas (TNA) do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (desejável); ✔ Capacidade de analisar e fazer recomendações baseadas em dados sobre estratégias de financiamento climático; ✔ Experiência na atuação em projetos multidisciplinares, em relação com diferentes setores e atores; ✔ Habilidade em elaborar recomendações estratégicas para agentes do setor público, com base em análises técnicas detalhadas; ✔ Necessário inglês fluente. Condições: ● Período: 5 meses ● Modalidade de contratação: pessoa jurídica (PJ). ● Regime de trabalho: remoto (com disponibilidade para reuniões presenciais) 💻 Mais informações no edital disponível no site: https://lnkd.in/dC9MCWJT #institutotalanoa #vaganoterceirosetor #consultoriaemfundosclimaticos
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Governo do Brasil ensaia Plano Brasileiro de Inteligência Artificial Hoje (30), durante a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, o @Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) entregou ao presidente Lula uma proposta de Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), que em sua 1ª fase teria R$ 23 bilhões em investimentos, no intervalo de 2024 a 2028. O #PBIA poderá ter 5 eixos: (1) Infraestrutura e Desenvolvimento de #IA; (2) Difusão e capacitação em IA,; (3) IA para melhoria de serviços públicos; (4) IA para inovação empresarial, e (5) Regulação e Governança de IA. E o que as mudanças climáticas têm a ver com isso? Apesar do uso de IA requerer bastante energia (e por isso requerer fontes renováveis e maior eficiência dos sistemas), o potencial de colaboração é grande tanto em mitigação quanto em adaptação, como em predição de surtos de doenças associadas ao clima como dengue, resposta a desastres, adaptação dos sistemas agrícolas, entre outras aplicações. O Plano proposto contempla, de forma clara, essas duas dimensões. Na visão da Presidente da Talanoa, Natalie Unterstell, "o Plano de IA está conectado com as ideias e tecnologias do nosso tempo. Importante sua convergência com o Plano Clima, para que um instrumento reforce o outro". Mas não é só isso… O Brasil tem a possibilidade de se diferenciar do restante do mundo em relação à energia demandada por grandes centros de dados (datacenters), onde as IA se reproduzem. Isso porque têm sido frequentes as notícias sobre a grande quantidade de energia demandada para o funcionamento de IAs. Diferentemente de outros países, a base da matriz energética brasileira é renovável, o que abre caminho para que o Brasil se desenvolva no campo da IA sem necessariamente emitir grandes quantidades de carbono para a atmosfera. 📲 Confira a proposta entregue a Lula aqui: https://lnkd.in/dVqzJzyK #institutotalanoa #mudançasclimáticas #inteligenciaartificial #planobrasileirodeIA
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Não perca a nossa análise da semana no Boletim da Política por Inteiro:
Nesta semana, a Troika do Clima reforçou o compromisso com a antecipação de suas novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (#NDC), documento que fixa as metas dos países em relação à política climática. O comunicado não é explícito, mas parece dar uma pista de que as metas das NDCs dos países da Troika serão anunciadas oficialmente durante a próxima Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro, e não durante a #COP29, em novembro, no Azerbaijão, ou em março de 2025, prazo-limite para todos os países da Convenção do Clima enviarem suas “NDC 3.0”. Como sabemos que “quem paga?” é pergunta central em matéria de política pública, o ministro da Fazenda e a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima firmaram posicionamentos importantes durante encontro do G20 Finanças, no Rio de Janeiro, nesta semana: Fernando Haddad destacou a importância do trabalho da equipe econômica em criar um ambiente favorável para atrair investimentos verdes ao Brasil, enquanto Marina Silva centrou discurso na urgência de ações e na impossibilidade de manter a lógica do “agir localmente, pensar globalmente” - palavra de ordem em décadas passadas - posto que impactos recentes, como os no Rio Grande do Sul e em Bangladesh, já são tão grandes que não conseguem mais ser superados com mera ação local, indicando que a ação precisa ser global. Em matéria de financiamento climático, ambos foram contundentes quanto à necessidade de “mobilização massiva” de capital privado para resolver os “problemas que a própria humanidade criou para si”, o que alcança não apenas aspectos ambientais e