Saiba quem é a passista que usou tapa-sexo inusitado em ensaio da Unidos da Ponte

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Nas redes, a musa, de 40 anos, compartilha sua agitada rotina para os mais de 11,7 mil seguidores. Barbara é versátil. Tem diversas ocupações que consegue conciliar com a programação de ensaios para o carnaval e os preparativos, com tratamentos de beleza e acompanhamento médico, para brilhar na Avenida. Na folia, neste ano, é rainha da União Parque Curicica e musa da Unidos da Ponte.

Com desenvoltura na frente das câmeras, fala de tudo um pouco — o que vem à cabeça. Vai desde a apresentação de empreendimentos que estão à venda, nos quais atua como consultora imobiliária, até o registro ao lado de amigos em encontros e comemorações. Sem deixar de passar pelas ações como superintendente da diversidade sexual na Prefeitura de Nilópolis.

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Mulher trans, Barbara coloca em pauta o combate ao preconceito e a necessidade de ações afirmativas para pessoas da comunidade LGBTQIAPN+. Em um vídeo gravado em outubro do ano passado, conta sobre o diálogo que teve com uma mulher no ônibus:

— [A mulher falou] Eu tenho uma filha que é uma mulher trans igual a você e eu tenho um sobrinho que é gay, e a minha filha sofre bullying por conta de ela ser uma mulher trans. Na mesma hora não veio outra resposta, eu falei assim: tia, isso acontece comigo diariamente, acontece com outras diariamente. A nossa classe LGBTQIAPN+ precisa se unir, precisa dar as mãos. Umas pessoas falam que são do movimento só por benefício, por ganhar benefício. Parece que, hoje em dia, você levantar uma bandeira LGBTQIAPN+ é moda. Mas para nós que botamos a cara na sociedade, porque nós, mulheres trans, somos a linha de frente. Nós sofremos preconceito, bullying diretamente. Então nós somos a linha direta, de frente desse preconceito. Pra gente acabar com esse preconceito, primeiramente, a gente tem que se unir. Somos todas iguais — disse Barbara em um trecho do vídeo assistido mais de 6.800 vezes.

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A passista não esconde que teve momentos difíceis na vida, como a perda da avó. Também gosta de compartilhar sobre as pequenas vitórias na rotina e destaca que é uma pessoa feliz, estimulando que as pessoas busquem sua melhor versão.

"Adoro os desafios que a vida nos proporciona, porém, cada degrau se transforma em um grande obstáculo se você correr ou tentar passar 2 ou 3 de cada vez, seja humilde, vá devagar que Deus te manterá sempre de pé e é visível", escreveu em uma publicação de setembro do ano passado.

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Com o bom humor como marca registrada, em mais de um post lembrou do momento em que, durante um desfile na Sapucaí, acabou caindo. Sem perder a pose, rapidamente fez movimentos nos quais chamou de "capoeira orgânica plus" para não perder o rebolado e se levantou prontamente. A gravação desse momento foi compartilhada, em dezembro do ano passado, em que afirma que os movimentos ultrapassaram até as fronteiras do carnaval e do Brasil, com a legenda:

"Amores vou explicar porque o vídeo viralizou de forma internacional", começa ela, "eu me desequilibrei fui ao chão, porém não ia nunca ficar esperando uma mão amiga para me ajudar quem me conhece sabe que eu não sou do chão então pensei rápido e lancei a capoeira orgânica Plus", definiu a musa, "uma nova técnica para se sair linda após algo que poderia ser um vexame". A passista ainda destacou o tempo de Avenida, em que é preciso ter ginga para os imprevistos: "37 anos de Sapucaí tem que ter prática pra tudo ali literalmente é babado".

Será um padre? Um ex-presidente? A figura histórica Tiradentes? O tapa-sexo diferente da musa Barbara Sheldon deu o que falar no último sábado. Em vídeos, durante o ensaio técnico da Unidos da Ponte, na Marquês de Sapucaí, ela aparece sambando com um boneco na parte de trás do biquíni, entre as nádegas. Foi durante entrevistas na Avenida que a passista desvendou o mistério.

Ao conversar com o TV Mais Carnaval, Barbara falou de sua roupa como um todo, com trançados em tom dourado, um corpete vazado e mangas em forma de tiras esvoaçantes. Para o look, a criatividade para adaptar materiais deu samba. A roupa foi feita com descanso de mesa usado para enfeitar as ceias de Natal. Já o tapa-sexo:

— É o boneco de vodu — diz Barbara, antes de se virar de costa para a câmera e exibir o item carregado em local inusitado.

Em outra entrevista, a musa da escola deu mais detalhes sobre os elementos que carrega. Nos braços, há nomes escritos de personalidades do carnaval, mas longe de serem com intuito de fazerem mal, e sim como forma de homenagem.

— Aqui tem vários nomes. Tem nome aqui babadeira. Minha roupa é um vodu. Eu venho representando o dendê, que é um produto rico, mas eu vou representar o dendê do feitiço. Aqui tem vários nomes. Mas não é para coisa ruim não. A roupa é dourada. Dourado é dinheiro, é ouro, é prosperidade. Aqui está o nome de todas as pessoas que realmente faz acontecer. Aqui tem Capitão Guimarães, Sandro Avelar, aqui tem Abraão. Aqui tem todas as pessoas que fazem nosso carnaval acontecer de verdade — detalhou Barbara.

No carnaval 2024, a Unidos da Ponte leva para a Avenida o enredo para contar a história do dendê, contando desde sua origem na África até a chegada e o uso no Brasil, passando a fazer parte da cultura. Barbara falou um pouco sobre sua fantasia para o desfile na Série Ouro. A agremiação encerra a noite de sexta-feira de carnaval, no dia 9, na Sapucaí.