O contraventor Ailton Guimarães Jorge, conhecido como Capitão Guimarães, marcou presença no sorteio da ordem dos desfiles das escolas de samba do Rio, na noite desta quinta-feira, na Cidade do Samba. Isso acontece pouco mais de um mês após ter sua prisão preventiva domiciliar revogada, beneficiado por decisão da juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo.
Capitão Guimarães entrou na área vip do evento às 21h, e uma das primeiras pessoas com quem parou para conversar foi Jorge Perlingeiro, ex-presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) e leitor das notas nas apurações.
![Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, conversando com Jorge Perlingeiro no sorteio que definiu ordem dos desfiles do carnaval 2025 — Foto: Agência O Globo](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/2sZ-zXpcCjdV1cpKAJiHP6yhq8I=/0x487:960x1069/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/L/Y/FyaKMlQvOnmGBWRWuWIw/capitoa.jpeg)
Já sobre o tapete vermelho, ele posou para fotos ao lado da esposa, Beth Guimarães, e de dois representantes da Unidos de Vila Isabel, escola da qual é patrono: a rainha de bateria Sabrina Sato e o presidente da agremiação, Luiz Guimarães, seu filho.
Prisão revogada
No início de abril, a juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, decidiu por relaxar a prisão do Capitão Guimarães, do policial civil Alzino Carvalho de Souza e Deveraldo Lima Barreira devido a um pedido das defesas dos réus alegando a anulação de provas contra eles, conforme noticiado pelo blog "Segredos do Crime".
Eles são acusados do homicídio do pastor Fábio de Aguiar Sardinha, morto a tiros em um posto de gasolina em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, em julho de 2020. Apesar da prisão domiciliar revogada, o uso de tornozeleira eletrônica foi mantido, assim como outra medida cautelar: a proibição de contato com testemunhas do processo.
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Em janeiro, os advogados dos réus já haviam conseguido obter a anulação da ação penal em que o patrono da Vila Isabel e mais 15 réus respondiam pelo crime de organização criminosa. O juiz Juarez Costa de Andrade, da 2ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), decidiu em favor deles em decorrência de uma decisão de dezembro de 2022, quando Ricardo Lewandowski ainda era ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) — atualmente é ministro da Justiça e Segurança Pública.
Na época, Lewandowski julgou nulas as provas obtidas em contas de e-mail, antes de autorização judicial. O caso, que criou tal entendimento, foi um julgamento referente às fraudes no Departamento de Trânsito (Detran) do Paraná. As provas se baseavam em uma conta de e-mail após o Ministério Público pedir a provedoras de internet, ainda sem ordem judicial, a preservação dos dados. Para Lewandowski, tal pedido só poderia ter ocorrido após a autorização da Justiça, mesmo que o MP não tenha tido acesso antes.
Anísio também presente
Outro nome da contravenção carioca, Anísio Abraão David, patrono da Beija-Flor de Nilópolis, também prestigiou o evento. Este foi o primeiro sorteio da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) sob a presidência de seu filho, Gabriel David, eleito para o cargo em abril.
Andando, sem o auxílio da scooter que usou na Marquês de Sapucaí no último carnaval, Anísio chegou à Cidade do Samba cerca de 15 minutos depois que Capitão Guimarães.
![Anísio Abraão Davi, vestido de preto, entrou caminhando na Cidade do Samba — Foto: Agência O Globo](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/LqnpShH_-1Pig45DauvAM4V6wh0=/0x0:1077x1077/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/A/x/yzE7K4RAWky0sMNLjeDA/anisio.jpeg)
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