Medicina
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Por O GLOBO — São Paulo

Não é novidade para ninguém que alimentos ultraprocessados, como pizza congelada e refeições prontas, fazem mal para a saúde. Entretanto, quem não gosta de cachorro-quente, salsicha, hambúrguer, batatas frita, refrigerantes, salgadinho, doces, sorvete, etc? Embora seja difícil resistir a essas comidas, o ideal é consumi-las com parcimônia.

A mais recente evidência sobre o assunto mostra que se os alimentos ultraprocessados corresponderem a mais de 20% da ingestão calórica diária, há aumento do risco de declínio cognitivo. Em uma dieta padrão, de 2 mil calorias, isso equivale a cerca de 400 calorias. Ainda de acordo com o estudo, publicado na revista científica JAMA Neurology, a parte do cérebro envolvida no funcionamento executivo – a capacidade de processar informações e tomar decisões – é especialmente afetada.

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) acompanharam 10.775 servidores públicos entre 2008 e 2019. Os participantes tinham entre 35 e 74 anos. Pouco mais da metade eram mulheres, brancas ou com formação superior, com idade média de 51 anos. Os voluntários foram submetidos a testes cognitivos no início e no final do estudo, que incluíram recordação imediata e tardia de palavras, reconhecimento de palavras e fluência verbal.

Todos também compartilharam informações sobre suas dietas. Eles disseram o que comeram e beberam no ano anterior à pesquisa, que foi convertido em gramas por dia. Os alimentos foram divididos em três grupos.

O primeiro foram alimentos não processados ​​ou minimamente processados, como frutas ou vegetais, grãos, carnes e peixes, e ingredientes culinários processados, como açúcar de mesa, óleos, sal. O segundo, de alimentos processados, que utilizavam ingredientes para conservar alimentos naturais, e incluíam frutas enlatadas e carnes ou peixes salgados, defumados ou curados. Por fim, os ultraprocessados, que utilizavam aditivos não encontrados nas preparações caseiras, como aromatizantes, corantes, adoçantes, emulsificantes.

Os participantes foram divididos em quatro grupos, com base na quantidade de alimentos ultraprocessados ​​ingeridos como proporção de sua dieta total.

Os resultados, apresentados na segunda-feira na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer, realizada em San Diego (EUA), mostraram que homens e mulheres que comeram mais alimentos ultraprocessados ​​tiveram uma taxa 28% mais rápida de declínio cognitivo global e uma taxa 25% mais rápida de declínio da função executiva em comparação com pessoas que comeram a menor quantidade de alimentos excessivamente processados. A pontuação de memória também caiu 6%, mas os pesquisadores afirmam que essa não é uma diferença significativa.

A equipe sugeriu que as citocinas – proteínas inflamatórias produzidas pelo corpo que são estimuladas por esses alimentos – podem estar por trás do aumento da taxa de declínio. Pesquisas anteriores já haviam associado produtos químicos ao declínio cognitivo.

Alimentos ultraprocessados ​​geralmente têm maior teor de açúcar, sal e gordura saturada em comparação com alimentos menos processados. O termo abrange alimentos que contêm ingredientes que uma pessoa não adicionaria ao cozinhar em casa – como produtos químicos, corantes e conservantes.

Já se sabe que esses alimentos ​​aumentam o risco de obesidade, problemas cardiovasculares, diabetes, câncer e estão associados à redução da expectativa de vida. Para evitar esses riscos, os especialistas recomendam evitar o consumo de alimentos ultraprocessados ​​e priorizar a ingestão de alimentos de alta qualidade, como frutas, vegetais e grãos integrais.

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