Política
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Por — Rio de Janeiro

RESUMO

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GERADO EM: 28/06/2024 - 09:00

Tensão eleitoral em BH: Lula critica Bolsonaro e elogia Rodrigo Pacheco

Lula critica Bolsonaro, fala sobre dívida de Minas Gerais e elogia possível candidatura de Rodrigo Pacheco. Tensão eleitoral em BH com prefeito Fuad e pressão dos partidos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou seu apoio ao pré-candidato à prefeitura de Belo Horizonte e deputado federal Rogério Correia (PT). A declaração, dada em entrevista à FM O Tempo, ocorre em meio à pressões do PSD para que Lula apoie o prefeito Fuad Noman em sua tentativa de reeleição.

— O Rogério é o candidato do PT. Ele é um quadro muito respeitado e continua sendo o candidato do PT, o meu candidato à prefeito de Belo Horizonte — disse.

A declaração ocorre um dia após o encontro entre o presidente e Fuad Noman, que o recebeu no aeroporto nesta quinta-feira, antes de sua agenda em Contagem. O prefeito decidiu comparecer a agenda do presidente e BH. Articuladores apontam que o prefeito não quer "ficar de figuração".

O desconforto na corrida eleitoral ocorre pela disputa entre três pré-candidatos que buscam o apoio de Lula. Além de Correia e Fuad, a deputada federal Duda Salabert (PDT) também solicita a presença do presidente em seu palanque.

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD) — Foto: Claudio Rabelo/Câmara Municipal de Belo Horizonte
O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD) — Foto: Claudio Rabelo/Câmara Municipal de Belo Horizonte

Nos bastidores, especula-se sobre uma aliança que envolva Rogério Correia e Fuad Noman. Ao GLOBO, o presidente do PSD no estado, o deputado Cassio Soares, garante que é uma possibilidade, mas critica o parlamentar petista:

— Quem determina o caminho é o presidente Lula, que já demonstrou vontade de apoiar a candidatura do prefeito, mas há uma ressalva à postura do Rogério de agressão a um político que apoiou Lula.

Lula cumpre agenda em Minas desde quinta-feira em três cidades: Belo Horizonte, Contagem e Juiz de Fora. Os eventos fora da capital são uma forma de acenar para as prefeitas petistas que irão disputar a reeleição, Marília Campos e Margarida Salomão.

Dívida de Minas

A dívida pública de Minas Gerais com a União Federal, hoje avaliada em R$ 170 bilhões, foi um dos principais tópicos da entrevista do presidente à FM O Tempo. Segundo Lula, o pagamento do montante tornou o mandato do ex-governador do PT, Fernando Pimentel (2015-2019) um "fracasso". Ele aproveitou para alfinetar o atual governador, Romeu Zema (Novo), que, de acordo com o chefe do Executivo, usufrui de uma liminar concedida a Pimentel para não pagar o montante devido à União Federal.

— A dívida Minas Gerais levou o Pimentel a ser um governante que teve um fracasso muito grande porque ele teve que pagar uma dívida e quando ganhou o processo no final do mandato, o Zema que tirou proveito disso porque o Pimentel passou quatro anos sem pagar funcionário público, fornecedores, porque tinha que pagar o governo federal. Quando a ministra Rosa Weber deu a liminar, o Pimentel não usufrui disso, quem usufrui o Zema que faz seis anos que não paga a dívida, que chega a R$ 170 bilhões de reais.

A liminar mencionada pelo presidente expira no próximo dia 13, após duas prorrogações conseguidas pelo governo de Minas apenas neste ano e que será solicitada novamente por mais 120 dias.

Lula também rebateu uma fala do vice-governador, Mateus Simões (Novo), que disse em vídeo nas redes sociais que não teve a chance de conversar com o presidente. Simões representou Zema na agenda em Contagem nesta quinta-feira — o governador está no Norte do estado.

— Eu conversei com o vice, ele sentou na mesma fila de cadeiras que cheguei. Conversei com ele na chegada e na saída e ainda procurei ele para dizer para o governador que estamos cuidando da dívida. Obviamente que gostaria que os governadores estivessem presentes. Eu nunca deixei de convidar o governador. Eu respeito ir ou não ir. Mas porque é importante estar presente? É uma demonstração para a sociedade que essa gente está tentando resolver os problemas desse país.

Ao GLOBO, Simões confirmou a conversa e disse que tratou com Lula sobre a renegociação da dívida, o pacto de Mariana e a situação das rodovias federais:

— A verdade é que temos uma pauta extensa com o Governo Federal e nunca podemos perder a oportunidade de discutir as pautas com o presidente.

Eleições em 2026

Nesta sexta-feira, Lula voltou a elogiar Rodrigo Pacheco (PSD) e indicar que apoiaria uma possível candidatura do presidente do Senado ao governo de Minas Gerais.

— Eu tenho uma grata surpresa com o crescimento político do Pacheco. Ele é um jovem, advogado bem-sucedido e acho que hoje ele é a figura pública mais importante de Minas Gerais. Obviamente que as coisas só vão acontecer se ele quiser, mas acho que ele tem todas as condições de fazer uma disputa eleitoral e ganhar as eleições, mas não posso decidir por Minas Gerais. Acho que os partidos vão se reunir e discutir.

Na quinta-feira, o chefe do Executivo já havia dito que considerava Pacheco um "grande nome", além de ter afirmado que ele só não seria o candidato ao governo de Minas se não quisesse. No final do dia, Pacheco disse ter recebido "com alegria" as manifestações de apoio.

Nos bastidores, o presidente do Senado tem indicado, desde o ano passado, que concorrer ao governo é o seu plano. O comunicado interno veio junto com a tomada das rédeas da renegociação da dívida pública do estado, que hoje já ultrapassa os R$ 170 bilhões. Dentro do PSD, o único nome que poderia bater de frente com ele é o ex-prefeito Alexandre Kalil.

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