Rio
PUBLICIDADE
Por — Rio de Janeiro

Chuvas em volumes sem precedentes e ondas de calor. Só neste mês, as altas temperaturas de um outono atípico funcionaram como um bloqueio que impediu a dispersão das chuvas no Rio Grande do Sul. A tragédia expôs a urgência por soluções inovadoras. Na segunda edição do ano do Diálogos RJ, realizado pelo jornal O GLOBO, autoridades e especialistas debatem os desafios e as respostas para amenizar os impactos dos extremos climáticos na população, na economia e no meio ambiente. O evento tem inscrições gratuitas no site do GLOBO e acontecerá na próxima segunda-feira, dia 27, no auditório da Editora Globo, na Rua Marquês de Pombal, 25, no Centro.

O estado do Rio tem 65 municípios na lista prioritária do governo federal para a gestão de riscos e desastres. Em janeiro, a chuva que atingiu a Baixada Fluminense deixou ao menos 12 pessoas mortas. Em Duque de Caxias, em apenas 24 horas, choveu 200 milímetros, a maior concentração da história da cidade.

Diante dessa realidade, o primeiro painel lança a pergunta: “É possível se preparar para eventos climáticos extremos?”. O primeiro passo, segundo Gustavo Mello, economista com MBA em Gerenciamento de Riscos pela Coppe-UFRJ, é reduzir as emissões de gases do efeito estufa.

— A segunda coisa é reflorestar e proteger os ecossistemas costeiros alagáveis. Tanto para sequestro de carbono quanto para frear o impacto de chuvas. Além das soluções de engenharia, como drenagem e contenção de encostas. Acho que em 30 anos a gente pode estar em patamar melhor. As novas gerações estão mais comprometidas – acredita Gustavo, que participar á da primeira mesa do evento com mediação de Ana Lucia Azevedo, repórter especial do GLOBO.

A distribuição das responsabilidades e a preparação da comunidade são fundamentais para uma resposta eficaz, segundo Kellen Salles, diretora da Escola de Defesa Civil do Rio. A instituição oferece treinamento para lidar com desastres para as forças armadas, agentes estaduais, municipais e para a sociedade civil.

— Existem preparações diversas, como o planejamento e a operacionalização de um abrigo, de campanhas de donativos e de rotas de fuga em enchentes. Antes de o desastre acontecer, a população precisa receber orientação. No Rio Grande do Sul, as pessoas recebiam o alarme, mas não sabiam o que fazer – afirma Kellen.

Também participam do primeiro painel Carlos Machado, coordenador do Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde Pública da Fiocruz, José Antônio Marengo Orsini, climatologista e coordenador geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), e Marcio Romano, coronel bombeiro militar e subsecretário de Defesa Civil do Rio.

Nos últimos 30 anos, o território das cidades passou por transformações, principalmente no Rio Grande do Sul, com as plantações de soja, diz Marcelo Motta, geógrafo do Departamento de Arquitetura e Urbanismo e diretor de Meio Ambiente da PUC-Rio. A consequência foi o crescimento e a ocupação desordenados.

— As bacias de drenagem foram alteradas, o espaço geográfico foi modificado. As chuvas, mesmo que normais, passam a ser torrenciais. Temos um modelo de ocupação equivocado e fora das dinâmicas naturais do ambiente tropical – pontua o geógrafo, que irá participar da segunda mesa, que debate a “Construção de cidades resilientes às mudanças climáticas”.

No segundo painel também estarão presentes Douglas Ruas, secretário estadual das Cidades, e Matheus Martins, professor e especialista de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Escola Politécnica da UFRJ.

No estado do Rio, a urbanização é o principal fator responsável por tornar as áreas impermeáveis, fazendo com que a chuva precise ser retardada de outras maneiras. Cada município tem uma necessidade específica para lidar com os eventos extremos, explica Larissa Ferreira da Costa, assessora especial de Cidades Resilientes da Secretaria estadual do Ambiente e Sustentabilidade, que também participará do debate sobre cidades resilientes:

— Nossa função é ajudar os municípios a conhecer os riscos e apoiar soluções baseadas na natureza, como o replantio, telhados verdes e a engenharia cinza, como intervenções hidráulicas ou um sistema de comportas para a vazão das chuvas.

Mais recente Próxima 'Sei que você já andava desconfiado': suposta mensagem de Anic ao marido menciona traição

Inscreva-se na Newsletter: Notícias do Rio

Mais do O Globo

Seleção perdeu para Camarões, mas garantiu primeiro lugar no grupo pelo saldo de pontos

Decisão foi tomada em sessão do plenário-virtual da Corte; Maioria seguiu voto de Nunes Marques

STF derruba lei que pagava salário-esposa a servidores no litoral de São Paulo; entenda o benefício

Pré-estreia da ópera 'Il Trittico' é destaque das comemorações pelos 115 anos da instituição

Theatro Municipal do Rio abre venda de ingressos para ópera de Puccini; saiba como comprar

O jogo entre o tricolor sulista e o alviverde acontecerá nesta quinta-feira (04), às 19h (de Brasília), a partida terá transmissão do Premiere

Grêmio x Palmeiras: onde assistir ao vivo ao jogo do Campeonato Brasileiro

Casos da doença, que pode ser prevenida com vacina, estão aumentando

A coqueluche do momento

No país que reina no marketing esportivo com ligas de impacto global como a NBA ou a NFL, competição de seleções mais antiga do mundo está passando despercebida

Americanos mostram indiferença à disputa da Copa América no país: 'Estou descobrindo'

Craques brasileiros aproveitaram a folga para irem até o show do cantor em São Paulo

Mumuzinho reúne Thiago Silva e Coutinho em gravação de DVD em São Paulo; fotos

Modelo Aline Ferreira morreu na terça-feira; dona de clínica foi presa pela Polícia Civil de Goiás

Após influencer morrer por aplicação de PMMA, Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta para risco de substância

São três novos produtos ao cardápio por tempo limitado; as caixinhas do McLanche Feliz terão uma das 12 miniaturas da campanha

'Meu malvado favorito 4' traz novidades  para o cardápio do Méqui e no McLanche Feliz

Casamento foi celebrado na Irlanda em 1999; casal está junto desde 1997

David e Victoria Beckham celebram 25 anos de casamento e recriam looks roxos icônicos usados no casório; veja fotos