É preciso estar atento ao ponto onde funciona o Oteque, uma casa de esquina de fachada pouco iluminada e tons discretos, mas que não escapou do olhar aguçado dos inspetores do Guia Michelin: ainda nos primeiros meses de funcionamento, o restaurante ganhou a sua primeira estrela. Hoje, ostenta duas delas. É das poucas casas do Rio com esse reconhecimento. Mas, passou da porta, o cenário muda de figura: um belo salão se vislumbra, elegante, com a cozinha aberta. Um show. E quem quiser acompanhar o passo a passo dos pratos pode ficar no balcão. Em 76ª lugar na lista dos melhores do mundo, o Oteque tem à frente Alberto Landgraf, que há coisa de um mês fincou bandeira no exterior: abriu o Bossa, em Londres. Em Botafogo, são poucas mesas no salão, sempre com muitos visitantes de fora.
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O sistema é de menu degustação, com oito etapas (R$ 735). Um belo mostruário das técnicas, da criatividade e da modernidade da cozinha de Landgraf. As atrações mudam conforme a disponibilidade dos ingredientes. Pode ter ouriço com creme de mexilhão e cebola assada, atum bluefin com vinagrete de alga e pinole, músculo braseado com cenoura assada, tutano e castanha caramelizada, e sorbet de coco verde com praliné de coco.
A harmonização com vinhos custa R$ 600 ou R$ 800 (a premium), mas é possível optar por uma garrafa (a partir de R$ 475) ou uma taça (a partir de R$ 100). E não uma taça qualquer, mas da marca austríaca Zalto, a melhor do mundo. Nada escapa a Landgraf. É luxo só.
Rua Conde de Irajá 581, Botafogo (3486-5758). Ter a sáb, das 19h às 23h30.