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Veterano quando o assunto é adaptação da Broadway, o diretor carioca Gustavo Barchilon (nome por trás de “Funny Girl — A garota genial”, “Bob Esponja, o musical” e outros) traz mais um espetáculo de Manhattan Street (NY) para o Rio. Nesta sexta-feira (5), a comédia musical “Something rotten!” ou “Alguma coisa podre” — referência à clássica frase de Hamlet: “Há algo de podre no reino da Dinamarca” — chega ao Teatro Casa Grande com adaptação assinada por Claudio Botelho.
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Sucesso de crítica nos EUA, a peça também recebeu elogios pela temporada em São Paulo, em 2023, ganhando quatro estatuetas das 11 a que concorria no Prêmio Bibi Ferreira.
A trama, ambientada na Inglaterra do século XVI, usa da metalinguagem para narrar a rivalidade entre os irmãos Nick (Marcos Veras) e Nigel do Rêgo Soutto (Leo Bahia) e William Shakespeare (George Sauma). Na história, os dois lutam para lançar uma peça que alcance mais prestígio que os projetos do bardo. No meio dessa batalha travada nos palcos, Nick procura a ajuda de Nostradamus (Wendell Bendelack), que diz que, no futuro, “os atores cantarão suas falas”.
Estreante em musicais, o protagonista Marcos Veras garante que a montagem nacional “não deixa nada a desejar” às da Broadway.
— É a primeira vez que esta peça é montada no país, e a adaptação trouxe a bossa e o charme que só o brasileiro tem, através de nosso humor, ironia e deboche.
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Para Barchilon, apesar de ambientada na Renascença, a sátira ganha esse humor à la Brasil por causa dos comediantes no elenco, que conta ainda com Laila Garin.
— Achar atores que cantam, dançam e ainda façam o público rir foi o maior desafio — conta o diretor, acrescentando que também não foi fácil traduzir de forma cômica as minúcias de Shakespeare. — Quem viu na Broadway fica surpreso em como a peça ficou muito brasileira.
Programe-se:
Onde: Teatro Casa Grande. Leblon. Quando: Qui e sex, às 20h30. Sáb, às 19h30. Dom, às 17h30. Até 5 de maio. Estreia sexta, dia 5. Quanto: De R$ 50 (balcão setor 2) a R$ 200 (plateia VIP). Classificação: 14 anos.