Dois homens foram baleados e morreram durante um confronto entre policiais e criminosos na região da Muzema, na Zona Oeste do Rio, na noite de sexta-feira. Um deles foi identificado como Mateus da Silva Ferreira, de 22 anos, conhecido nas redes sociais como Mateus Doido. Ele atuava como influenciador digital, acumulando mais de 70 mil seguidores no Instagram, onde compartilhava vídeos fazendo "grau", manobras arriscadas de moto. A identidade do outro homem ainda não foi divulgada.
Segundo a Polícia Militar, agentes da Subsecretaria de Inteligência foram à Muzema cumprir um pedido de busca por volta das 19h10 de sexta. Quando chegaram na comunidade Dona Dalva foram atacados por cerca de 10 criminosos armados com fuzis. Durante o confronto, os policiais se abrigaram em um prédio e solicitaram apoio do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Após a chegada da equipe, teriam saído do imóvel e encontraram quatro suspeitos feridos, levando-os, em seguida, para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra, onde dois morreram.
Três criminosos foram encontrados na posse de "três fuzis, granadas, munições e farta quantidade de drogas". A PM informa que Mateus "fazia parte do grupo de três suspeitos encontrados com fuzis", enfatizando que o mesmo estava na posse de uma das armas.
Segundo a família de Mateus, o rapaz não tinha qualquer envolvimento com o tráfico local e não participava do confronto com os policiais. A namorada contou ao "G1" que ele havia saído para buscar uma encomenda feita pela internet e foi atingido antes de voltar para casa. Eles ainda acusam policiais de terem dificultado o socorro à Mateus, quando foi baleado.
Um quarto suspeito ainda foi encontrado ferido em um imóvel na Dona Dalva, de onde os agentes constataram que havia um mandado de prisão aberto contra ele. Além dos mortos, a PM reforça que foram apreendidos três fuzis calibre 5.56, dois carregadores, 14 munições calibre 5.56, 11 granadas e um celular.
O caso foi registrado na 16ªDP (Barra da Tijuca), mas, após a confirmação dos mortos, foi transferido para a Delegacia de Homicídios da Capital. Os policiais militares envolvidos na ação foram ouvidos e as armas apreendidas para a perícia. A investigação está em andamento para esclarecer a dinâmica dos fatos.
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