Saúde
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Por — Brasília

O Ministério da Saúde decidiu antecipar, a partir desta quarta-feira, 6, a segunda dose de reforço da vacina bivalente contra a Covid-19 para idosos e pessoas com comorbidade com mais de 12 anos que já tenham tomado a última dose do imunizante há mais de seis meses. A orientação tem como pano de fundo o surgimento de uma nova variante do vírus no país que tem causado aumento de casos da doença no Ceará, com predominância em Fortaleza.

A variante BA.2.86.1 e suas sublinhagens já haviam sido identificadas em outros países, e seu primeiro caso no Brasil foi registrado pelo ministério em 17 de novembro, no Ceará. A maioria dos casos da sublinhagem da nova variante JN.1 está retida em Fortaleza, mas também foram identificadas infecções no interior do estado.

Ainda segundo a secretária nacional de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, "é bastante possível que essa variante também possa já estar circulando em outros locais do país", levando em consideração que as pessoas infectadas não tinham viajado para fora do Brasil.

Hoje, a Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica a variante como de baixo risco, com crescimento lento em 47 países. Ainda assim, nota técnica do ministério aponta que a pasta observou aumento expressivo de casos de Covid-19 a partir da segunda quinzena de novembro. Segundo o documento, 80% das amostras dos casos coletados no Ceará no último mês são da nova sublinhagem JN.1 da BA.2.86.

"Ainda considerando que a população de maior risco para os agravos da doença se vacinou na campanha do início do ano, estamos recomendando que a população idosa (a partir dos 60 anos) e imunocomprometida (a partir dos 12 anos) receba mais uma dose da bivalente", escreveu a secretária em suas redes.

Apesar da nova orientação, a pasta reforça que a atual imunidade da população em todo o mundo permanece altamente reativa a esta variante, especialmente contra doenças graves, mas também contra doenças sintomáticas e, "portanto, é pouco provável que o aparecimento desta variante aumente a carga sobre os sistemas nacionais de saúde pública", completa a nota técnica.

O imunizante bivalente, produzido pela Pfizer/BioNTech, foi desenvolvido para aumentar a proteção contra a variante Ômicron do coronavírus, predominante no mundo desde o fim de 2021. No início, essas doses foram autorizadas apenas como aplicações de reforço, ou seja, depois de ao menos duas doses das vacinas monovalentes.

As doses originais, embora ainda altamente eficazes para prevenir desfechos graves, induzem uma resposta mais fraca para as novas versões do vírus devido às suas mutações.

Para os grupos populacionais considerados de maior risco para doença grave ao contrair a Covid-19, como os idosos e imunocomprometidos, essa diminuição é mais significativa, o que leva à necessidade de atualizar o esquema vacinal com o reforço adaptado.

A partir de 2024, as vacinas contra a Covid-19 serão incluídas no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de 6 meses a menores de 5 anos e grupos com maior risco de desenvolver as formas graves da doença, como idosos, imunocomprometidos, gestantes e puérperas.

No Brasil, em 2023, foram registrados 1.747.130 casos e 13.936 óbitos por Covid-19 até o dia 25 de novembro, sendo 29.638 casos novos e 319 novos óbitos de 19 a 25 de novembro. "À medida que o cenário for mudando, nossas recomendações também irão mudar, para termos respostas ainda melhores", publicou Maciel.

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