Estupro, assassinato e canibalismo: a cronologia de um crime bárbaro no interior do Rio

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A delegada Madeleine Dykeman, da 146ª DP (Guarus), que investiga o caso, explicou que o suspeito atraiu a menina à casa dele com uma mensagem, dizendo que a presentearia com um livro. Ela foi ao local por confiar nele. O rapaz "já tinha a intenção de matá-la", frisou a delegada. 

Ao chegar à residência, ele encurralou a vítima e a levou para um cômodo que fica no quintal da casa. Após isso, o rapaz a esganou. A menina tentou se defender com uma faca, que foi quebrada por ele e jogada longe. Em seguida, ele esganou a vítima.

— Ele alega que a esganou com as mãos, mas, pelas fotos que tiramos no local, há possibilidade de ele ter feito a esganadura, a asfixia, através de um fio de uma escova elétrica — conta a delegada.

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Após ser preso em flagrante, o suspeito confessou ter estuprado a vítima. O exame pericial comprovou que a vítima ainda estava viva quando foi estuprada. A violência sexual teria ocorrido poucos minutos antes de ser estrangulada com um fio de uma escova elétrica. 

Segundo a delegada, o acusado também confessou que teria tentado cometer canibalismo com a vítima já morta. Ainda de acordo com a investigação, o rapaz não esboçou remorso ao contar detalhes do crime. Além disso, revelou ser fã de livros sobre serial killers.

Para tentar ocultar a morte da jovem, o rapaz usou o telefone celular da vítima e, passando-se por ela, enviou uma mensagem para o namorado dela, de 16 anos, atraindo-o para a cena do crime. Lá, o acusado disse a ele que matou a menina. O acusado então esfaqueou o namorado após entrar em luta corporal.

— Segundo o autor, a intenção dele era acertar a carótida (veia do pescoço que faz a ligação entre o cérebro e o coração) do namorado da vítima para ser mais rápido, mas o menino se desviou e (a facada) atingiu a bochecha — disse a delegada.

O adolescente conseguiu fugir da cena do crime e foi socorrido no Hospital Ferreira Machado, em Campos dos Goytacazes, também no Norte Fluminense, onde está internado após passar por cirurgia. 

O estudante foi preso em flagrante e permanecerá detido aguardando audiência de custódia. Segundo a polícia, ele responde por quatro crimes: homicídio qualificado, estupro e vilipendio ao cadáver e homicídio qualificado tentado. Se condenado à pena máxima dos crimes, pode pegar 33 anos de prisão.