Saúde
PUBLICIDADE
Por — Brasília

As vacinas contra a Covid-19 serão incluídas no Calendário Nacional de Vacinação a partir de 2024. A recomendação vai priorizar crianças de 6 meses a menores de 5 anos e os grupos com maior risco de desenvolver as formas graves da doença, como idosos, imunocomprometidos, gestantes e puérperas e pessoas com comorbidade.

Assim como o imunizante contra a Influenza (o vírus da gripe), as vacinas contra a Covid-19 serão remodeladas a cada ano. O anúncio foi feito nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde. Segundo a secretária de Vigilância, Ethel Maciel, a incorporação da vacina contra a Covid no calendário nacional de vacinação segue diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).

— Nós temos 42 pessoas morrendo todos os dias no Brasil, por isso, o alerta é sempre importante. A Covid-19 é uma doença de monitoramento para o Ministério da Saúde — disse Maciel.

Em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, houve sinalização de aumento lento nas ocorrências de Síndrome Respiratórias Aguda (SRAG) positivas para Covid-19 na população de idade avançada, mas sem reflexo no total de casos identificados. Já Distrito Federal, Goiás e Rio de Janeiro, que anteriormente apresentavam alerta de crescimento, demonstraram indícios de interrupção no aumento de notificações.

Os pequenos com menos de 5 anos só foram incluídos na campanha vacinal em dezembro do ano passado, após uma consulta pública para manifestações da sociedade civil ser aberta pelo Ministério da Saúde.

A pasta abriu a consulta três meses após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar a autorização emergencial da vacina para bebês de 6 meses a 4 anos, aplicada no esquema de três doses e com formulação diferente daquela destinada às crianças maiores e aos adultos.

Em outubro de 2022, a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização do Programa Nacional de Imunizações (CTAI), composta por técnicos do Ministério da Saúde e especialistas externos, também recomendou a vacina para a faixa etária. Ainda assim, na época, a pasta deu o aval apenas para indivíduos com comorbidades.

A submissão do debate para a opinião pública foi alvo de críticas por especialistas, que na ocasião apontaram o caráter técnico da decisão e a maior demora em iniciar a vacinação com o processo. Segundo levantamento da Fiocruz, em 2022 o Brasil registrou uma morte por dia entre crianças de 6 meses a 5 anos devido à Covid-19.

A vacinação de crianças foi fonte de uma das mais controversas atuações do governo de Jair Bolsonaro. Na época da aprovação da primeira vacina para crianças acima de 5 anos, em dezembro de 2021, o então presidente chegou a ameaçar divulgar os nomes de servidores da Anvisa que atuaram na avaliação do imunizante.

A fala gerou uma crise com o diretor-presidente da agência, Antonio Barra Torres, que saiu em defesa do corpo técnico da Anvisa. Técnicos da instituição chegaram a receber ameaças de morte de negacionistas antivacina.

Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a vacinação infantil contra a Covid foi uma das mais impactadas pela disseminação de fake news sobre vacinas e a hesitação dos pais em imunizar os filhos. Em agosto, a Fiocruz mostrou que, embora as doses estejam disponíveis nos postos de saúde de todo o Brasil, cerca de 9 a cada 10 crianças com menos de 5 anos não foram completamente vacinadas contra a Covid-19.

De acordo com os dados levantados pelos pesquisadores, dos 13,1 milhões de brasileiros estimados com idades entre 6 meses e 4 anos, que são parte do público-alvo dos imunizantes, somente 11,4% receberam as aplicações indicadas como esquema primário pelo Ministério da Saúde.

Grupos que serão priorizados na campanha anual de vacinação contra a Covid:

  • Crianças de 6 meses a menores de 5 anos
  • Idosos
  • Imunocomprometidos
  • Gestantes e puérperas
  • Trabalhadores da saúde
  • Pessoas com comorbidades
  • Indígenas, ribeirinhos e quilombolas
  • Pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores
  • Pessoas com deficiência permanente
  • Pessoas privadas de liberdade maiores de 18 anos
  • Adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade
  • Pessoas em situação de rua

Mais recente Próxima Óculos inspirados em morcegos ajudam cegos a ‘enxergar’ usando o som; entenda

Inscreva-se na Newsletter: Saúde em dia

Mais do Globo

Comunicado oficial inclui alerta para obtenção de documentos em locais sem valor legal para pedidos de registros ou cidadania

Portugal divulga sites de golpes nos serviços de documentação

Bronze inédito consagra a trajetória de antigas e novas ginastas

Medalha de bronze da ginástica por equipes coroa trabalho de quatro décadas

‘Agora é que são elas!’ será apresentado de quarta (31) a domingo no Theatro Municipal

Comédia com textos de Fábio Porchat e Paulo Gustavo faz curta temporada em Niterói

Vereador pelo Rio de Janeiro tenta novamente a reeleição na cidade

Carluxo se desfaz de apartamentos no Rio

Afirmação de que está tudo normal na Venezuela sugerem que espanto com ameaça de banho de sangue não era para valer

Mortes e prisões na Venezuela de Maduro não são suficientes para assustar Lula

Atleta, que corre nesta quinta-feira, às 2h30 (de Brasília), nos 20km da marcha atlética, tem preparação em família

Caio Bonfim: ‘Não me importo que falem que sou filho de mamãe’

A falta do desjejum na rotina está associada a muitos malefícios para a saúde

Café da manhã: entenda por que pular a primeira refeição do dia pode ser ruim para o coração

As pessoas se desenvolvem de acordo com o estereótipo associado ao nome no nascimento, mostraram pesquisadores

A aparência de uma pessoa muda ao longo da vida como adaptação ao seu nome, segundo estudo