No embalo das poucas horas que faltam para mudarmos de ano, estou olhando para os últimos 12 meses como retrospectiva das oportunidades que tive. Dentre todos os projetos e iniciativas profissionais que participei (e foram muitos!), um dos mais peculiares não consumiu grandes energias, tem pouca sinergia com o meu perfil de compartilhar conhecimento, mas, no entanto, foi inédito e, de alguma forma, atemporal.
Ainda no final de 2022 fui convidado pelo Cassio Spina para escrever um capítulo do Livro Corporate Venture Capital (www.livrocvc.com.br ). No capítulo que redigi, falei dos desafios e oportunidades na criação de valor em grandes organizações através de uma área de novos negócios/M&A. O painel de lançamento do livro aconteceu em outubro no Insper, junto com os coautores Gabriel Ferreira, Andrea Minardi, Marina Bueno, onde tivemos um debate rico sobre o tema.
Como símbolo de fechamento de ciclo, destaco algumas das reflexões discutidas no painel na intenção de colaborar com os colegas de profissão que buscam um excelente 2024! São elas:
1) Assim como qualquer projeto, a aquisição de novas empresas deve ter indicadores claros de criação de valor para fundamentar a avaliação do sucesso (ou insucesso) dos investimentos. Flexibilidade é importante mas “cash is king” e, em muitos setores, não tolera desaforo;
2) A velocidade do crescimento dos negócios inovadores deve ser uma opção e não uma condição para criar economics sustentáveis em algum lugar no futuro (“cresce primeiro e depois ganha dinheiro!”). O venture capital deformou o market cap nos últimos anos com esse viés ao apoiar PPTs bonitos e erros selvagens de negócios mal administradas na esperança de que suas apostas valessem a pena algum dia;
3) O fator humano nas transações é um aspecto tão fundamental quanto a definição dos incentivos e a redação irretocável de um contrato de aquisição de participação. Se as relações e expectativas interpessoais não estiverem verdadeiramente alinhadas, o “casamento” será um martírio;
4) Mais do que uma prática burocrática, a governança certamente pode ser uma estratégia pra impulsionar a inovação. Trata-se de instrumento extremamente sutil e que deve considerar os estágios de evolução do negócio/projeto. Além disso, o alinhamento de expectativas entre executivos e owners é elemento obrigatório para o sucesso dos novos negócios.
A busca por resultados consistentes muitas vezes é o motivo da escassez de tempo que em muitas ocasiões não me permite parar para redigir um conteúdo como este. Contudo, antes tarde do que nunca!
Sucesso em 2024 para todos!
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Head Marketing na P4ITF com expertise em Gerenciamento de relação de clientes e estratégias de marketing
1 mParabéns!!!