Rio
PUBLICIDADE
Por e — Rio de Janeiro

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 24/06/2024 - 11:23

Inovações do Verão no Rio

Tendências do verão no Rio incluem novidades como chuveirão no bar, bike boat, picolé para pets e foto polaroid. O calor intenso traz mudanças nos hábitos dos cariocas. A estação promete ser mais quente do que nunca, com novas formas de se refrescar e aproveitar as praias.

O Rio 40°C ficou para trás. Agora, a sensação térmica bate os 60ºC, como mostraram os termômetros antes mesmo de o verão se aproximar. Se a dois meses da estação mais quente do ano já foi possível sentir as altas ondas de calor assolando a cidade e causando mudanças nos hábitos, o que se pode esperar para os próximos dias, em que de fato a primavera irá embora, é que cariocas e turistas tenham que aderir a novas táticas para se refrescar.

Algumas delas já começaram a aparecer como tendências para a estação que chegará dia 22: o happy hour saiu do bar e foi para o quiosque, de noite, em frente ao mar. Acontece, por exemplo, no Ginga, do Leme. Em outro ponto da orla, na Praia do Pepino, em São Conrado, uma festa com DJ aconteceu na última sexta-feira, desde as 14h até a noite: a Soga Sunset. E há ambiente para dois públicos: o que prefere se sentar na cadeira de praia e ter a “experiência completa” ou o que acha melhor tirar o pé da areia para bebericar no calçadão.

Quando o sol se põe

Existe ainda a turma do banho de lua, que não tem pressa de ir embora e leva seus próprios quitutes para a praia, mesmo sem festa.

— As luzes acendem, a gente fica conversando, descontraindo, bebendo, o pessoal continua jogando frescobol... O nosso grupo se reúne pelo menos uma vez por semana e fica. Acho que vai ser uma coisa bem mais comum daqui para a frente — diz a chefe de cozinha Helena Silva, de 54 anos, que mora no Leme, na Zona Sul.

Bike boat, uma modalidade de esporte praticada no Aterro do Flamengo — Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo
Bike boat, uma modalidade de esporte praticada no Aterro do Flamengo — Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo

Quando o assunto é esporte, surge uma onda no novo point do Rio, a Praia do Flamengo, também chamada de Brejão ou Caribrejo: o bike boat. O banhista pedala sobre duas boias que lembram as famosas bananas e vai pegando um ventinho enquanto se exercita.

Na altura do Posto 3, o serviço é oferecido pelo SUP Club Rio, de Rodrigo Fragata. O valor por meia hora de pedalada sobre as águas é R$ 50; uma hora custa R$ 80. A estudante Thalita Domenica, de 15 anos, experimentou a novidade:

— Nunca tinha feito nada no mar sem ser mergulhar. Pedalar na água é uma experiência completamente diferente. É bem tranquilo e fácil, até para quem não sabe nadar. Dependendo do vento e de como as ondas estão, a gente consegue ir controlando.

Bem na foto

Em julho deste ano, a Praia do Flamengo se manteve própria para banho em 89% das coletas daquele mês divulgadas num boletim do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), atraindo cada vez mais frequentadores. O padrão de segurança estipulado pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) é acima de 80%.

— Geralmente, a gente vem em dias úteis, entra no mar... Nos fins de semana, temos evitado, porque a praia fica lotada. Eu trago as crianças porque é mais tranquilo mergulhar, mas acho que essa questão da limpeza ainda pode melhorar — diz Gabrielle Santos, de 32 anos.

Do Arpoador ao Leblon, os frequentadores têm um novo hobby: eternizar as memórias nos cliques de uma polaroide e levar para casa sua imagem no cartão-postal.

— Além dos turistas, a galera mais jovem costuma comprar muito. É uma lembrança, né? — diz o vendedor Paulo Ferreira, de 22 anos, que divulga os trabalhos no Instagram @grao_de_areiarj.

Paulo Ferreira, de 22 anos, vende fotos polaroid para turistas nas praias do Rio. — Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo
Paulo Ferreira, de 22 anos, vende fotos polaroid para turistas nas praias do Rio. — Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo

O bairro das novelas de Manoel Carlos também tem outro hit da estação: o chuveiro no barzinho. Por ali, a novidade refrescante fica no Babá Leblon.

— O chuveiro é disputado na saída da praia por surfistas e banhistas. A gente brinca dizendo aos visitantes que venham, nem que seja “à milanesa”, em alusão à areia da praia. A ideia é criar um clima meio Grécia, meio calçadão, com uma varanda que dá a sensação de estar em casa — conta o empresário Well Aguiar.

A “trend” de água corrente chega também a points noturnos. O bar Calma, em Botafogo, inaugurou sua queda d’água em novembro; o Nau Cidades, na Zona Portuária, acomodou seu chuveiro na parte externa das pistas de dança; e o Circo Voador promete colocar o “Xuverão” para funcionar em janeiro.

Well Aguiar é o sócio-proprietário do bar que tem um chuveirão na varanda — Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo
Well Aguiar é o sócio-proprietário do bar que tem um chuveirão na varanda — Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo

Líquido por fora e líquido para dentro são as regras para as altas na temperatura. E, se há quem procure entrar debaixo d’água para buscar um refresco, para o calorento que deseja uma água que passarinho não bebe a pedida do verão é o drinque Fitzgerald. Jonas Aisengart, sócio do Pope, em Ipanema, e do Quartinho Bar, em Botafogo, explica por que a bebida é a cara do verão:

— Ela combina o refresco do drinque batido com limão com um dulçor mais baixo, que o gim e o bitter controlam bem.

