Medicina
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Por — São Paulo

A troca de válvula tricúspide por cateter, um procedimento pioneiro na América Latina, foi realizado recentemente no Hospital São Luiz Itaim, em São Paulo, que faz parte da Rede D'Or. Trata-se de um tratamento inédito para idosos insuficiência tricúspide em idosos com mais de 70 anos.

A doença inverte o curso sanguíneo normal, o que prejudica o funcionamento do coração e provoca cansaço, falta de ar, inchaço nas pernas e dificuldade de respirar. Em última instância, pode resultar em um quadro de insuficiência cardíaca.

A forma moderada ou severa da doença afeta cerca de 0,55% da população mundial. No entanto, em pessoas com mais de 70 anos, essa taxa sobe para 1,5% nos homens e 5,6% nas mulheres. Estudos mostram que o risco de morte de uma pessoa com doença nesse estágio é 2,5 vezes maior do que os pacientes com o coração saudável.

Para pacientes com menos de 65 anos com graus mais avançados da doença, a cirurgia convencional para troca da válvula - aquela que abre o peito do paciente e exige uso da circulação extracorpórea - é uma opção. No entanto, ela não é indicada para pacientes mais velhos devido ao alto risco de mortalidade.

Até o momento, a única opção terapêutica para pacientes com insuficiência tricúspide grave e idade mais avançada eram medicamentos diuréticos. No entanto, esses remédios apenas controlam os sintomas, mas não atuam diretamente na causa da doença. Além disso, chega um momento em que os medicamentos não teriam mais efeito e, muito provavelmente, o paciente sofreria um quadro de insuficiência cardíaca irreversível.

— Durante muito não houve nenhuma novidade terapêutica para essa condição porque acreditava-se que ela era controlável por meio de medicamentos. No entanto, eventualmente, apareceu a necessidade de ter um tratamento menos invasivo e efetivo para esses pacientes que não poderiam mais ficar em tratamento medicamentoso, mas também não poderiam ser submetido uma cirurgia convencional com peito aberto — explica o cardiologista intervencionista Vinicius Esteves, do Hospital São Luiz Itaim, responsável pelo procedimento.

O novo tratamento permite realizar a troca da válvula de forma minimamente invasiva. Um cateter é introduzido através de um pequeno furo preferencialmente na veia jugular direita, localizada na região do pescoço, e serve de veículo para transportar até o coração o dispositivo que será implantado no coração. A modalidade, que ainda está em fase de testes clínicos, permite recuperação mais rápida e menor tempo de internação em comparação com as intervenções que exigem a abertura do tórax.

No Brasil, a primeira paciente a ser submetida ao procedimento foi uma mulher de 79 anos, que já enfrentava muitas limitações devido à condição. Ela teve alta do hospital apenas quatro dias após a intervenção e a expectativa é que recupere uma qualidade de vida perdida, como a retomada de rotinas que antes eram impeditivas, como sair para andar. Outros três pacientes devem ser submetidos ao mesmo tipo de procedimento neste mês.

— Isso abre uma grande perspectiva de tratamento para um número elevado de pacientes no Brasil e na América Latina que estavam apenas tomando remédio esperando a evolução da doença — diz Esteves.

Existem outros estudos em andamento nos Estados Unidos e na Europa, onde o dispositivo já está em vias de ser aprovado pela agência reguladora local.

— Na área da cardiologia intervencionista, os dispositivos são geralmente desenvolvidos e testados em estudos na Europa nos Estados Unidos antes de chegar ao Brasil. Em geral, só temos acesso a elas depois de dois a quatro anos. Dessa vez aconteceu um fato interessante que foi a oportunidade de tratar esses pacientes com insuficiência tricúspide com essa válvula ao mesmo tempo que o registro europeu está em andamento. Isso é um dado relevante para o avanço da nossa tecnologia e para o avanço no tratamento desses pacientes — avalia o cardiologista.

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