Política
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Por — São Paulo

Às vésperas de um ano com disputa eleitoral nas prefeituras, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) indicou que só dará apoio pela reeleição de Ricardo Nunes (MDB) na capital paulista se Jair Bolsonaro decidir apoiá-lo. A afirmação do governador coincide com um momento em que o ex-presidente tem dado sinais de apoio a candidatura de Ricardo Salles na disputa municipal de 2024.

A declaração foi dada durante uma coletiva com um balanço do seu primeiro ano no cargo, no Palácio dos Bandeirantes. Tarcísio disse que "jamais" se colocaria contra o ex-presidente, do qual foi ministro, em apoio a um nome.

— Bolsonaro é o grande líder do nosso campo. Eu jamais vou me colocar contra o Bolsonaro em decisão nenhuma. Não vou me envolver em campanhas eleitorais onde tiver bola dividida, onde tiver candidatos do nosso mesmo campo. Não faz sentido — disse Tarcísio.

A afirmação do chefe do Executivo do estado ocorre uma semana após Bolsonaro indicar outra posição sobre a prefeitura em São Paulo. Em entrevista na sede do PL, em Brasília, o ex-presidente fez elogios ao seu ex-ministro do Meio Ambiente e deputado federal Ricardo Salles (PL), e disse que ele fez um "excelente trabalho" à frente da pasta. Na ocasião, Bolsonaro ainda disparou um “Salles prefeito”. No mesmo dia, Nunes havia declarado que "deseja" o apoio do ex-presidente à sua candidatura, e falou em "gratidão" a Bolsonaro.

Segurança como gargalo

Antes disso, Tarcísio discursou por mais de uma hora sobre os feitos de sua gestão para uma plateia recheada de convidados, autoridades e secretários de Estado. Ele apresentou moradia, saúde e educação em primeiro lugar, demonstrando serem prioritárias.

Ao ser questionado pelo GLOBO sobre qual área do governo ficou devendo em 2023, Tarcísio afirmou que se esforça para não errar e que nem sempre tem uma resposta pronta para os problemas. Mas declarou não estar feliz com a situação da violência no estado.

— Eu estou satisfeito com a segurança pública? Claro que não. Não posso estar. Não quero ter o cidadão sendo abordado por motocicleta todo dia, sendo assaltado. Eu diria que temos mais para fazer na segurança pública — declarou.

Tarcísio colocou a reincidência criminal como um dos principais obstáculos para a segurança pública e citou casos de criminosos que voltaram a cometer delitos assim que deixaram audiências de custódia. Para ele, é um problema que deve ser resolvido junto ao Poder Judiciário.

Na apresentação do balanço, a valorização dos profissionais da segurança, os R$ 640 milhões investidos em equipamentos (como viaturas e tecnologia), as 240 toneladas de drogas apreendidas e o sistema de câmeras de monitoramento foram mencionados como feitos da gestão do secretário Guilherme Derrite.

Alfinetada em Lula

Questionado sobre uma declaração feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante visita a Itaquera, na Zona Leste da capital, no último sábado, Tarcísio evitou se prolongar, mas se definiu como "a oposição que todo mundo queria ter". Lula havia afirmado que tanto o governador quanto o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, seriam bem tratados se tivessem comparecido ao evento, "porque educação a gente aprende em casa".

Ao lado do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), o presidente participou do lançamento das obras do empreendimento Copa do Povo, que faz parte do programa Minha Casa Minha Vida - Entidades e recebeu recursos do estado e do município. Ao contrário de Tarcísio, Nunes rebateu o comentário pouco depois, ao dizer que eventos relacionados a "invasão" não terão sua presença e apoio.

— Com relação aos comentários do presidente, a gente sempre tratou as questões com o governo federal com o máximo respeito. Eu sou um governador de oposição que todo mundo queria ter. Eu não fico criticando, não fico na rede social, eu trabalho. Estou focado em dar resultado aqui em São Paulo, o resto é falação — afirmou Tarcísio.

Provão paulista

Já na educação, após um ano repleto de recuos e derrotas para o seu secretário da Educação, Renato Feder, o governador deu destaque para a implementação do Provão Paulista (que dá acesso a 15 mil vagas exclusivas para as universidades paulistas). Em relação à saúde, as cerca de um milhão de cirurgias realizadas no SUS também ganharam holofote.

Na moradia, após ter prometido em campanha diminuir a população em situação de rua, Tarcísio enalteceu a entrega de 18 mil moradias no estado e outras 100 mil em construção.

— (No Ministério da Infraestrutura) eu sempre era chamado de "Tarcísão do Asfalto". Eu gostava de entregar estrada, obra. Mas nada traz tanta emoção do que entregar casa — declarou.

Além disso, Tarcísio defendeu o reajuste da tarifa do transporte público (o valor da passagem de trem e metrô passará de R$ 4,40 para R$ 5 a partir de janeiro), afirmando que ela está há três anos sem reajuste, em meio de uma inflação acumulada de quase 30%.

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