Onde está Anic? Polícia não descarta realizar nova escavação para procurar corpo de advogada desaparecida há 113 dias

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A principal linha investigada pela polícia é a de que a advogada tenha sido assassinada. Segundo um relatório de investigação, a vítima entrou num carro dirigido pelo técnico de informática Lourival Correa Netto Fadiga, após caminhar por um pequeno trecho, logo assim que saiu do shopping. Preso desde o dia 20 de março, e principal suspeito de ser o responsável pelo sumiço, Lourival era amigo da família da advogada há três anos. Ele se apresentou falsamente como policial federal e foi responsável pela segurança de Anic e do marido dela, o professor Benjamim Cordeiro Herdy, chegando, inclusive, a acompanhar o casal em algumas viagens pelo país.

Benjamim é um dos herdeiros de um complexo educacional que deu origem a uma universidade particular, vendida em 2021, para outro grupo educador. Pouco mais de sete horas após Anic desaparecer, ele recebeu uma mensagem em seu telefone onde uma pessoa dizia estar com a advogada e exigia uma quantia de R$ 4,6 milhões para que ela fosse liberada. O pagamento foi concluído pela família da advogada no dia 11 de março, quando outra parte do valor já havia sido depositada em 40 contas indicadas por Lourival. A vítima, no entanto, nunca apareceu, e o caso só foi registrado na 105ªDP no dia 14 de março. Seis dias depois, o técnico de informática e principal suspeito de ser o responsável pelo sumiço da advogada foi preso.

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Lourival teria pesquisado na internet o endereço do sítio onde a polícia fez buscas, no dia 22 de maio. No dia 11 de março, o técnico de informática comprou uma picape de luxo por R$ 500 mil, pagando pelo veículo em espécie, em uma concessionária da Barra da Tijuca. Nesta mesma data, ele e o marido de Anic levaram a parte em dinheiro do regaste para ser entregue a quem dizia estar com a vítima.

A quantia deveria ser levada até um shopping, na Zona Oeste do Rio. No meio do caminho, no entanto, o técnico de informática disse ter recebido uma nova mensagem, em seu telefone, informando que ele deveria ir sozinho para colocar os valores em uma cesta de lixo do terreirão, no Recreio dos Bandeirantes. Já Benjamim deveria ir ao shopping aguardar pela liberação da mulher.

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Ao investigar o caso, a polícia descobriu que Lourival não foi ao Terreirão e sim a uma concessionária onde comprou uma picape. Uma motocicleta no valor de R$ 30 mil também foi adquirida. Os dois veículos já foram apreendidos. Uma parte do dinheiro do resgate que seria transformada em criptomoeda, cerca de R$ 790 mil, também foi recuperada.