Saúde
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Por O Globo

Coceira e vermelhidão na pele, que podem provocar feridas incômodas, são comumente associadas somente a alergias. Porém, muitas vezes, as causas podem envolver outros fatores e tratar-se de um dos muitos tipos de dermatite. Também conhecido como eczema, dermatite é uma condição inflamatória da pele que pode atingir qualquer parte do corpo e ser associada a quadros e diagnósticos distintos.

Quais são os sintomas da dermatite?

Os sintomas variam de acordo com cada tipo de dermatite, porém os mais comuns são:

  • Vermelhidão;
  • Coceira;
  • Erupções cutâneas;
  • Descamação;
  • Feridas;
  • Formação de bolhas;
  • Sensação de queimação ou dor;
  • Sensação de ressecamento;
  • Hipersensibilidade;
  • Espessamento da pele, em casos de dermatite crônica.

Quais são os 7 tipos de dermatite? E quais as causas?

Existem diversos tipos de dermatite. Os 7 mais conhecidos são:

  • Dermatite de contato: é uma reação inflamatória que acontece quando a pele é exposta a algum tipo de componente que cause alergia ou irritação, como alguns cosméticos, produtos químicos, entre outros;
  • Dermatite atópica: mais comum nas dobras dos braços e na parte de trás dos joelhos, é uma doença crônica de pele que pode vir acompanhada de rinite alérgica ou asma. Geralmente é relacionada a uma predisposição genética, histórico familiar e exposição a fatores ambientais, como pólen, ácaros e irritantes;
  • Dermatite seborreica: costuma aparecer nas regiões onde há maior produção de sebo, como couro cabeludo e rosto. No couro cabeludo, essa forma de dermatite é conhecida como caspa. Estresse e fatores ambientais podem influenciar o surgimento, ainda que não se saiba a causa exata. Acredita-se haver também fatores genéticos ligados ao quadro;
  • Dermatite perioral: também chamada de periorificial, é caracterizada por lesões ao redor da boca, nas laterais do nariz e próximo ao queixo. Não se sabe exatamente a causa, mas costuma estar associada ao uso de determinados medicamentos, cremes ou pastas de dente;
  • Dermatite esfoliativa: é um quadro mais grave, porém mais raro. Também chamado de eritrodermia, suas lesões atingem uma parte maior do corpo, chegando a 70% da superfície da pele. As causas costumam estar associadas a outros problemas de saúde, como psoríase, reações medicamentosas, infecções, doenças autoimunes, e pode até mesmo ser uma manifestação de um tipo de câncer. Por isso, é importante a avaliação médica;
  • Dermatite numular: é o nome dado para quando as manchas são arredondadas em forma de moeda e podem evoluir para bolhas e vazar um líquido claro. As causas podem envolver lesões prévias, infecções, alergias, entre outros fatores que inflamam a pele.
  • Dermatite bolhosa: também chamada de herpetiforme, é uma forma de dermatite marcada pela formação de bolhas, que podem aparecer em qualquer região do corpo. Pode estar associada à doença celíaca, condição autoimune em que o corpo reage de forma anormal ao glúten, e a outros transtornos, como epidermólise bolhosa e lúpus. Também pode ser provocado por fatores que causam outras dermatites, como mudanças na temperatura, contato com agentes externos e estresse.

Como saber se é dermatite ou alergia?

A dermatite é uma inflamação da pele que pode ter como uma das causas o contato com um alérgeno, ou seja, uma substância capaz de provocar uma reação alérgica em determinadas pessoas.

Para avaliar se os sintomas são de fato referentes a uma alergia ou algum outro tipo de dermatite, é preciso procurar um dermatologista. Ele poderá realizar o devido diagnóstico e orientar o tratamento adequado.

Como tratar a dermatite?

O tratamento da dermatite vai depender do seu tipo. Pode envolver:

  • Cremes para a pele;
  • Medicamentos orais, como corticoides ou antialérgicos:
  • Shampoos especiais, no caso da seborreica;
  • Intervenções direcionadas à causa primária, quando é associada a outras doenças.

— Na maioria dos casos, receitamos um medicamento de uso oral para alívio da coceira e um de uso tópico para a redução do processo inflamatório — diz a dermatologista Regina Schechtman, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O tratamento é capaz de controlar e aliviar os sintomas. Porém, nos casos de dermatite crônica, como a atópica, não existe uma forma de curar a doença.

Há algum grupo de pessoas que estão mais vulneráveis à dermatite?

Regina afirma que é comum que a dermatite seborreica aconteça no inverno, pela queda da temperatura, e nos extremos de idade (crianças e idosos), por conta de mudanças hormonais importantes que alteram a flora da pele.

Já a dermatite por contato é comum em trabalhadores específicos, como médicos e cirurgiões que lavam as mãos com muita frequência, profissionais que fazem o manuseio de substâncias químicas, entre outros.

Além disso, estão mais expostas à dermatite no geral pessoas que estão passando por momentos emocionais difíceis ligados a altos níveis de estresse, quem têm histórico familiar do problema ou que têm a pele mais sensível.

Como prevenir a dermatite?

Como são vários tipos de dermatite, há formas diferentes de prevenir:

  • Tomar banhos mais curtos e frios pode ajudar na prevenção contra a seborreica.
  • O uso de sabonetes e produtos de limpeza neutros previne contra a dermatite de contato;
  • É importante sempre secar bem a pele e hidratá-la para mantê-la saudável, evitando a inflamação da barreira cutânea.

Fontes: Rede D’Or; Ministério da Saúde; Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a dermatologista Regina Schechtman, membro da SBD.

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