Planejamento Governamental Do Turismo: Convergências E Contradições Na Produção do Espaço

Vozes365

Jun 29

29 min 57 sec

Com a consagração do neoliberalismo como paradigma econômico e político assistimos, nos anos 90, no brasil, à fase possivelmente mais aguda da transição de um estado interventor para um estado parceiro do mercado, o que se reflete, no turismo, na forma de políticas públicas comprometidas com a produção e a reprodução do capital vis à vis as inversões públicas voltadas à criação de um novo sistema de objetos cuja materialidade é demandada pelo novo sistema de ações que se impõe. Se, todavia, os anos 90 são emblemáticos no que tange ao proces so acima anunciado, os primeiros anos deste século dão claros sinais de que aquela lógica orientadora se mantém, apesar da imaginada ruptura política e ideológica que se poderia esperar do governo Luiz Inácio Lula da Silva relativamente a seus antecessores. Dada a natureza das relações de que estamos tratando –uma atividade geradora de riqueza e os sujeitos sociais responsáveis por sua promoção e organização– é forçoso reconhecer que às convergências (temporais, espaciais, de interesses, etc.) Se somam as contradições que são, em suma, as contradições do próprio processo de produção do espaço. É sobre este processo em curso de que tratará este texto, centra- do na análise de políticas públicas federais de turismo deflagradas a partir dos anos 90 e de seus rebatimentos espaciais.
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