A merendeira Priscila Araújo Barbosa, de 31 anos, que teve a mandíbula dilacerada após ser atingida por uma panela de pressão enquanto preparava comida para uma festa julina escolar, na Zona Norte do Rio, deixou o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Getúlio Vargas, na Penha, neste sábado. Segundo familiares, Priscila, internada desde quarta-feira em estado grave, precisou passar por uma cirurgia de seis horas, onde foi submetida a uma traqueostomia.
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Fernanda Barcelos, que é prima da vítima, contou ao GLOBO que, apesar do estado de saúde dela ser considerado estável pelos médicos, a força da batida durante a explosão da panela fez com que a merendeira perdesse parte dos dentes, além de ocasionar um corte profundo da boca até a orelha.
— Ela nasceu de novo. Graças a Deus os médicos disseram que minha prima vai ficar bem e se recuperar. Priscila vai precisar de fisioterapia, mas sairá dessa logo — afirmou Fernanda, ao ressaltar que a merendeira ainda não tem previsão de alta.
O acidente ocorreu na Escola Municipal Embaixador Barros Hurtado, em Cordovil. Funcionários preparavam quitutes na cozinha da unidade para uma festa julina quando a panela se rompeu. Além de Priscila, um segundo cozinheiro identificado como Luiz Paulo Soares do Nascimento, de 51 anos, também ficou ferido e foi levado para o mesmo hospital, mas já teve alta logo depois.
Um terceiro merendeiro, que não teve a identidade revelada e estava no local no momento do incidente, não se feriu.
De acordo com parentes, a cozinheira trabalhava na unidade escolar há três anos. Ela também já vinha se queixado das condições precárias em que estavam as panelas da cozinha do colégio.
— Minha irmã sofreu fraturas na face e perdeu vários dentes. Ela também quebrou a mandíbula e a língua ficou pendurada. Esse acidente ocorreu em um momento muito difícil para a família. Nossa mãe está em tratamento de um câncer e, agora, aconteceu isso. Ela está estável, porém, ainda é grave—contou a enfermeira Talita, irmã de Priscila. — Ela comentou que (as panelas) estavam velhas, muito usadas e precisavam de ser trocadas. Um dos problemas era o uso intensivo. Isso porque a escola também oferece aulas à noite, quando a gestão do espaço é do governo do Estado. Havia o problema e faltou fiscalização — contou a enfermeira.
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