De frente para o mar, o milho no prato faz a cabeça dos banhistas, assim como as empanadas argentinas. Nos quiosques, o queridinho é o gourmetizado atum selado, que aparece sobretudo em pratos com salada. E a bebida mais tradicional das praias do Rio, o mate, será acompanhado de novos sabores, que deixam o clássico limão para trás: maracujá, gengibre e hortelã.

— O maracujá está uma febre, acaba rápido. O que mais sai é a bebida metade mate, metade maracujá— conta o vendedor Carlos Menezes.

Boca a boca

Os modismos na cidade não estão só nas tendências gastronômicas e comportamentais para a estação. Eles também aparecem no vocabulário. Das comunidades para o asfalto, algumas palavras têm aparecido nas conversas dos jovens. “Né segredo”, impulsionada pelos vídeos do influenciador digital Thiago Break, significa que algo “não é novidade”. Ele, que tem 23 anos, conta que criou a expressão ao ouvir um amigo.

— Ele estava me explicando uma coisa e disse “não é mistério”. Aí eu fiquei com isso na cabeça e pensei: vou criar algo parecido. Aí veio “né segredo” — diz o ex-camelô, que também criou “um papo só”, que tem a mesma intenção de mandar a real, como “papo reto”.

Fita colorida em bronzeamento na laje da Erika Bronze — Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo
Fita colorida em bronzeamento na laje da Erika Bronze — Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo

E quem lembra que nove anos atrás começou a febre do biquíni de fita para o bronzeamento na laje? Agora, a tendência é usar as fitas com cores e estampas. Na laje da Erika Bronze, em Realengo, na Zona Oeste, só dão elas.

— Sou do tempo que só existia a fitinha preta para bronzear. As coisas foram mudando e eu sigo aqui. Eu não abro mão de retocar minha marquinha. Faço de 15 em 15 dias — diz Kelly Castro, de 47 anos, representante comercial.

Nas praias da Zona Sul, as peças do momento para as garotas são os biquínis de crochê. Nas unhas, a aposta é no esmalte cintilante ou metalizado de cores fortes. Para proteger todos os mortais do sol, o bucket — ou chapéu de pescador — é o item badalado.

No calçadão de pedras portuguesas, uma fila incomum chama atenção. Picolés italianos passaram a ser vendidos em um quiosque em Ipanema, e a aglomeração nas últimas semanas mostra que a tendência é a procura aumentar. E, para os pets também terem a chance de se refrescar, o bar Bonifácio e Berenice, no Leblon, oferece o “doglé”, o picolé para cachorros.

Se o assunto é acessório de mão, o leque mostrou que veio para ficar. Em urgências, há quem use um adereço inusitado: ventilador portátil. É o caso do universitário Antônio Arraes, de 21 anos:

— Eu suava muito, passava mal. Comprei por R$ 7 na internet. Foi muito útil e me salvou — conta ele, sobre mais uma das estratégias do carioca para driblar a sensação térmica que rebatiza o Rio, agora 60ºC.

Mais recente Próxima Conheça as ideias do primeiro menino a fazer festa de 15 anos no Copacabana Palace

Inscreva-se na Newsletter: Notícias do Rio

Mais do O Globo

Simone Rejane Mendonça, mãe de Sérgio Gabriel, de 28 anos, conta como foram os últimos momentos do filho, que ficou preso por 16 minutos em um elevador do hospital e, depois, teve parada cardiorrespiratória

Vivi para contar: 'Meu filho perdeu todas as chances que tinha de sobreviver', lamenta mãe de rapaz que estava em elevador do Salgado Filho

Usinas transferem energia para concessionárias, que reduzem conta dos residenciais

Energia limpa vinda de longe: condomínios se associam a fazendas solares para ter descontos na conta de luz; saiba como funciona

Nome do contraventor já foi incluído no cadastro da Dívida Ativa da cidade

Bicheiro Anísio é cobrado por dívida de IPTU pela Prefeitura de Nilópolis, comandada por sobrinho

Quando em condições adversas, treinador tem optado por mexer pontualmente em peças individuais

Análise: Além de substituto de Vini Jr., Dorival precisará encontrar alternativas táticas para o Brasil contra o Uruguai

Local popular pelos parques temáticos, cidade da Flórida, nos Estados Unidos, oferece série de atividades e entretenimento para adultos

Orlando se destaca por passeios culturais, alta gastronomia e lojas grifadas

A nova pesquisa é a primeira a rastrear a dieta e a capacidade cognitiva ao longo da vida — dos 4 aos 70 anos

Alimentação durante a vida pode ser a chave para manter cérebro afiado após os 70, comprova estudo; veja o que incluir na dieta

Subsídio é válido por até três meses durante o primeiro ano de vida da criança; medida entra em vigor 50 anos após país escandinavo aprovar a licença parental, pioneira no mundo

Nova lei na Suécia garante licença remunerada a avós para cuidar de netos recém-nascidos

Ao New York Times, militares defendem em anonimato que trégua pode ser a melhor solução para desescalar conflito na fronteira com o Líbano e resgatar reféns que permanecem em cativeiro

Guerra em Gaza: Sem munições e energia, generais israelenses querem cessar-fogo no enclave palestino