Publicado em 31/05/2024, às 10h00 por Redação Pais&Filhos
Temido e conhecido por assombrar famílias, o monstro da febre preocupa muitos pais por aí. Para ajudar a enfrentar esse terrível ser “do mal” e esclarecer todas as suas dúvidas, a gente conversou com o pediatra Dr. David Nisenbaum, pai de Lygia e Gabriel, e com a médica pediatra pela USP-SP, Dra. Camila Luizetto, mãe de Ana Letícia. Conheça as principais causas, os mitos e as verdades e todos os meios para acabar de vez com a febre.
Dra. Camila Luizetto: A febre sempre preocupa. A aflição dos pais se justifica porque quando a febre aparece é um sinal de que algo não está bem com a criança e o temor é de que seja o início de algo mais grave, considerando que a maior parte das febres são causadas por agentes infecciosos. E em muitos casos, ela aparece antes de qualquer outro sintoma. E a causa pode ser simples, como um resfriado, ou mais séria, como doenças mais graves.
Dra. Camila Luizetto: Em geral recomendamos que independentemente da experiência em sentir a temperatura do filho, que os pais sempre procurem aferir a temperatura da criança com um termômetro, principalmente nos bebês, que ficam mais quentinhos quando mais agasalhados. As crianças com menos de 3 meses que apresentarem qualquer temperatura igual ou maior a 37,8°C devem ser investigadas. A criança pode ser medicada em casa para baixar a febre, mas também precisa ser examinada por um médico.
Dr. David Nisenbaum: Isso depende muito. Se a criança tem mais de 4 meses e melhorar após o antitérmico, ficar disposta, comer e brincar, pode-se esperar de 2 a 3 dias para que a causa da febre fique aparente. Isso porque na maior parte dos casos, a febre vem sem uma causa aparente. Em muitas situações o motivo aparece uns 2 dias depois. Então, levar ao pronto-socorro pode ser desgastante para a criança. Pode ser tanto algo mais simples e medicável, como garganta, afta, ouvido, ou que precise de mais exames para conclusão.
Mas se passar de 72h e a criança continuar com febre – sem sinais aparentes – aí é necessário realizar exames mais específicos para acompanhar. Se mesmo medicada ela continuar prostrada, cansada e sem brincar, é recomendável consultar um médico, sem precisar esperar de 2 a 3 dias. É importante ressaltar que se a criança for menor de 4 meses, em especial os recém-nascidos, os pais não precisam esperar para ir ao hospital. Ao primeiro sinal de febre, já devem procurar um médico.
Dr. David Nisenbaum: Embora seja discutível, muitas pessoas atribuem ao dente uma causa febril em crianças com mais de 6 meses. Mas a erupção dentária não causa febre. Muitas vezes é algum caso viral, em que a criança passa 1 ou 2 dias com febre e depois cessa. Mas não é o dente que causa o sintoma.
Dr. David Nisenbaum: Ao primeiro sinal de febre, o indicado é medicar com antitérmico. A febre pode demorar até duas horas para baixar. Se nesse tempo os pais querem dar banho na criança, esse banho tem de ser morno, e não frio. Se a criança ficar roxa no banho gelado e/ou tremer, isso pode fazer a febre aumentar. Dificilmente o banho ajuda a febre a baixar. O ideal é que a criança tire as roupas mais grossas, ou cobertores. As compressas de álcool, não são indicadas. Além de não ajudarem a baixar a febre podem causar uma reação adversa caso o álcool seja inalado, por exemplo. Pode-se fazer compressa com água em temperatura ambiente na testa, axilas e virilha. Mas o mais eficaz é o antitérmico mesmo.
Dra. Camila Luizetto: Os bebês podem ficar menos ativos e mais chorosos e irritados. E podem recusar a mamada e regurgitar mais. Já as crianças maiores tendem a ficar menos ativas, sem apetite, podem vomitar e se queixar de dor de cabeça e dores pelo corpo. Na idade de 3 a 4 anos, a criança já identifica as partes do corpo e pode sinalizar com mais facilidade o que sente.
Dra. Camila Luizetto: O motivo principal para medicarmos a febre é o desconforto que causa à criança, sendo interessante começar com os medicamentos quando a temperatura estiver 38°C ou mais. Os mais recomendados são a Dipirona e o Paracetamol, nas doses e intervalos recomendados pelo médico da criança. Em geral, se a febre não cedeu até 2 horas após a administração do primeiro antitérmico ou se a febre retornou antes de 6 horas da última administração é possível administrar outro antitérmico de princípio ativo diferente. Em muitos casos a febre não cessa, pois a dose de medicação pode ser muito baixa em relação ao peso da criança. Em todo caso, é importante procurar orientação médica assim que possível para esclarecer o motivo pelo qual isto está ocorrendo.
A febre é um indicador do organismo de que algo não está bem. É um sinal de alerta! Quando tem vírus, bactéria ou outra doença, ela dá as caras para nos avisar. Fique atento a alguns indícios importantes. Várias vacinas podem causar febre, que, em geral, ocorre nas primeiras 24h após a vacinação. Alguns médicos recomendam medicar normalmente com antitérmicos, outros acreditam que a medicação pode diminuir o efeito da vacina.
Nem todo caso de febre requer tratamento com antibiótico. A maioria das infecções que causam febre são de origem viral, sendo autolimitadas e não havendo benefício algum no uso de antibióticos. É por este motivo que em muitos casos os pais escutam que é um caso viral, pois a febre não traz motivo aparente. A crise asmática não provoca febre. O que causa o sintoma em uma criança asmática é o vírus ou a bactéria que despertou a crise, e com isso, vem a febre.
Dor de ouvido e dor de garganta podem ocasionar a febre, na maior parte dos casos, por serem infecções. Quadros clínicos podem mudar rápido. Por isso, é melhor reavaliar a criança mais de uma vez do que colher exames precocemente. A avaliação médica é insubstituível, exames são complementares. O ideal é sempre notificar e consultar o pediatra da criança, pois ele possui o histórico dela.
A convulsão febril está associada a uma subida muito rápida da temperatura, ocorrendo muitas vezes antes que se possa perceber que a criança estava com febre ou mesmo após ser medicada. Ocorre somente em crianças predispostas, que, em geral, possuem histórico familiar positivo.
Estima-se que atinja 6% das crianças entre 9m e 6 anos, justamente pela imaturidade do sistema nervoso central nesta faixa etária, o que para algumas crianças gera uma dificuldade de regular a temperatura que culmina com a convulsão febril. Apesar de muito assustadora, a convulsão febril é benigna e geralmente não causa sequela neurológica ou intelectual.
Caso ocorra em casa, é importante observar o tempo de duração e evitar que a criança se machuque ou se engasgue caso esteja com algo na boca durante o episódio. Pode-se deitar a criança de lado e esperar a crise passar. Não costuma ser longa e a criança pode ter sono após a crise. A seguir, é importante levar ao pronto-socorro para que a criança seja cuidadosamente examinada e que as causas da febre e da convulsão sejam investigadas.
As crianças com predisposição à convulsão febril podem ser medicadas a partir de 37°C. O ideal é acompanhar com um neurologista para que os pais possam eliminar outras causas da convulsão e também que possam ser orientados sobre como lidar.
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