No cenário atual de atendimento ao cliente, estamos vendo uma revolução que vai muito além de simples melhorias tecnológicas. Imagine interagir com serviços de suporte utilizando sua voz, gestos e até mesmo suas expressões faciais. Parece coisa de filme, não é? Mas isso é realidade. As interfaces multimodais estão transformando a forma como nos comunicamos com as empresas, tornando essas interações mais naturais e intuitivas.  

Basicamente, essas interfaces permitem que você se comunique com sistemas usando diversos modos ao mesmo tempo, como voz, gestos e expressões faciais. Isso significa que a tecnologia está tentando se adaptar à nossa forma de comunicação natural. Imagine pedir ajuda a um assistente virtual como a Alexa, Siri ou Google Assistant e, em vez de navegar por um menu interminável, você simplesmente descreve o que precisa. Isso não só economiza tempo, mas também diminui aquela frustração que muitos de nós sentimos com sistemas automatizados. 

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E os gestos? Já pensou em controlar um dispositivo só com o movimento das suas mãos? Isso já é possível graças a câmeras e sensores avançados. Em quiosques de autoatendimento ou em ambientes de suporte presencial, os gestos podem ser usados para navegar por menus, selecionar opções e até mesmo pedir ajuda. Isso é especialmente útil em lugares onde tocar em superfícies pode não ser a melhor ideia, como hospitais ou cozinhas industriais. É uma maneira higienicamente segura e super prática de interagir com a tecnologia. 

Interfaces permitem que você se comunique com sistemas usando diversos modos ao mesmo tempo, como voz, gestos e expressões faciais – Imagem: Shutterstock/Black Salmon

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Agora, o reconhecimento facial é um capítulo à parte. Além de aumentar a segurança, ele oferece uma personalização sem precedentes. Imagine entrar em uma loja e ser reconhecido imediatamente, com o sistema acessando seu histórico de compras e preferências para oferecer um atendimento personalizado.  

No suporte ao cliente, essa tecnologia pode agilizar a autenticação, garantindo que você receba o atendimento adequado sem precisar repetir informações várias vezes. E tem mais: o reconhecimento facial pode interpretar suas expressões para ajustar o tom e a abordagem do atendimento conforme o seu humor. 

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Mas o que torna tudo isso realmente poderoso é a integração dessas tecnologias. Imagine que você inicia uma chamada de suporte usando sua voz. Enquanto explica seu problema, o sistema usa reconhecimento facial para captar suas expressões e ajustar as respostas em tempo real. E se estiver usando um dispositivo com câmera, pode ainda realizar gestos para navegar por menus ou confirmar ações. Tudo isso torna a interação muito mais fluida e intuitiva. 

Homem de olhos fechados com ilustração de reconhecimento facial sobre seu rosto
Imagine entrar em uma loja e ser reconhecido imediatamente, com o sistema acessando seu histórico de compras e preferências pela imagem do seu rosto.  – (Imagem: Getty Images/The Guardian)

Para as empresas, adotar interfaces multimodais significa reduzir significativamente o tempo de atendimento e melhorar a satisfação do cliente. Sistemas que entendem comandos de voz, gestos e expressões faciais podem oferecer respostas mais precisas e personalizadas, elevando o nível do atendimento. E para o cliente, a experiência se torna muito mais agradável. Ninguém gosta de ficar navegando por menus complexos ou repetindo informações várias vezes. Com interfaces multimodais, a comunicação flui de maneira mais natural, quase como se estivesse conversando com outra pessoa. 

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Estamos apenas começando a explorar o potencial dessas interfaces. Com os avanços contínuos em inteligência artificial e machine learning, elas vão se tornar ainda mais sofisticadas, oferecendo experiências de suporte ao cliente cada vez mais personalizadas e eficientes.  

Então, da próxima vez que você interagir com um sistema de suporte ao cliente, preste atenção. Pode ser que já esteja experimentando uma prévia dessa revolução tecnológica. E aí, pronto para abraçar essa nova era da interação homem-máquina?  

*Eric Garmes é CEO da Paschoalotto