Teatro e dança
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Por — Rio de Janeiro

Trinta e seis anos após participar da minissérie “O pagador de promessas” (Tizuka Yamasaki), na Rede Globo, como o sertanejo Lula, Diogo Vilela volta a encenar o texto de Dias Gomes, mas agora como o protagonista Zé do Burro na montagem que estreia na Casa de Cultura Laura Alvim, sob direção de Marcus Alvisi.

Lançada em 1962, a peça virou filme no mesmo ano pelas mãos de Anselmo Duarte, conquistando a Palma de Ouro no Festival de Cannes. A trama aborda temos como sincretismo e intolerância religiosa ao contar a história de Zé, que, quando seu burro adoece, promete a Iansã ( Santa Bárbara no catolicismo) carregar uma cruz até Salvador. Ao chegar lá é impedido de entrar na igreja, causando comoção na cidade. Mais de 60 anos depois, o texto segue atual, diz Diogo:

— É impressionante como o texto é preciso e tem tudo a ver com o que a gente questiona hoje.

A peça marca a estreia da Cia. Funarj de Teatro, Arte e Repertório, grupo de teatro público, com curadoria do próprio Diogo.

— Meu sonho era ter uma companhia de teatro, nos moldes da Casa de Molière, na França. E agora temos esse, com bolsistas da fundação. Escolhemos “O pagador de promessas” por ser uma peça de um grande dramaturgo brasileiro e com muitos personagens para todo elenco (que conta ainda com os atores convidados Patrícia Pinho, Luiz Furlanetto.

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