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Por — São Paulo


A Captable, uma das principais plataformas de equity crowdfunding do país, pode ter em breve um outro mercado como seu principal negócio: a oferta de papéis securitizados de dívida, como CRIs e CRAs. A plataforma distribuiu os primeiros papéis imobiliários nos últimos 30 dias e está se preparando para estruturar a primeira venda de títulos do agronegócio.

Ainda incipiente, esse segmento já teve uma captação duas vezes maior neste ano (R$ 13 milhões) do que em equity para startups (R$ 5,5 milhões). O movimento de diversificação é naturalmente influenciado pelo momento de juros ainda elevados, que desaquece o venture capital, mas o CEO e cofundador da Captable, Paulo Deitos, avalia que essas operações vão se firmar como carro-chefe a despeito do contexto atual.

Deitos estima que daqui a dois anos, no máximo, CRIS e CRAs respondam por algo entre 70% e 80% em relação ao total captado. Desde 2019, quando foi fundada, a Captable já levantou pouco mais de R$ 100 milhões para startups.

Paulo Deitos, CEO e cofundador da Captable: um novo carro-chefe  — Foto: Divulgação
Paulo Deitos, CEO e cofundador da Captable: um novo carro-chefe — Foto: Divulgação

Se o equity crowdfunding surgiu para democratizar o investimento em startups, abrindo espaço para aportes de R$ 1 mil por investidor, a intenção da Captable ao entrar no mercado de CRIs e CRAs é menos sobre mirar o público pessoa física, uma vez que já é possível investir com tíquetes baixos nesses papéis, e mais sobre viabilizar a oferta para projetos menores, imobiliários ou de agro.

Dos cinco CRIs já ofertados até o momento (quatro para investidores institucionais e um para a base de pessoa física na plataforma), os valores captados variaram entre R$ 500 mil e R$ 5,3 milhões. Outros sete estão no pipeline, com soma estimada de R$ 80 milhões, dos quais o maior será de R$ 15 milhões.

"O mercado costuma trabalhar com CRIs acima de R$ 30 milhões e há uma demanda represada por projetos menores, especialmente de investidores institucionais, como familly offices", diz o CEO da Captable. "Quando o mercado faz algo de R$ 15 milhões ou R$ 20 milhões, o custo para o tomador é muito elevado, enquanto nós viabilizamos com custo menor".

Segundo ele, os custos na plataforma partem de 3% em relação ao valor da operação. É um aquário maior para pescar, mesmo que com recorte de projetos menores: só em CRIs, no ano passado, foram quase R$ 50 bilhões em emissões no mercado brasileiro.

A Captable opera com uma securitizadora própria para as emissões. Segundo Deitos, o empurrão para investir nesse mercado veio da publicação do Ofício-Circular 6, em julho do ano passado, pela Superintendência de Supervisão de Securitização da CVM - a regulação passou a considerar um ativo securitizado com patrimônio segregado como uma pequena empresa, de até R$ 40 milhões de faturamento, similar ao caso de muitas startups.

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