Política
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Em negociação tocada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e aliados do Centrão, o nome da ex-deputada Margarete Coelho (PP-PI), favorita até aqui para assumir a presidência da Caixa, foi descartado. A decisão abriu nova rodada de discussão, na qual pelo menos outros cinco pretendentes são cotados. Além do debate sobre a substituição de Rita Serrano no comando do banco, o grupo quer dividir as 12 vice-presidências com PP, Republicanos, PSD e União Brasil.

Em disputa interna sobre a adoção de uma postura combativa em relação ao governo, ou seja, de oposição, o PSDB também surgiu em conversas internas como uma das legendas que poderia ser agraciada com uma vice-presidência.

Três parlamentares importantes da bancada ouvidos pelo GLOBO, contudo, negam que os tucanos vão participar da divisão. Aécio Neves (MG), Paulo Abi Ackel (MG) e Carlos Sampaio (SP) afirmaram que a sigla não irá debater o assunto.

Segundo interlocutores do Centrão, todos os nomes cogitados precisarão ter experiência no setor financeiro, conforme exige a Lei das Estatais.

Serrano deverá ser substituída por um homem, diante da dificuldade em encontrar uma mulher para o cargo. Além de experiência, o presidente da Caixa precisa ter apoio da corporação do banco, que tem 86 mil empregados.

Aliada de Lira, Margarete despontava na frente dos demais, mas pesou o fato de não ter experiência no mercado financeiro, bem como demonstrar desconhecimento sobre o funcionamento da Caixa. Apesar disso, Margarete tinha o apoio de integrantes do PT. Advogada, foi vice-governadora do Piauí e é diretora de Administração e Finanças do Sebrae.

A nomeação poderia esbarrar na Lei as Estatais, que estabelece tempo mínimo de experiência profissional. É preciso ter dez anos no setor público ou privado na área financeira ou quatro anos como profissional liberal em atividade direta ou indiretamente vinculada à área de atuação da Caixa.

Em acordo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Lira acertou que a interlocução para indicação da presidência do banco seria feita com ele. O parlamentar, junto com aliados, busca agora outro nome para o posto.

O ex-ministro e ex-presidente da Caixa, Gilberto Occhi, um nomes que surgiu antes de Margarete, e perdeu força depois da divulgação de um investigação interna do banco contra ele, não está totalmente descartado.

Lira também conversou com o atual presidente do BRB, Paulo Henrique, de carreira da Caixa e ex-vice presidente do banco. Mas o nome dele sofre críticas por ser visto como próximo ao Bolsonarismo. O BRB concedeu financiamento a Flávio Bolsonaro para a compra de uma mansão em Brasília.

As mudanças da Caixa fazem parte de um movimento do Planalto para ampliar a base de apoio de Lula na Câmara. Lira ouvirá dirigentes desses partidos e deverá entregar nomes indicados a Lula até o final da próxima semana.

No Planalto, a expectativa é de que Lula e Lira fechem a questão durante a viagem a Nova York, onde o petista irá discursar na abertura da Assembleia Geral da ONU.

Lula convidou Lira para voar com ele até os Estados Unidos. O presidente da Câmara, no entanto, irá antes a Nova York para um compromisso da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Segundo interlocutores do Planalto, Lula pretende manter pelo menos a vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês Magalhães. A nomeação dela no banco foi uma contrapartida ao PT pelo fato de o presidente ter dado o Ministério das Cidades ao MDB.

Para chegar até a presidência da Caixa, o nome precisa ser indicado pelo presidente da República. Na sequência, a indicação é publicada no Diário Oficial da União. O nome passa pelo comitê de elegibilidade da Caixa, que avalia critérios da Lei das Estatais e de normativos e do estatuto da Caixa. A segunda análise é feita pela Casa Civil. Depois disso, o Conselho de Administração da Caixa dá posse ao novo presidente.

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