Nódulos no pâncreas podem estar associados a diversas quadros de saúde, incluindo o câncer (mas não só). A deputada Amália Barros morreu na noite de sábado (11) por complicações de uma cirurgia para retirada de uma dessas formações no órgão.
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Segundo a ONG Instituto Oncoguia, nem todo tumor no pâncreas é um câncer. Alguns são benignos, enquanto outros podem se tornar neoplasias malignas apenas se não forem tratados.
Na classificação listada pelo instituto, os nódulos podem ser quatro tipos de neoplasias (crescimento anormal de células):
- Cística serosa: tumores com cistos preenchidos de líquido quase sempre benignos
- Cística mucinosa: tumores com cistos preenchidos por substância gelatinosa, que podem se tornar malignos se não forem tratados. Geralmente ocorrem em mulheres e são removidos cirurgicamente
- Mucinosa papilar intraductal: tumor benigno que cresce nos ductos pancreáticos. Às vezes pode evoluir para câncer. O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico
- Pseudopapilar sólida: tumores raros, de crescimento lento que quase sempre ocorrem em mulheres jovens. Podem se espalhar para outras partes do corpo, por isso devem ser tratados cirurgicamente.
Nódulos ou cistos no pâncreas muitas vezes passam despercebidos, sem sintomas, segundo a Mayo Clinic, dos Estados Unidos. É mais comum que sejam detectados em exames de imagem solicitados por outros motivos. Quando se manifestam, os sinais podem incluir: dor abdominal, às vezes irradiada para as costas; náusea e vômito; perda de peso; e sensação de estufamento logo depois de comer ou ainda durante a refeição.
O câncer de pâncreas tem alta taxa de letalidade, agravada por sua difícil detecção. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, sem considerar os tumores de pele não melanoma, ele ocupa a 14ª posição entre os tipos de câncer mais frequentes. É responsável por cerca de 1% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 5% do total de mortes causadas pela doença.
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O primeiro procedimento cirúrgico da deputada foi realizado no dia 2 de maio, com a retirada do nódulo. Logo após, a deputada precisou passar por uma segunda operação, que foi chamada pelos médicos de "reabordagem cirúrgica". Desde então, estava internada na UTI em estado grave. Na noite deste sábado (11), familiares chegaram a comunicar que ela iria passar por mais uma cirurgia, por conta de complicações no fígado.
Amália Barros estava internada no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, que não divulgou comunicado nem informou a causa oficial da morte. Segundo pessoas próximas à deputada ouvidas pelo site Metrópoles, seu tumor não era maligno.
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