sociais, mas prejuízos econômicos progressivos aos PIBs dos países, potencializados na hipótese de inação. Enquanto isso, a semana trouxe mais evidências de que o Brasil vai desidratando: uma onda de estiagem se prolifera em todas as regiões, com destaque para Nordeste e Norte, onde sabidamente, em razão dos déficits históricos de infraestrutura, as populações tendem a ser mais vulneráveis que noutras regiões. Os reconhecimentos de seca e estiagem demonstram que o segundo semestre brasileiro não será brincadeira. Nos nossos monitores: 🔎 Monitor de Atos Públicos: 10 normas publicadas no D.O.U. ☀ Monitor de Desastres: 8 reconhecimentos de emergência, totalizando 75 municípios atingidos. A seca dominou nesta semana. 📲 Leia no blog: https://lnkd.in/d7VFYN_7 #institutotalanoa #políticaporinteiro #políticasclimáticas #troikadoclima #olimpiadasdeparis #quilombolas
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Os sinais de que está se esgotando o tempo que nos resta para reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa e evitar os piores cenários da crise climática são cada vez mais evidentes. Hoje, 22 de julho, Dia da Emergência Climática, o Relógio do Clima dá mais uma volta e marca que temos, oficialmente, apenas 4 anos para tomar as medidas necessárias para ficar abaixo de 1,5°C e garantir a temperatura em níveis habitáveis no planeta – em linha com o Acordo de Paris. Há poucos dias, o Serviço Copernicus de Mudança Climática mostrava que o cenário é mesmo muito mais urgente do que aquele projetado em 2015, quando o Acordo foi firmado na capital francesa. Então, a estimativa era de que, se continuássemos no mesmo ritmo de emissões, o mundo chegaria a esse grau de aquecimento em março de 2045. Atualmente, a data prevista para alcançarmos o limite de aumento de temperatura é março de 2033. Ou seja, 12 anos antes. A janela está se fechando rápido demais. Cada minuto, cada segundo conta. Tem mais detalhes no nosso post também: https://lnkd.in/dTDN7FRG #institutotalanoa #mudançasclimáticas #diadaemergênciaclimática #climateclock
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Chegamos ao nosso 200º Boletim Semanal, com muita análise e conteúdo. Confira!
Chegamos ao Boletim Semanal #200 da Política por Inteiro, comemorando os 5 anos do Instituto Talanoa, e reforçando que o relógio está correndo mais depressa. Nosso foco está naquilo que é possível ler a partir de documentos oficiais, mas também naquilo que é preciso enxergar nas entrelinhas. Analisamos diariamente as políticas públicas com olhar sistêmico e conectado às metas de descarbonização do Brasil, gerando informações estratégicas para melhor tomada de decisão de gestores públicos e empresariado, sem perder de vista o papel informativo e de mobilizador da sociedade. Infelizmente, comemoramos esta edição mantendo as mesmas demandas no Climate Emergency Day que tivemos há 1 ano, quando realizamos as ações de 22 de julho no Cristo Redentor, anunciadas no Boletim #150. As emissões continuaram a crescer no último ano e nosso tempo, a regredir. Corremos contra o relógio, literalmente. Mas o tempo é finito. Ainda, nesta semana a presidência da #COP29, do Azerbaijão, liderada pelo negociador-chefe Yalchin Rafiyev, publicou uma carta na qual se compromete em ser inclusivo com as diferentes visões dos países, tendo realizado mais de 170 consultas com as Partes durante as sessões de Bonn. A missão da COP29 baseia-se em dois pilares interligados: aumentar a ambição e possibilitar a ação. Aumentar a ambição requer que todos os países estabeleçam planos cristalinos para manter a meta do aumento de temperatura em 1,5°C, com NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas, na sigla em inglês) robustas e abrangentes. Possibilitar a ação foca em aumentar substancialmente o fluxo de financiamento climático, especialmente para apoiar os países em desenvolvimento a alcançar seu pleno potencial. Na carta foi anunciado ainda que durante a Assembleia Geral da ONU e a Semana do Clima de Nova York a presidência realizará diálogos sobre energia e ambição das NDCs (Troika), além de apoiar uma cúpula global de energias renováveis. Nos nossos monitores: 🔎 Monitor de Atos Públicos: 9 normas publicadas no D.O.U. 🌤 Monitor de Desastres: 4 reconhecimentos de emergência, totalizando 46 municípios atingidos. 📲 Leia tudo no blog: https://lnkd.in/gkP7eJQp #institutotalanoa #politicaporinteiro #politicasclimaticas #climateemergencyday
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