Rio
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Alertados sobre a dimensão que as chuvas podem tomar a partir da noite desta quinta-feira, municípios fluminenses já se preparam para acudir a população caso a previsão se torne realidade. Em caso de urgência, os cidadãos podem acionar a Defesa Civil, pelo telefone 199, ou os bombeiros (193).

Em Teresópolis, a Defesa Civil municipal observa haver “uma preocupação significativa” com a previsão de “acumulados pluviométricos alarmantes”, que indicam alto risco de deslizamentos de terra, enchente e queda de árvores. O órgão informa que suas equipes estão “de sobreaviso e preparadas para o atendimento em caso de emergência”. Na cidade, um muro de contenção construído no bairro do Caleme, atingido nas chuvas de 2011, foi entregue ontem.

Petrópolis, que teve mais de 200 mortos na tragédia climática de janeiro de 2022, emitiu um aviso meteorológico, que dura até a tarde de segunda-feira, em função da expectativa de “acumulados significativos (de chuva) no período de vigência do aviso”. A Defesa Civil da cidade diz que segue monitorando o tempo, podendo emitir alertas a qualquer momento. O prefeito Rubens Bomtempo também convocou o Comitê de Ações Emergenciais e instalou o Centro Integrado de Comando e Controle.

Como se formará a chuva — Foto: Editoria de Arte
Como se formará a chuva — Foto: Editoria de Arte

Com 36 sirenes instaladas, a prefeitura de Friburgo informa que foram realizados simulados e que inaugurou obras de drenagem nos bairros de Olaria e do Centro. O município conta ainda com novos computadores na sala de monitoramento e viaturas 4x4 adquiridas para atender ocorrências em terrenos adversos.

Em Niterói, a Defesa Civil está com toda a sua equipe de prontidão e conta ainda com mais de três mil voluntários para atuar em caso de chuvas fortes. Outros dois mil agentes também poderão ser mobilizados para atuar em casos de emergência.

Risco de deslizamento — Foto: Editoria de Arte
Risco de deslizamento — Foto: Editoria de Arte

Na Baixada, que ficou debaixo d’água durante os temporais de janeiro e fevereiro, Caxias diz que “todo o seu efetivo está mobilizado e de prontidão para atuar em caso de necessidade”. Já Nova Iguaçu informa seguir um plano de contingência em caso de eventos climáticos extremos e que poderá abrir pontos de atendimento e abrigos temporários.

App de conversa na favela

A situação não é diferente na capital, em que também é seguido um plano de mobilização: o Plano Verão. Além de estender horários das equipes, caso seja necessário, as medidas incluem um trabalho preventivo, como o de desassoreamento de rios, obras contra deslizamentos de encostas, e limpeza de ralos.

William de Oliveira, líder comunitário da Rocinha, explica que é alertado pela Defesa Civil em casos de previsão de mudança do tempo, como desta vez. Ontem, diz, representantes da associação de moradores começaram a acionar vizinhos por WhatsApp ou telefone. Há quatro pontos de apoio definidos.

No Vidigal, o presidente da Associação de Moradores local, Márcio de Faria, o Mazola, também recebeu alerta da Defesa Civil sobre o temporal previsto, repassado aos moradores por Zap:

— Nossa maior preocupação é com a área da Jaqueira, onde houve deslizamento em 2019. As obras de contenção começaram no ano passado e só metade está pronta.

Já o presidente da Associação de Moradores da Grota, no Complexo do Alemão, Marco Antônio Quintal, ainda não recebeu o alerta:

— Mas costumam avisar. De qualquer forma e de nossas sirenes estarem funcionando, sempre ficamos preocupados quando se escuta que um temporal está chegando, porque temos algumas áreas de risco.

Choque de massas

Antes de voltar os olhos para o céu, os meteorologistas estão atentos à previsão do tempo para o estado do Rio nos próximos dias. A chegada de uma frente fria, que deve mostrar suas garras já na noite de hoje, trará grandes acumulados de chuva que persistirão até domingo, causados pelo choque de massas: a de ar frio, que está a caminho, com a de ar quente, que prevaleceu nos últimos dias. Os números são alarmantes e indicam que pode chover 200 milímetros por dia — volume maior do que o da média prevista para março inteiro na capital (135mm); ou quase o esperado para todo este mês em Petrópolis (207,5mm) — dependendo da localidade.

Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), criado após a tragédia de 2011 na Região Serrana, que deixou mais de 900 mortos, o maior risco dessa vez está nas regiões Metropolitana, Serrana e no litoral Sul.

A situação preocupa autoridades e motivou uma reunião, na manhã de ontem, de representantes do Cemaden com as Defesas Civis fluminenses (estadual, da capital, assim como as de cidades da Serra), para deixar a população de sobreaviso. O órgão nacional emitiu aviso de “grande perigo” — seu maior nível de alerta — para todo o estado, devido à previsão de grandes volumes de chuva e ventos fortes.

Mesmo com o início ontem do outono, uma estação menos chuvosa, a atmosfera não tem um botão de liga e desliga de uma estação para a outra, o que faz com que a climatologia espere chuvas intensas no Rio até abril.

—Tom Jobim estava errado ao falar das águas de março fechando o verão, porque as chuvas de abril ainda serão resquícios do verão — explica Thiago Sousa, meteorologista do Inmet-Rio.

O Climatempo emitiu alerta de que essa será uma situação “excepcional” e que os níveis pluviométricos entre hoje e domingo “podem superar o volume médio para todo o mês de março em 24/48 horas”.

— A gente vem de um cenário de dias muitos quentes no Rio e terá uma frente fria que vai quebrar esse cenário. Esse é um contexto de choque de massas, uma muito quente com uma muito fria, o que preocupa os meteorologistas (por causar temporais) — diz Guilherme Alves, meteorologista do Climatempo.

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